sábado, 3 de setembro de 2016

Estudo sobre o segundo artigo do Credo


"Creio em Jesus Cristo, um só seu Filho, Nosso Senhor"

Em crer e professar o presente artigo, encontra o gênero humano imensas e admiráveis vantagens, consoante o testemunho de São João: `Quem confessa que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus' (1 Jo 4, 15).

"Prova-o também a palavra de Cristo Nosso Senhor, quando proclamava a bem-aventurança do Príncipe dos Apóstolos: `Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, pois não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas antes meu Pai que está nos céus" (Mt 16,17).

"Realmente, esta fé e esta profissão constituem a base mais sólida de nosso resgate e salvação"¹.

Jesus Cristo

O segundo artigo do Credo nos ensina que o Filho de Deus é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade; que Ele é Deus eterno, onipotente, Criador e Senhor como o Pai; que Ele se fez homem para salvar-nos; e que o Filho de Deus feito homem se chama Jesus Cristo².

A segunda Pessoa da Santíssima Trindade chama-se Filho porque é gerada pelo Pai, por via do intelecto, durante toda a eternidade; e por isso se chama Verbo eterno do Pai.

Jesus Cristo chama-se Filho único de Deus Pai porque só Ele é por natureza seu Filho, e nós somos seus filhos por criação e adoção.

Chamamos a Jesus Cristo nosso Senhor porque, além de haver-nos criado juntamente com o Pai e o Espírito Santo enquanto Deus, também nos remiu enquanto Deus e homem.

O Filho de Deus feito homem se chama Jesus, que quer dizer Salvador, porque nos salvou da morte eterna, merecida por nossos pecados.

Foi o próprio Padre eterno Quem deu o nome de Jesus ao Filho de Deus feito
homem, por meio do Arcanjo Gabriel, quando anunciou à Virgem o mistério da Encarnação.

O Filho de Deus se chama também Cristo, que quer dizer ungido e consagrado, porque antigamente se ungiam os reis, os sacerdotes e os profetas; e Jesus é Rei dos reis, Sumo Sacerdote e Sumo Profeta.

A unção de Jesus Cristo não foi corporal, como a dos antigos reis, sacerdotes e profetas, mas toda espiritual e divina, porque a plenitude da divindade habita nele substancialmente.

Os homens tiveram conhecimento de Jesus Cristo antes de sua vinda, pela promessa do Messias que Deus fez aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, e que renovou aos santos Patriarcas; e pelas profecias e muitas figuras que O designavam.

Nós sabemos que Jesus Cristo é verdadeiramente o Messias e o Redentor prometidos, porque nele se cumpriram: 1° tudo o que anunciavam as profecias; 2° tudo o que representavam as figuras do Antigo Testamento.

Essas profecias prediziam a tribo e a família da qual deveria sair o Redentor; o lugar e o tempo do nascimento; seus milagres e as menores circunstâncias de sua paixão e morte; sua ressurreição e ascensão ao Céu; o seu reino espiritual, universal e perpétuo que é a Santa Igreja Católica.

As principais figuras do Redentor no Antigo Testamento são o inocente Abel; o sumo sacerdote Melquisedec; o sacrifício de Isaac; José, vendido por seus irmãos; o profeta Jonas; o cordeiro pascal; e a serpente de bronze, levantada por Moisés no deserto.

Sabemos que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus: 1° pelo testemunho do Pai quando disse: "Este é meu Filho dileto no qual tenho me comprazido; escutai-O; 2° pelo testemunho do próprio Jesus Cristo, confirmado pelos mais estupendos milagres; 3° pela doutrina dos Apóstolos; 4° pela tradição constante da Igreja Católica.

Os principais milagres operados por Jesus Cristo são, além de sua ressurreição, a saúde restituída aos enfermos, a vista aos cegos, a audição aos surdos, a vida aos mortos.


Referências 

1.Catecismo dos Párocos, redigido por decreto do Concílio Tridentino, publicado por ordem do Papa São Pio V, dito vulgarmente CATECISMO ROMANO, versão fiel da edição autêntica de 1566, com notícia histórica e análise crítica pelo Pe. Valdomiro Pires Martins, Editora Vozes, Petrópolis, 1962, 2a. edição, p. 90.

2.Todos os textos que vêm sem aspas foram tirados do Catechismo Maggiore promulgato da San Pio X, Roma, Tipografia Vaticana, 1905, Edizione Ares, Milão.
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