segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A VERDADE SOBRE A REFORMA DE LUTERO

Neste dia em que se lembra da "deforma" protestante é oportuno falar sobre esse assunto conhecido por muitos. Até católicos que não conhecem a realidade dos fatos defendem o heresiarca Lutero, agora é exposto o que realmente aconteceu em sua tão conhecida "Reforma".




 Havia tempo que a Santa Sé projetava construir em Roma uma grande basílica em honra de S. Pedro, em  substituição a velha igreja do mesmo nome. 
 A ideia do Papa Júlio II, em 1506, era fazer que a catolicidade contribuísse para levantar-se o monumento que devia ser como que a manifestação pública da unidade católica; o projeto ultrapassava os mais edifícios do mundo. Para que os católicos de todo o mundo se interessassem pela obra comum, o Papa concedeu uma indulgência particular a todos os cooperadores desta empresa por meio de esmolas.
 Já havia tal indulgência sido pregada em quase todos os países, com exceção da Alemanha, devido às grandes somas que, de direito, tinha o império germânico de dar à Roma, o que anteriormente suscitara certo descontentamento.
 Julgou o Papa Leão X que tal animosidade desaparecera, podendo, também a Alemanha, contribuir, por seu turno, para ajudar à Basílica de Roma, e, por isso, mandou publicar a Bula das indulgências em março de 1515. Eram condições para se lucrar a indulgência: confissão, comunhão, um dia de jejum, a visita a sete igrejas ou altares e uma esmola para a Basílica em construção.
 Foi nomeado o arcebispo de Mainz comissário desta indulgência, devendo ela entrar em vigor na Quaresma de 1517. O arcebispo nomeou como vice-comissário do arcebispado de Magdeburg o dominicano João Tetzel, que já havia exercido a mesma função em Mainz, no ano anterior.
 Como desempenhou o padre Tetzel este ofício?
 O dominicano era um orador popular, talentoso, mas, segundo consta das informações de Grisar, cometeu exageros ao explicar o modo de aplicação das indulgências aos vivos. Há quem afirme que os desvios nas expressões do pregador em nada afetaram a sua doutrina, sempre exata.
 No ensino eclesiástico, a indulgência é a remissão da pena temporal devida aos pecados já perdoados, benefício espiritual que a Igreja concede sob certas cláusulas a quem está em estado de graças, aplicando-lhe os méritos infinitos de Jesus Cristo, e os superabundantes de Maria Santíssima e dos Santos, os quais constituem o tesouro da Igreja.
 A indulgência plenária perdoa toda a pena temporal, enquanto a parcial apaga apenas uma parte dela. Para se lucrarem as indulgências, importa estar em estado de graça e cumprir o que elas prescrevem.
 Em virtude da Comunhão dos Santos, as indulgências as indulgências podem geralmente ser aplicada às almas do purgatório, sem que, entretanto, saibamos com certeza os frutos praticamente a elas comunicados. Tal aplicação, de fato, não depende só da Igreja, senão da vontade de Deus. Depois da revolta de Lutero, e para motivá-la, inventaram os protestantes mil e tantas calúnias contra Teztel e o objetivo de suas pregações, mas os ataques foram sem fundamentos e sem provas.


A Declaração de Guerra


 Teztel não falou em Wittemberg, mas na Saxônia, em Juterbog; desta sorte, Lutero não ouviu pessoalmente a tal pregação, conhecendo-a através de informações de seus alunos e 
amigos.
 Lutero se inflamou, achando favorável a ocasião para agir.
 E logo começou, decidido a todos os excessos, com todo o ardor de seu temperamento, ávido de proezas e novidades.
 Na véspera da festa de todos os Santos, orago da Igreja dos Agostinianos, uma multidão  se acotovelava na praça para ganhar a indulgência de Porciúncula, quando Lutero apareceu com 95 teses contrárias às indulgências, as quais afixou à porta do templo. Era a declaração de guerra religiosa.
 O novo herege levantou-se contra o ensino da Teologia, declarando não terem as indulgências valos algum perante Deus, não passando de apenas canônicas impostas pela Igreja. Além disso, negou a doutrina referente ao tesouro da Igreja.
 O documento terminava com um ataque zombeteiro e ferino, comparando as indulgências a uma rede de pescador, com que se apanhava a fortuna dos homens que ofenderam a autoridade eclesiástica.
 Finalmente pergunta Lutero: por que o Papa não constrói a basílica de S. Pedro com seu próprio dinheiro, ele que possui riquezas maiores do que o mais abastado do Cresus, em vez de recorrer aos fiéis pobres?
 No mesmo dia o revoltoso remeteu as teses ao arcebispo de Mainz, aconselhando-o a substituir a pregação das indulgências por outra, para evitar se escrevesse contra essa doutrina.
 Teztel, prevendo a significação e a rápida propagada das teses de Lutero, pôs-se logo em campanha contra o seu adversário. Para este fim, publicou um lista de 106 proposições por ele defendidas, em 20 de janeiro de 1518, publicamente, diante da Universidade de Frankfurt. Lutero estava com as armas na mão e, em vez de refletir e comparar as doutrinas expostas por ele com as do seu adversário, começou a atacar com furor mal contido a doutrina escolástica sobre a confissão, contrição e a satisfação.
 Aos amigos que lhe observaram a excentricidade da nova doutrina, Lutero retrucou com aquela teimosia costumeira: "Pouco me importa que alguns me considerem herege; cérebros escuros que mal cheiraram a Bíblia". Permaneceu Teztel firme e com perspicácia e preparo teológico que o exornavam, compreendeu logo profundamente a perversidade das teorias humanas.
 Enquanto muitos teólogos viram nestas discussões uma simples questão de palavras, Tetzel sentia estar em jogo uma verdadeira heresia, cujas consequências abalariam a fé em muitos católicos.
 De fato, a questão das indulgências foi desaparecendo rapidamente e, já em maio de 1518, toda a discussão se deslocara para a autoridade da Igreja. A novidade se espalhou célere no meio do povo, que apreciava sobretudo a crítica de certos deslizes reais ou não fictícios entre o clero, e a instigação contra o pagamento de qualquer tributo ou  sustento porventura exigido pela Igreja. O povo não atinou logo não se tratar simplesmente de criticar abusos, mas ser desejo dos rebeldes um rompimento complexo com a doutrina e a autoridade da Igreja.

