segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Estudo sobre o Quinto Artigo do Credo


"Desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos"


O quinto artigo do Credo nos ensina que a alma de Jesus Cristo, separada do corpo, foi ao Limbo dos Santos e Justos, e que no terceiro dia se uniu novamente ao seu corpo para nunca mais se separar¹.

Por infernos [lugares inferiores] entende-se aqui o Limbo dos Santos e Justos, isto é, aquele lugar onde estavam as almas dos justos esperando a redenção de Jesus Cristo.

Essas almas não foram introduzidas no Paraíso antes da morte de Jesus Cristo porque, pelo pecado de Adão, o Paraíso estava fechado, e convinha que Jesus Cristo, o qual com sua morte o reabriu, fosse o primeiro a nele entrar.

Supremo poder de Deus
"Cristo Nosso Senhor desceu aos infernos, não para sofrer alguma pena, mas para livrar os Santos e Justos daquele miserável e doloroso cativeiro, e para lhes aplicar os frutos de sua Paixão. Portanto, a descida aos infernos não diminuiu coisa alguma de sua absoluta dignidade e soberania"².

Jesus Cristo quis retardar a própria ressurreição até o terceiro dia para manifestar a evidência de que tinha verdadeiramente morrido.

A ressurreição de Jesus Cristo não foi similar à ressurreição dos outros homens ressuscitados, porque Jesus Cristo ressuscitou por virtude própria, e os outros foram ressuscitados por virtude de Deus.

"Esta maneira de ressurgir, própria e singular, só a Ele competia, pois que não está nas leis da natureza, nem homem algum teve jamais o poder de passar da morte à vida, por própria virtude. Isto cabe unicamente ao supremo poder de Deus"³.

Referências:


1.Todos os textos que vêm sem aspas foram tirados do Catechismo Maggiore promulgato da San Pio X, Roma, Tipografia Vaticana, 1905, Edizione Ares, Milano.

2."Catecismo dos Párocos, redigido por decreto do Concílio Tridentino, publicado por ordem do Papa S. Pio V, dito vulgarmente CATECISMO ROMANO", versão fiel da edição autêntica de 1566 com notícia histórica e análise crítica, pelo Pe. Valdomiro Pires Martins, Editora Vozes, Petrópolis, 1962, 2a. edição, p. 117.

3.Id., p. 119.
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