Primeira reação da Igreja

As idéias revolucionárias do heresiarca ecoaram na Alemanha inteira e abalaram a crença de muitos, tanto mais que o terreno se achava admiravelmente preparado para receber qualquer semente de protesto e insurreição.
 Efetivamente, o século XVI era de uma quase universal decadência, e a Religião divina não escapava, em sua parte material, ao influxo de ambiente tão corruptor dos costumes.
 Havia abusos nos governos, e até no governo subalterno da Igreja, devido à ambição das honrarias, da fortuna e das promessas divinas; os seus dirigentes, porém, seus membros são homens e, como tais, susceptíveis de se deixarem impregnar pelas ideias dos lugares, onde nascem e onde são educados. 
 Infelizmente, muitos não sabem distinguir entre doutrina e pessoa, confundindo esta com aquela e atribuindo à primeira, o que aconteceu com Lutero, o que é exclusivamente da segunda.
 É o que aconteceu com Lutero e seus asseclas admitindo-se estivessem em boa-fé nesta guerra contra a Igreja.
 Havia defeitos na vida dos católicos; não os havia porém no ensino eclesiástico. 
 Pretendiam os descontentes atacar os abusos; podiam fazê-lo. Mas, ao invés, atacaram a doutrina, deixando subsistirem os abusos que cresciam cada vez mais, demolindo-se o verdadeiro ensino em proveito das pessoas ou dos seus erros.
 Foi esta a grande aberração, ou a triste confusão de Lutero. O arcebispo de Mainz, D. Alberto de Brandeburg, vendo o erro tomar  vulto, denunciou-o a Roma em janeiro de 1518.
 Em fevereiro daquele ano, o Papa Leão X escreveu  no substituto do Superior geral dos Agostinianos, encarregando-o de persuadir Lutero, seu súdito, a desistir de suas opiniões perigosas ou erradas, para evitar que desta faísca do erro resultasse, um incêndio, impossível talvez de se apagar mais tarde.
 Infelizmente, já não era uma simples fagulha, mas uma fogueira que lavrava. Parece ter Lutero encontrado em sua ordem vários cúmplices, partilhando das suas ideias e erros.
 A única medida, que se conhece tomada pelos seus superiores, foi a de impedir a reeleição de Lutero como vigário de distrito.
 Não continuou em seu cargo o monge deposto, prosseguindo, porém, sua revolta, atacando a doutrina e a autoridade da Igreja Católica.

Retirado do Livro: O Diabo, Lutero e o Protestantismo - Padre Júlio de Lombaerde, S.D.N

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Padre Pio: a Espiritualidade do Vaticano II e do Novus Ordo Missae

Padre Pio (25 de maio de 1887 - 23 de setembro de 1968) foi beatificado em 02 de maio de 1999, e canonizado em 16 de junho de 2002 pelo Papa João Paulo II.

O último ano deste século morrer, decadente vai ver a beatificação do Padre Pio, o santo monge a quem Deus enviou como um sinal para a nossa idade. Pois, enquanto todo mundo quer nos fazer acreditar em uma nova Igreja "carismática", estranhamente não encontramos há qualquer santos milagrosos como os que encontramos ao longo da história da Igreja, começando com o Pentecostes. Padre Pio parece fechar a procissão de seu número, fazendo tão magnificamente, sendo o único padre de ter suportado os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo. 


Muito tem sido escrito sobre o Padre Pio, mais de 600 obras, parece os autores sempre salientar o lado extraordinário de sua vida: não só seus carismas particulares (leitura das almas, cura, ressuscitando pessoas mortas, bilocação, êxtases, exalando e profetizando perfume, etc), mas também os sofrimentos incríveis que ele suportou desde sua infância, as perseguições sofridas de alguns clérigos e até mesmo irmãos na religião, bem como suas duas grandes obras de caridade: a fundação da Casa do Sofrimento e grupos de oração. 

Em resumo, elas apresenta-o para nós como um "santo" mais para ser admirado do que imitar, para que, no final, perdemos as aulas mais interessantes a serem aprendidas a partir desta vida, e as aplicações práticas que poderiam transformar a nossa. Tentaremos, portanto, ainda que imperfeitamente, expor algumas destas lições, esperando que todos seremos capazes de aproveitá-las, e que o Padre, do céu alto, vai socorrer-nos, como ele prometeu a todos os aqueles que gostariam de se tornar seus "filhos espirituais". 

Na aurora da vida totalmente sacrificado a Deus e às almas, o que há para ser encontrado é uma família piedosa, pobre e numerosa, onde a abnegação de cada membro amolece e transforma as duras realidades da vida diária. Aqui vemos confirmado o ditado de Mons. Segur de que é nas famílias onde o espírito de sacrifício está faltando e que as vocações estão em maior risco. Batizado no dia depois de seu nascimento - uma graça para o qual ele foi grato toda a sua vida, Padre Pio foi batizado de Francesco, um presságio de sua vocação franciscana, que viria a ser descoberto por ocasião de uma visita de um monge Capuchinho implorando alimentos para o convento . Mesmo assim, a sua vocação não era decidido sem luta:

"Senti duas forças conflitantes dentro de mim, rasgando meu coração: o mundo queria-me para si, e Deus me chamou para uma vida nova. Seria impossível descrever esse martírio. A mera lembrança da batalha que teve lugar dentro de mim gela o sangue muito em minhas veias....".

Ele ainda não tinha 16 anos quando entrou para o noviciado. Acima da porta do claustro, como uma bem-vinda, ele leu o sinal: "Fazei penitência ou perecer". A regra da vida diária incluía muitas orações, trabalho bastante, e pouco de leitura, sendo restrita especialmente para o estudo da Regra e Constituições. 

Irmão Pio fez-se visível pela abundância das lágrimas que derramou no período da manhã de oração mental, que nas casas dos Capuchinhos é consagrado à meditação da Paixão; lágrimas tão abundante que era necessário para espalhar uma toalha na frente dele no o piso do coro. Tal como acontece com São Francisco, foi a esta contemplação amorosa e compassiva de Jesus crucificado que estava a dever a graça de receber, mais tarde, os estigmas dolorosos em seu corpo. Mesmo assim, ele confidenciou ao seu diretor espiritual, Pe. Agostino: "Em comparação com o que eu sofro na minha carne, o combate espiritual que eu suporto são muito piores." 

Expiatório para com os pecadores: Trials Interior 



Parece que Deus espera que o justo para expiar de modo especial, por meio da tentação, o pecado público de seus contemporâneos. Numa altura em que a psicanálise, com o seu talento para explicar afastado a culpa e o pecado, foi ganhando influência, Padre Pio, como a pequena Teresinha teve que passar por uma crise quase insuportável de escrúpulos, o que o atormentava por três longos anos. Em seguida, depois da tempestade veio a noite, uma noite da alma que durou dezenas de anos, com apenas lampejos ocasionais de luz: "Eu vivo em uma noite perpétua... Encontro-me incomodado por tudo, e eu não sei se eu ajo bem ou mal. Eu posso ver que não é um escrúpulo, mas a dúvida sobre se eu sinto ou não estou agradando o Senhor me esmaga. E essa ansiedade se repete para mim em todos os lugares: no altar, no confessionário, em toda parte!".

É com o pensamento de suas experiências místicas em mente que suas máximas deve ser meditado:"O amor é mais bonito na companhia do medo, porque é desta forma que se torna mais forte.""Quanto mais se ama a Deus, menos um a sente!".

Santa Teresa do Menino Jesus oposição ao racionalismo orgulhoso de seu dia, a pequena via da infância espiritual, mas ela também é expiada por terríveis tentações contra a fé. Seu grito: "Eu vou acreditar!" é bem conhecida. Padre Pio também experimenta tentações violentas e prolongadas contra a fé, assim como suas cartas ao padre. Agostino testemunha:

"Blasfêmias pela minha cabeça sem parar, e ainda mais falsas idéias, idéias de infidelidade e incredulidade. Eu sinto minha alma paralisada em cada instante da minha vida, isso me mata ... Minha fé é sustentada apenas por um esforço constante de minha vontade contra qualquer tipo de persuasão humana. Minha fé é apenas o fruto do esforço contínuo que eu exalto de mim mesmo. E tudo isso, Pai, não é algo que acontece algumas vezes por dia, mas ela é contínua ... Pai, como é difícil de acreditar!".

Que lições preciosas para nós devemos, por exemplo, ser surpreendidos em encontrar-nos tentados a tal ponto.

Diretor Espiritual

Padre Pio superou essas provações terríveis, seguindo o que havia sido ensinado no noviciado: a perseverança na oração, mortificação dos sentidos, fidelidade inabalável às exigências do dever de Estado e, finalmente, a perfeita obediência ao sacerdote encarregado de sua alma. Sua experiência adquirida dolorosamente lhe permitiu atrair para si as almas desejosas de perfeição e ser exigente.

Para as almas que ele dirigiu, ele deu uma regra de cinco pontos: a confissão semanal, diária de comunhão e de leitura espiritual, exame de consciência de cada oração da noite e mental duas vezes por dia. Como para a recitação do rosário, que é tão necessário escusado será dizer....
"A confissão é o banho da alma. Você deve ir pelo menos uma vez por semana. Eu não quero almas para ficar longe de confissão mais de uma semana. Mesmo um quarto limpo e desocupado reúne pó; retorne depois de uma semana e você vai ver que precisa de pó de novo!".

Para aqueles que se declaram indigno de receber a sagrada Comunhão, ele responde:
"É bem verdade, não somos dignos de tal dom. No entanto, a abordagem do Santíssimo Sacramento em estado de pecado mortal é uma coisa e de ser indigno é outra completamente diferente. Todos nós somos indignos, mas é Ele quem nos convida. É Ele quem o deseja. Vamos nos humilhar e recebê-Lo com um coração contrito e cheio de amor".

Para outro, que lhe disse que o exame diário de consciência parecia inútil, já que sua consciência lhe mostrou claramente em cada acção, se foi bom ou ruim, ele respondeu:

"Isso é verdade. Mas cada comerciante experiente neste mundo, não só mantém o controle durante todo o dia de saber se ele perdeu ou ganhou em cada venda. À noite, ele faz a contabilidade para o dia para determinar o que deveria fazer no dia seguinte. Segue-se que é indispensável para fazer um rigoroso exame de consciência, breve mas lúcida, todas as noites".

"O mal que vem para as almas com a falta de leitura de livros sagrados me faz tremer... Que leitura o poder espiritual tem de levar a uma mudança de curso, e fazer até mesmo as pessoas mundanas entrar no caminho da perfeição!".

Quando Padre Pio foi condenado a não exercer qualquer ministério, ele passava seu tempo livre, não na leitura de jornais - "evangelho do Diabo", mas na leitura de livros de história, doutrina e espiritualidade. Apesar disso, ele ainda diria: "Uma procura por Deus em livros, mas encontra-O em oração."

Seus conselhos para a oração mental são simples:

"Se você não consegue meditar bem, não desista fazendo o seu dever. Se as distrações são numerosoa, não desanime; fazer a meditação da paciência, você ainda lucro. Decidir sobre a duração da sua meditação, e não deixar o seu lugar antes de terminar, mesmo se tiver de ser crucificado... Por que você se preocupa tanto, pois não sabe como meditar como gostaria? A meditação é um meio para alcançar Deus, mas não é um objetivo em si. Meditação visa o amor de Deus e do próximo. Amar a Deus com toda a tua alma, sem reservas, e amar o próximo como a ti mesmo, e você terá cumprido metade de sua meditação".  
O mesmo vale para assistir ao santo sacrifício da missa: é mais preocupado em fazer atos (de contrição, fé, amor ...) do que com reflexões ou considerações intelectuais. Para alguém perguntando se é necessário seguir a Missa em um missal, Padre Pio respondeu que somente o sacerdote precisa de um missal. Segundo ele, a melhor maneira de assistir ao Santo Sacrifício é de unir-se à Virgem das Dores, ao pé da cruz, na compaixão e amor. É só no paraíso, ele assegura seu interlocutor, que vamos aprender de todos os benefícios que recebemos, ajudando na santa missa.
Padre Pio, que era tão afável e agradável em suas relações com as pessoas, pode se tornar severo e inflexível quando a honra de Deus estava em jogo, especialmente na igreja.

O sussurro dos fiéis seria cortado pela autoridade do Pai, que se abertamente encarar qualquer um que não conseguiu manter uma postura de oração... Se alguém ficou de pé, mesmo que fosse, porque não havia lugares deixados nos bancos da igreja, ele categoricamente convidá-o a se ajoelhar para participar dignamente no santo sacrifício da Missa.

Nem mesmo um coro desatento seria poupado: "Meu filho, se você quiser ir para o inferno, você não precisa da minha assinatura".A moda pós-guerra caiu sob a mesma reprovação:

Padre Pio, sentado em seu confessionário aberto, durante todo o ano se verificou que as mulheres e meninas que confessou a ele estavam usando saias não muito curtas. Ele iria até causar lágrimas a ser derramadas quando alguém que estava esperando na fila por horas se afastou por causa de um hemline ofender... Em seguida, algumas almas daria um passo à frente para oferecer ajuda. Em um canto, eles unsavam a orla, ou então emprestavam ao penitente um casaco. Finalmente, às vezes o Pai permitia o penitente humilhado para ir à confissão.

Um dia, seu diretor espiritual o repreendeu por sua conduta dura. Ele respondeu: "Eu poderia obedecê-lo, mas cada vez que é Jesus que me diz como devo lidar com as pessoas sua maneira grave, então, fui inspirado a partir de cima, exclusivamente para a honra de Deus ea salvação das almas".

Mulheres que satisfazem sua vaidade em seu vestido nunca pode colocar a vida de Jesus Cristo, além disso elas até perdem os ornamentos de sua alma, assim como o ídolo entra em seu coração.
E que ninguém censurá-o por falta de caridade: "Peço-lhe para que não me critique, invocando a caridade, porque a maior caridade é entregar almas cativadas por Satanás, a fim de conquistá-las para Cristo".


Padre Pio e do Novus Ordo Missae

Ele era um modelo de respeito e submissão para com os seus superiores religiosos e eclesiásticos, especialmente durante o tempo em que ele foi perseguido. No entanto, ele não poderia permanecer em silêncio ao longo de um desvio que foi funesta para a Igreja. Mesmo antes do final do Conselho, em fevereiro de 1965, alguém anunciou-lhe que logo ele teria de celebrar a Missa segundo um novo rito, ad experimentum, no vernáculo, que havia sido planejado por uma comissão litúrgica conciliar, a fim de responder às aspirações do homem moderno. Imediatamente, mesmo antes de ver o texto, ele escreveu a Paulo VI para pedir-lhe para ser dispensado do experimento litúrgico, e para poder continuar a celebrar a Missa de São Pio V.Quando o cardeal Bacci veio vê-lo a fim de trazer a autorização, Padre Pio deixou escapar uma queixa na presença do mensageiro do Papa: "Por piedade, efeito, o Conselho rapidamente."

No mesmo ano, durante a euforia conciliar que prometia uma nova primavera para a Igreja, ele confidenciou a um de seus filhos espirituais: "Nesse tempo de trevas, oremos. Vamos fazer penitência para os eleitos.", e especialmente para aquele que tem de ser seu pastor aqui abaixo: Toda sua vida, ele próprio imolado para o papa reinante, cuja fotografia estava entre as imagens raras que decoravam sua cela.

Renovação da vida religiosa?

Há outras cenas de sua vida que estão cheias de significado, por exemplo, suas reações ao agiornamento das ordens religiosas inventado na esteira do Concílio Vaticano II. (As citações aqui são tiradas de um livro com um imprimatur):

Em 1966, o Padre Geral [dos franciscanos] veio a Roma antes do capítulo especial sobre as Constituições, a fim de pedir Padre Pio para suas orações e bênçãos. Ele conheceu Padre Pio no claustro. "Padre, eu vim para recomendar às suas orações o capítulo especial para as novas Constituições..." Ele mal tinha começado as palavras "capítulo especial"..." novas Constituições" fora de sua boca quando Padre Pio fez um gesto violento e gritou: "Isso é tudo, mas nada de absurdo e destrutivo". "Mas Padre, depois de tudo, há a geração mais jovem a ter em conta... os jovens evoluem à sua maneira ... há novas exigências ..." "A única coisa que falta é a mente e o coração, isso é tudo, compreensão e amor." Em seguida, ele passou a sua cela, fez meia volta, e apontou o dedo, dizendo: "Não devemos desnaturar a nós mesmos, não devemos nos desnaturar no julgamento do Senhor, São Francisco não nos reconhecerá como seus filhos!"

Um ano depois, a mesma cena se repetiu para o aggiornamento dos Capuchinhos:

Um dia, alguns confrades estavam discutindo com o Pai Definiteur Geral [O conselheiro ou assessor do geral ou provincial de uma ordem religiosa - Ed .], os problemas da Ordem, quando Padre Pio, tomando uma atitude se chocou e gritou, com um olhar distante em seus olhos: "O que no mundo você está até em Roma? O que você está planejando? Você quer mesmo mudar a Regra de São Francisco?". O Definiteur respondeu: "Padre, as mudanças estão sendo propostas porque o don juventude quer ter nada a ver com a tonsura, o hábito, pés descalços...."

"Chase-los! Persegui-os para fora! O que você pode estar dizendo? É eles que estão fazendo um favor a São Francisco, tomando o hábito e seguindo seu caminho de vida, ou melhor, não é São Francisco, que está oferecendo a eles uma grande dom?".


e considerarmos que o Padre Pio foi um verdadeiro alterChristus, que toda a sua pessoa, corpo e alma, foi tão perfeitamente conforme quanto possível à de Jesus Cristo, sua recusa a aceitar o Novus Ordo e o agiornamento deve ser para nós uma lição para aprender. É também digno de nota que o bom Deus quis recordar Seu fiel servo pouco antes eram implacavelmente imposta à Igreja e da Ordem dos Capuchinhos. Notável, também, é o fato de que Katarina Tangari, uma das mais privilegiadas do Padre Pio, filha espiritual, apoiava tão admiravelmente os padres [da Sociedade de São Pio X] de Ecône até à sua morte, um ano depois das consagrações episcopais de 1988.

Lição final: Fátima


Padre Pio era ainda menos para obrigar a ordem social vigente e política, ou melhor, desordem (em 1966): "A confusão de idéias e do reinado de ladrões." Profetizou que os comunistas chegariam ao poder, "de surpresa, sem disparar um tiro ... Ela vai acontecer durante a noite".

Isso não deveria nos surpreender, já que os pedidos de Nossa Senhora de Fátima não foram ouvidos. Ele mesmo disse a Mons. Piccinelli, que a bandeira vermelha vai voar sobre o Vaticano. "Mas isso vai passar". Aqui, novamente, sua conclusão se junta a da Rainha dos Profetas: "Mas no fim, meu Imaculado Coração triunfará". Os meios pelos quais este profetiza vai acontecer, nós sabemos: pelo poder divino, mas deve ser solicitado pelas duas grandes potências nas mãos do homem: a oração e a penitência. Esta é a lição que Nossa Senhora quis nos lembrar no início deste século: Deus quer salvar o mundo pela devoção ao Imaculado Coração de Maria, e não há nenhum problema, material ou espiritual, nacional ou internacional, que não pode ser resolvido pelo Santo Rosário e os nossos sacrifícios.

Esta é também a última lição que o Padre Pio quis deixar-nos com o seu exemplo, e especialmente por seu "grupo de oração", que ele estabeleceu em todo o mundo . "Ele nunca estava sem um rosário, houve até um debaixo do travesseiro. Durante o dia ele recitou várias dezenas de rosários". Poucas horas antes de morrer, como aqueles em torno dele pediu-lhe para falar mais algumas palavras, tudo o que podia dizer era: "O amor a Santíssima Virgem e sempre rezar o terço".

A elevação iminente do Venerável Padre Pio, certamente, vai despertar em muitas almas a curiosidade e admiração. Poderíamos aproveitar a oportunidade para lembrá-los dessas lições poucas, se de fato nós soubermos como colocá-las em prática nós mesmos, no amor misericordioso do Coração Santíssimo de Jesus e Maria.

Pelo Pe. Jean, OFM Cap. E
Impresso originalmente na edição de Maio de 1999 O Angelus Magazine.

Tradução por Angelus. Carta aos Amigos do São Francisco, a publicação dos Padres Capuchinhos de São Francisco Mosteiro, Morgon, França, uma comunidade tradicional que apoia o trabalho do Arcebispo Lefebvre.
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domingo, 30 de outubro de 2016

Dom Bosco e a "reforma" protestante


Nesta época foi a Igreja tão fortemente combatida, que parecia já tivesse chegado o tempo do Anticristo; porém, não obstante isto, conseguiu novos triunfos. Acomete-a um dilúvio de hereges, e muitos de seus ministros, em vez de defendê-la, se rebelam contra ela e abrem-lhe profundas feridas. Unem-se a estes os Príncipes seculares que a oprimem com o ferro, com a devastação e o sangue. O demônio se esconde debaixo do manto de sociedades secretas e de uma filosofia mundana e sedutora, mas falsa e corruptora: excita rebeliões, e suscita perseguições sanguinolentas. Deus porem, desvanece os esforços do inferno e os faz servir para sua glória. Novas ordens religiosas, missionários incansáveis, pontífices grandes pela santidade, zelo e sabedoria, unidos todos em um só coração e em uma só mente, e fortalecidos pelo braço do Todo Poderoso defendem heroicamente a verdade e levam a luz do Evangelho até os últimos limites da terra, conseguindo a Igreja novas conquistas e ainda mais gloriosas vitórias.


Lutero



Lutero foi o primeiro a levantar a bandeira da rebelião contra a fé católica, e foi o principal autor dos males que amarguraram a Igreja neste tempo. Com seu sistema perverso de submeter a palavra de Deus ao exame e juízo de cada um, causou mais dano à religião católica, do que todos os hereges da idade passada; de maneira que, com justiça, se pode chamar este apóstata, o primeiro precursor do Anticristo. Nascido em Eisleben Saxônia, e filho de um pobre mineiro manifestou desde sua mais tenra idade, um gênio muito atrevido. A morte de um condiscípulo, que caiu a seu lado fulminado por um raio, induziu-o a entrar na ordem de santo Agostinho. Por algum tempo pareceu mergulhado em profundas meditações, e agitado por escrúpulos e temores; porém, descobriu finalmente o orgulho que se abrigava em seu coração; declarando-se contra a autoridade do pontífice romano, saiu do claustro e já não houve meio de dominá-lo.


Oprimir aos outros com calunias e tiranias, ridicularizar e desprezar das coisas mais augustas e santas; soberba, desregramento, ambição, petulância, cinismo grosseiro e brutal, crápula, intemperança, desonestidade, eis os dotes característicos deste corifeu do protestantismo. * ( * ) No ano de 1869 levantaram-lhe na Alemanha uma estátua qual insígne benfeitor da humanidade!!! No ano 1517, começou a pregar contra as indulgências, portanto, contra o Papa e progredindo na impiedade, formulou uma doutrina que, quer se considere em si mesma, quer em suas consequências lógicas e práticas, contamina tudo o que é sagrado, destrói a liberdade do homem, faz a Deus autor do pecado, e reduz ao homem ao estado dos brutos.


Entre suas impiedades, é bastante lembrar que, conforme ele afirmava, o homem mais virtuoso, se não acredita firmemente achar-se entre os eleitos, é condenado; e que pelo contrário, o homem mais miserável, irá diretamente ao paraíso, se acredita unicamente que há de salvar-se pelos merecimentos de Jesus Cristo. Tão abominável doutrina foi condenada logo pelo Papa Leão X; todavia Lutero mandou atirar ao fogo publicamente a bula. As Universidades católicas e todos os doutores clamaram contra aquela impiedade e heresia; mas Lutero desprezou-os, e persistiu em sua revolta. Ainda que ligado por votos solenes, casou-se com Catarina de Bore, religiosa de um mosteiro de Mísnia. Teve desgraçadamente muitos sectários, que, sob o nome de protestantes, tomaram armas e devastaram todas as regiões onde lhes foi dado penetrar. Levavam escrito em seus estandartes: Antes turcos que papistas.


Ao pensar algumas vezes nos grandes males que causava a nova reforma exclamava: "Só tu serás douto? Todos os que te precederam enganaram-se? Tantos séculos tem ignorado o que tu sabes? Que acontecerá se te enganas e arrastas contigo a tantos para a condenação?" Eram estes os gritos de sua consciência que, a seu pesar, protestava contra suas impiedades; contudo não bastavam para fazê-lo voltar ao bom caminho.



Calvino



Foi Calvino um célebre sectário de Lutero, natural da Picardia; mas, antes de se associar a ele, preferiu fazer-se chefe de outro protestantismo. Filho de pobre seleiro e falto de recursos, foi socorrido por um bispo, que compadecido dele, o fez seguir a suas expensas a carreira dos estudos. Esperava conseguir um benefício eclesiástico; como, porém, lho negassem por seus desenfreados costumes protestou que tomaria vingança e que daria que falar por quinhentos anos. Seguindo as pegadas de Lutero adotou completamente suas máximas perversas. Não queria Papa nem bispos, nem sacerdotes, nem festas, nem funções de igreja. Na cidade de Noyon foi condenado por ter cometido um delito nefando, e somente graças à intercessão do bispo, comutaram essa pena na de ser marcado com um ferro ardente. Acumulando depois delitos sobre delitos, devia ser levado preso, porém descendo por uma janela, trocou sua roupa com a de um camponês, e fugiu.


Enquanto fugia, encontrou-se com um sacerdote que o exortou a que reparasse o dano que causara a si mesmo e voltasse ao seio da Igreja católica; ele respondeu-lhe: "Se tivesse de recomeçar não deixaria a religião dos meus pais, porém agora já estou empenhado e quero continuar até a morte." Estabeleceu residência especialmente em Genebra, que foi o centro da sua seita, e ali procedeu como verdadeiro tirano. Negando aos outros o direito que se arrogara de alterar e corromper a doutrina católica, fez morrer nas chamas a Miguel Servet, porque tinha ensinado uns erros contrários ao mistério da SS. Trindade. Por suas tiranias foi expulso de Genebra, mas à força de enredos, conseguiu voltar e mandar a seu bel prazer. Como avassalasse todas as categorias de cidadãos, governou a cidade despoticamente e prorrompeu em impiedades contra a religião, até que chegou também para ele o tempo de apresentar-se ante o juiz supremo. Surpreendido por uma enfermidade ulcerosa, exalavam seus membros um mau cheiro insuportável.


Frenético e enraivecido contra sua doença invocava os demônios para virem livrá-lo. Mas aumentando cada vez mais suas angústias, detestava a vida passada e amaldiçoava sua doutrina e seus escritos. Em semelhante estado de desespero, compareceu a presença de Jesus Cristo juiz, para dar-lhe contas dos milhões de almas que por sua causa já se tinham perdido eternamente e das que ainda se iam perder. Ano 1564.


- História Eclesiástica de Dom Bosco (Quinta época)
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Uma casa para o alívio do sofrimento

“Estava doente e vieste me visitar” (Mt XXV,36)


O verdadeiro seguidor de Jesus Cristo tem uma particular sensibilidade para todo o sofrimento dos irmãos, em especial, dos enfermos. Lembrar-se das curas operadas por Jesus e na recompensa prometida. Devemos lembrar as fundações das ordens hospitalares e da construção dos hospitais, quase todos nascidos da obra piedosa.

Pelo espírito sensível de Padre Pio, havia motivos muito fortes que alimentavam essa sensibilidade; no seu coração já trazia cada necessidade dos irmãos. Havia uma experiência pessoal, o contínuo contato com as pessoas que, pessoalmente ou através de carta, lhe contavam todos os males e pediam sua ajuda.

A desprovida situação do local e uma vasta zona privada de assistência medica, dos pântanos às colinas rochosas do Gargano.

Pode-se dizer que Padre Pio sempre foi enfermo. Fortemente provado pelo sofrimento na própria carne, era bastante sensível aos males daqueles que continuamente o procuravam. O Padre tinha tanta compaixão pelos enfermos que se ocupava de todos os males. Mas não era possível colher a dor da humanidade. Mas é possível dar-lhe alívio.

Padre Pio pensava, desde 1922, encorajado pela oferta que recebera com o seguinte objetivo: “para fazer o bem”. Mas foi nos anos quarenta que seus desejos ganharam as primeiras formas reais e concretas.

Três filhos espirituais, tiveram imensa atuação nos projetos de Padre Pio. Tal era o afeto que dedicavam ao Padre, que desde então passaram a viver próximo a ele. São eles: O farmacêutico Carlo Kisvarday, de Zara; O médico Guglielmo Sanguinetti, de Parma; O agrônomo Mario Sanvico, de Perugia. Rapidamente impulsionaram as obras do grande projeto.

Em 9 de janeiro de 1940, o sonho começava a se concretizar, que haveria de ser continuada e crescer mesmo depois de sua morte. Então, eles, seus filhos espirituais, lhe asseguraram que, próximo a igrejinha delle Grazie, seria levantado um grande hospital.

Assim que a notícia foi publicada começaram a chegar ofertas de todas as partes: da pequena oferta, comparável ao óbolo das fieis, à ricas ofertas que dispunham os grandes meios financeiros. É muito provável que o Senhor houvesse antecipado a obra através de uma visão.

Não era de seu desejo que se falasse em hospital ou de clínica; uma casa, termo familiar, que recorda o lar doméstico. E o propósito: dar alívio a quem sofre, um alívio direto, antes de tudo, às almas e depois aos corpos. Era realmente uma obra de Deus e da caridade humana, sendo possível graças às ofertas que chegaram de todo o mundo.


Padre Pio também deixou claro a este respeito: “Esta casa é, antes de tudo, aos doentes carentes”. Mas desejava que todos fossem tratados igualmente, com caridade fraterna. Aqui o enfermo poderia se sentir um irmão sendo cuidado pelos irmãos.


Em 5 de maio de 1956, somente depois de dez anos do início das obras, aconteceu a inauguração solene daquela tamanha obra caridosa. Com equipamentos moderníssimos, tornou-se um dos melhores hospitais da Europa, sem perder de vista aquela sua característica de casa de acolhimento fraterna.

A realização daquela incrível obra profundamente humana e ao mesmo tempo divina aconteceu durante anos de imensos martírios; foi realizada justamente durante aquele segundo período de perseguição (1952-1962) e que apesar da dor, é preciso comentar.

Precisamente, Padre Pio sempre repetia: “obra da Divina Providência”.

Não foi à toa que São Paulo escreveu a Timóteo: “Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer perseguição (IITm III,12).

É bom lembrar que o ambiente fervoroso no meio do povo guardava também elementos de fanatismo.

Nesse período foi um rápida troca de superiores no convento e na província de Foggia, aos quais a transferência de freis de uma província a outra. Todos supostamente sob ordens. Depois começaram os procedimentos contra ele.

Se contra religiosos e sacerdotes foram tomados procedimentos injustos, contra Padre Pio se passou a controlar suas conversas privadas.


E pior ainda: foi imposto ao padre Pio de celebrar a Missa em trinta ou quarenta minutos no máximo. Isso foi o cúmulo da incompreensão daquilo que era a Missa de Padre Pio, como nos primeiros anos, quando celebrava em Pietrelcina, levando até quatro horas. 
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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Mais horror: homenagem prestada a estátua de Lutero no Vaticano por vontade do Papa Francisco

Quinta-feira, 13 de outubro de 2016, aniversário do Milagre do Sol em Fátima, a estátua de Lutero adentra ao Vaticano por vontade do Papa Francisco!
Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
O que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa”. Isto é o que o Sumo Pontífice repete exaustivamente quando ele quer, a marcha forçada, promover um ecumenismo que vai contra os ensinamentos do Magistério anterior ao funesto Concílio Vaticano II.
É assim que ele será a testemunha voluntária e participativa dos 500 anos da Reforma de Martinho Lutero, ao lado dos protestantes suecos. 500º aniversário que será comemorado ao longo de todo o ano de 2017 e que se inscreverá amplamente no diálogo dito “Luterano-Católico”.
Aquele que foi um dos maiores heresiarcas da história católica romana e gerou um dos cismas mais dramáticos, aquele cuja doutrina foi oficialmente condenada pelo Papa Leão X, em 15 de junho de 1520, através da bula Exsurge Domine, se vê cada vez mais coberto de louvores.
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Mas o que é, no mínimo, insólito – para ficar em um respeitoso eufemismo – é a homenagem prestada à estátua de Lutero mesmo dentro das paredes do Palácio Apostólico durante a audiência de 13 de outubro!
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Papa Francisco recebe de presente as 95 teses de Lutero e uma Carta Ecumênica em uma edição prestigiosa
Diante das autoridades luteranas, ele voltou novamente, sob o olhar vermelho da estátua de Lutero situada à sua direita, sobre o Ecumenismo e o proselitismo, afirmando que “o proselitismo é o veneno do ecumenismo!” (Sic).
Nada menos que um veneno! Pobres santos mártires católicos que morreram por ter querido converter as almas presas aos erros heréticos ou cismáticos… eles trabalharam para o envenenamento! É o papa Francisco quem o diz.
A partir do Concílio Vaticano II surgiu a luz do ecumenismo! Antes, havia a escuridão do proselitismo. É por isso que, logicamente, o papa Francisco, o argentino, terá o prazer de ir à Suécia, daqui a duas semanas, “recordar”, explicou ele, a reforma de Lutero juntamente com o Federação Luterana Mundial. Um evento significativo, evento já amplamente divulgado, evento portador de um novo evangelho, o evangelho conciliar, o evangelho do proselitismo ecumênico.
Não há sequer uma única palavra sobre a Contra-Reforma e os papas e santos do século XVI que trabalharam contra a heresia crescente! Nenhuma palavra sobre as razões da nossa divisão doutrinal, profunda, importante. Mas devemos ficar surpresos com isso quando muitos elementos do Vaticano II já nos orientavam sobre essa inclinação ecumênica luterana…?
Nossa Senhora, que abominas todas as heresias, rogai por nós!
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

PODE-SE TRANSIGIR EM RELIGIÃO?


 Como Fr. Boaventura lhes mostrou abundantemente, e como poderão ler no seu artigo publicado na Revista Eclesiástica Brasileira, o espiritismo nega a transcendência da Revelação, nega o milagre, nega a inspiração divina da Sagrada Escritura, nega a autoridade do magistério eclesiástico, nega a instituição divina da Igreja, nega o mistério da SSa. Trindade, e nega a divindade de Cristo. Como pode um católico pactuar com qualquer cerimônia dessa crença sem trair a doutrina que custou o sangue de nosso Salvador?
 Um espírita pode negar tudo aquilo continuando a ser credor de nossa respeito como homem. Ele tem, ao menos, a coerência de desprezar as coisas que julga não serem verdadeiras. Mas o católico-espírita é uma espécie de monstro que desobedece a Igreja em que crê e colabora nas práticas do que diz não acreditar. É incoerente na doutrina e incoerente nas atitudes práticas. Há certamente torcedores de futebol que são mais fiéis ao seu clube do que esses católicos à sua Igreja. Querem transigir? Por que não começam pelo futebol? Por que não praticam a livre interpretação dos sinais de tráfego? Porque não toleram, antes dessa mistura de religiões, a mistura das relações conjugais, trocando maridos e esposas? Vamos, vamos transigir? Sendo professor, pouco me importará que o aluno aproveite ou não; pouco me interessará, ao examinálo, que ele conheça ou não a matéria. Admitamos que ele é protestante em geometria e espírita em química.
 Sendo médico, não irei zangar-me com a enfermeira por causa de uma troca de injeções. Sendo engenheiro, transigirei com os fornecedores que roubam nas medidas e nas especificações. Por que deverei ser zeloso nos negócios dos homens se sou tolerante nas coisas de Deus? Vamos transigir em tudo se podemos transigir em religião. Agora mesmo, se eu aqui me pusesse a cantar, ou a recitar poesias, todos diriam severamente: -- O conferencista fugiu ao tema. Se eu chegasse atrasado meia hora, diriam: -- o homem não é pontual; será verídico? Se eu desandasse a falar num idioma inventado por mim, comentariam: -- Ele está zombando de nós ou ensandeceu... E teriam razão. Há regras. Há compromissos. Há convenções a que não se pode fugir sem tornar possível a convivência. Que dizer então das verdades, que dizer então da natureza das coisas que são o que são? Posso eu, usando o privilégio da livre interpretação, dizer que o cão mia e que o gato ladra?
 É claro que não. Todos concordam que não podemos transigir com o tema, com o horário, com o idioma, e com o miado dos gatos. Mas parece que se pode transigir com a Santa Doutrina que foi arrematada com o grito de dor de um Deus crucificado. Dirijo-me aos católicos-liberais, e digo-lhes que a sua transigência doutrinária prova simplesmente que, para eles, a Religião é a coisa menos importante do mundo. Ora, o catecismo nos ensina, ao contrário, que a Religião é infinitamente mais importante do que o mais alto dos negócios humanos. Nós outros que em tempo e contratempo procuramos ser fiéis à doutrina, e que levamos a sério a nossa religião, seremos necessariamente intolerantes. E seremos lógicos, porque uma religião-sem-importância é um absurdo impensável!
Na verdade, a inconsistência moral do catolicismo complacente se explica por uma espantosa subversão: o que se procura nesse tipo de religião é um deus vantajoso, um deus que nos sirva, que acorra aos nossos caprichos. Ora, mal ou bem, às vezes indignamente, nós outros professamos uma religião e procuramos um Deus como os magos de Belém: para adorá-lo e para servi-lo. Não podemos, por isso, parar nas esquinas mais próximas, para oferecer nosso incenso aos ídolos mais acessíveis, porque o nosso Deus é um Deus de absoluta intransigência que disse: "Eu sou aquele que sou"; e logo acrescentou: "Não terás outros deuses diante de minha face". Nosso Deus quer ser amado sem erro de pessoa. Quer ser louvado e adorado como Ele próprio, pela santa humanidade de seu Filho, nos ensinou. Quer ser seguido. Quer ser ouvido e obedecido: "O meu discípulo é aquele que ouve e guarda os meus preceitos". * A tradição católica sempre comparou a tolerância religiosa a um adultério.
 No Livro dos Provérbios (VI, 20-35) encontramos passagens como estas: "Meu filho guarda os preceitos de teu pai e não recuses os ensinamentos de tua mãe. Fixa-os no teu coração. Amarra-os ao teu pescoço. Eles te preservarão da mulher perversa, da língua sedutora da estrangeira...". E também: "Meu filho, sê atento à minha sabedoria e inclina o ouvido à minha inteligência, a fim de conservares a reflexão e para que teus lábios guardem a ciência. Porque os lábios da estrangeira destilam o mel e o seu paladar é suave, mas no fim ela é amarga como o absinto e aguda como a faca de dois gumes. Seus pés conduzem à morte...".

   Gustavo Corção                                                                                           
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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

12 de outubro - Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil


Histórico

  A pequena Guaratinguetá ia receber a importante visita do governador da província. Na chegada de Dom Pedro de Almeida Portugal, Conde de Assumar, a cidade deveria dar demonstrações de respeito, organização e pujança. A todo custo era preciso causar boa impressão.
  Assim, a Câmara de Guaratinguetá dispôs as coisas da melhor forma e mandou providenciar muitos alimentos. Como estavam em período de abstinência de carne, os pescadores da região foram convocados a obter grande quantidade de bons peixes.
  Porém, como a população pobre que vivia às margens do rio já havia consumido grande parte dos peixes, como eles iriam atender o pedido?
  Neste momento de dificuldade e aflição, uma ação materna ia se fazer sentir.

A pesca milagrosa


  Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso eram três pescadores que viviam na região do Porto de Itaguaçu. Para atender à solicitação, saíram eles a exercer o seu ofício e, depois de reinar rio acima algumas horas, lançaram suas redes.
  O livro de registros da Paróquia de Guaratinguetá assim narra: "Principiando a lançar suas redes no Porto de José Correia Leita, continuaram até o Porto de Itaguaçu, distância bastante, sem achar peixe algum".
  Não é raro um pescador voltar com as mãos vazias. Mas, como a Câmara estava oferecendo bom preço pelo pescado, era decepcionante não oferecerem nada depois de trabalhar o dia todo. Ante o apuro, os três pescadores rogaram à Mãe de Deus pedindo auxílio.
  Estavam já próximos do porto quando João Alves lançou novamente a rede e sentiu nela um peso diferente.
  Ao puxar, deu-se conta de que havia, enroscada nela, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição que estava sem a cabeça.
  João Alves envolveu-a em panos e depositou no barco. Seria algum sinal do céu?!
  Porém, as redes continuavam vazias. Os pescadores continuaram seu trabalho. E, quando João Alves, mais abaixo no rio, puxou novamente a velha rede, nela viu um pequeno objeto enroscado. Algo tão pequeno se agarrar às redes parecia impossível! Pegou logo o objeto em suas mãos e deu-se conta de que era a cabeça da imagem que pouco antes recolhera no rio.
  Um raio de luz iluminou a imaginação do pescador. Sem dúvida era um sinal! Lançou com mais ânimo a rede e, desta vez, não a conseguiu puxar sozinho, pois estava abarrotada de peixes. Num instante o barco ficou cheio. Tal era o peso que, para não afundarem, foi preciso remar com muito cuidado até chegarem ao Porto de Itaguaçu.

  Assim como a pesca milagrosa narrada no Evangelho, a inusitada notícia se espalhou rapidamente, atraindo a atenção das pessoas para a pequena Imagem.
  Todos queriam ver a "Aparecida" que se encontrava na casa de Filipe Pedroso, o mais velho dos três pescadores, a quem coube a honra da sua guarda.

  Filipe limpou a imagem, colocou a cabeça com cera da terra e a depositou em uma caixa, envolta em seus melhores tecidos. De tempos em tempos, a Imagem da Aparecida era retirada da caixa para presidir as orações da comunidade. Aos poucos, porém, a lembrança da pesca milagrosa parecia ir se apagando.
  Até que, certo dia, estando reunidos para o Terço, um grande ruído, semelhante a um trovão, se fez ouvir. Para a surpresa dos presentes o estrondo tinha saído da velha caixa de madeira. Sem dúvida alguma, era a Aparecida que manifestava desse modo o desejo de receber as orações de seu povo e de interceder por ele, demonstrando sua bondade maternal.
  A Imagem foi imediatamente exposta numa cavidade de um tronco de graúna, que sustentava a pequena casa de taipa.
  Eram os primeiros lampejos de uma devoção que iria conquistar os corações dos brasileiros de todos os rincões.

Os devotos

  Nossa Senhora, depois de tocar a almas dos pescadores, foi despertando a devoção em outras camadas da sociedade. O mais impressionante é que todos os que suplicavam sua intercessão, eram sempre atendidos.
  O Príncipe Dom Pedro, em 20 de agosto de 1822, viajava do Rio para São Paulo. Entrou na capela da Aparecida e pediu uma grande e importantíssima graça: a Independência do Brasil.
  Pouco tempo depois, já como Imperador, consagrou o Brasil à Senhora Aparecida, com toda a sua corte.

  De manto e coroa

  A Princesa Isabel foi grande devota da Senhora Aparecida, dela recebendo insignes graças. E para demonstrar publicamente sua gratidão e amor, em 8 de dezembro de 1868, ofertou a Nossa Senhora um lindo manto azul cravejado com 21 brilhantes, para simbolizar os 20 Estados e a capital do País.
  Como a Princesa ainda não tinha filhos, suplicou a Nossa Senhora que lhe concedesse a graça de ter um herdeiro. Anos mais tarde, em 1884, ela e o Conde D'Eu, seu marido, voltaram a Aparecida, para agradecerem, junto com seus três filhos, a graça recebida. Nessa ocasião, ofereceu à Imagem uma riquíssima coroa de ouro, cravejada de quarenta finos brilhantes brasileiros.
 Com este precioso objeto, a Imagem de Nossa Senhora Aparecida foi solenemente coroada no Rio de Janeiro em 1904, por determinação do Papa São Pio X.
  No dia 16 de julho de 1930, o Papa Pio XI, traduzindo o sentimento do povo e atendendo ao pedido do Cardeal Dom Joaquim Arcoverde, arcebispo do Rio de Janeiro, assinou o Decreto de Proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.
  No ano seguinte, também no Rio de Janeiro, então Capital, o Presidente da República, Getúlio Vargas, acompanhado de todo o seu Ministério, autoridades diplomáticas, civis, militares e eclesiásticas e de uma multidão de mais de 1 milhão de fiéis, comemoraram o Padroado de Nossa Senhora Aparecida.
  Nessa ocasião, as palavras de consagração da nação e do povo a Nossa Senhora foram proferidas por Dom Sebastião Leme, em 31 de maio de 1931, nestes termos: 

Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!

Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente.

Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria!

Senhora Aparecida, o Brasil vos ama,

O Brasil, em Vós confia!

Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, 

Salve Rainha!


Consagração a Nossa Senhora Aparecida
               

Ó Maria Santíssima, que em vossa Imagem milagrosa de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos servos, mas desejando participar dos benefícios da vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.

Consagro-vos a língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção. Consagro-vos o coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número dos vossos servos. Acolhei-nos debaixo da vossa proteção.

Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora da nossa morte. Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja.
  
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terça-feira, 11 de outubro de 2016

O pecador desonra a Deus


Per praevaricationem legis Deum inhonoras - Pela trasgressão da lei desonras a Deus. (Rom. 2,23)
 O pecador não só injura a Deus, mas também o desonra: Pela transgressão da lei desonras a Deus. Sim, porque renuncia a graça divina e por uma indigna satisfação caca aos pés a amizade de Deus. Se um homem perdesse a amizade divina para ganhar um trono, ou mesmo o mundo inteiro, com certeza faria um grande mal; porque a amizade divina de Deus vale mais que o mundo, mais que mil mundos. E porque será que o pecador ofende a Deus? Por um punhado de terra, por um impeto de cólera, por um prazer brutal, por uma chimera, por um capricho: Violabant me propter pugillum hordei et fragmen panis. - Eles me desprezaram por um punhado de cevada e por um pedaço de pão.
      Quando o pecador se põe a deliberar se consentirá ou não consentirá no pecado, toma, por assim dizer, nas mãos a balança e vê o que pesa mais: se a graça de Deus, ou essa paixão, essa chimera, esse prazer. Quando por fim consente, declara que, quanto a si, essa paixão, esse prazer, valem muito mais do que a amizade divina. É deste modo que Deus é desonrado pelo pecador! - Deus queixa-se disso pela boca do profeta, dizendo: A quem me assemelhastes vós, e igualastes? Sou eu porventura tão vil a vossos olhos, que mereça ser posposto a uma indigna satisfação?Mas. Dizem São Cipriano e Santo Tomas que, quando o pecador, para satisfazer qualquer paixão, ofende a Deus, converte em divindade essa paixão, porque dela faz se último fim. De forma que, segundo a palavra de São Jerônimo, uma paixão no coração é como que um ídolo no altar. - Quando Jeroboam se revoltou contra Deus, quis atrair consigo o povo a idolatria, e por isso apresentou-lhes ídolos, dizendo: Ecce dii tui, Israel - Eis-aqui os teus deuses. De igual modo pratica o demônio: apresenta ao pecador qualquer satisfação desordenada e diz: Que tens tu que ver com Deus? Ei-lo aqui, o teu deus; é este prazer, esta paixão; toma-os e deixa a Deus. E o pecador, dando consentimento, assim o faz: no coração adora a satisfação em vez de Deus: Vitium in corde est idolum in altare.
     Se ao menos o pecador, desonrando a Deus, não o desonrasse na sua presença; se, injuriando-o, não abusasse dos próprios benefícios divinos! Mas não, o atrevido injuria-o e desonra-o ante seus próprios olhos, pois que Deus está em todo o lugar; injuria-o e desonra-o servindo-se das mesmas criaturas, do mesmo corpo que Deus lhe deu para o glorificar.
      É isto o que mais amargura o Coração de Jesus e o faz prorromper em sentidos queixas: Filios enutrivi et exaltavi; ipsi autem spreverunt me - Criei uns filhos, diz o Senhor, nutri-os e engrandeci-os, mas com a mais negra ingratidão eles me desprezaram e continuam a desprezar-me ante meus próprios olhos: Ad iracundiam provocant me ante faciem meam. - Então provocando a minha ira diante de minha face.
     Ó meu Deus, Vós sós um bem infinito, e mais de uma vez Vos troquei por um miserável prazer, que logo desapareceu, apenas saboreado! Apesar de serdes assim desprezado, Vós me ofereceis o perdão, se o quiser, e prometeis receber-me na vossa graça, se me arrepender de Vos haver ofendido. Ah, sim, meu Senhor, arrependo-me de todo o coração de Vos haver ultrajado; soberanamente detesto o meu pecado. Eis que já volto a Vós; Vós me acolheis e abraçais como a um filho. Agradeço-Vos, bondade infinita. Mas socorrei-me agora: não consintais que Vos expulse ainda de meu coração.
     O inferno não deixará de me tentar, mas Vós sóis mais poderoso que o inferno. Sei que nunca mais me separarei de Vós, se eu sempre me recomendar a Vós. Eis, pois, a graça que me haveis de fazer, a de sempre me recomendar a Vós e de Vos suplicar como o faço agora. Assisti-me Senhor, dai-me Luz, dai-me força, dai-me a perseverança, dai-me o vosso paraíso; mas concedei-me sobretudo o vosso amor, que é o verdadeiro paraíso das almas. Amo-Vos, bondade infinita, e quero sempre amar-Vos. Ó Pai Eterno, atendei-me pelo amor de Jesus Cristo. - Ó Maria, vós sois o refúgio dos pecadores, socorrei um pobre pecador que quer amar o vosso Deus. 


Fonte: paramaiorgloriadedeus.blogspot.com.br/
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