segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A Maçonaria Exposta

Foto: Papa Leão XIII

Na encíclica Humanum Genus, de 20 de Abril de 1884, o Papa Leão XIII, com zelo paternal e apostólico, delineou os intentos e as tramas que a seita secreta Maçonaria preparava, a fim de atacar a obra de Nosso Senhor Jesus que é a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Alguns colocam em descrédito a Maçonaria por ignorância de não saberem como ela funciona. O que se segue são excertos da encíclica mencionada anteriormente (com alguns comentários nossos):

O Papa Leão XIII fala da divisão em que a humanidade veio a cair após o pecado de Adão. O Santo Padre divide a humanidade em dois grupos: os que lutam pela verdade e os que lutam pela mentira. A Igreja é sintetizada pelo primeiro grupo, e a Maçonaria (reino de satanás), pelo segundo:
“ O Gênero Humano, após sua miserável queda de Deus, o Criador e Doador dos dons celestes, "pela inveja do demônio," separou-se em duas partes diferentes e opostas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e virtude, e a outra por aquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de Deus na terra, especificamente, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo; e aqueles que desejam em seus corações estar unidos a ela, de modo a receber a salvação, devem necessariamente servir a Deus e Seu único Filho com toda a sua mente e com um desejo completo. A outra é o reino de Satanás, em cuja possessão e controle estão todos e quaisquer que sigam o exemplo fatal de seu líder e de nossos primeiros pais, aqueles que se recusam a obedecer à lei divina e eterna, e que têm muitos objetivos próprios em desprezo a Deus, e também muitos objetivos contra Deus ”.(Humanum Genus, n.°1)

Mencionando o fato de que a S. Igreja sempre condenou a Maçonaria, o Papa Leão XIII elenca os momentos da história em que isso ocorreu:
“ Os Pontífices Romanos nossos predecessores, em sua incessante vigilância pela segurança do povo Cristão, foram rápidos em detectar a presença e o propósito desse inimigo capital tão logo ele saltou para a luz ao invés de esconder-se como uma tenebrosa conspiração; e, além disso, eles aproveitaram e tomaram providências, pois a eles isso competia, e não permitiram a si mesmos serem tomados pelos estratagemas e armadilhas armadas para enganá-los ”.(Humanum Genus, n.° 4)

“ A primeira advertência do perigo foi dada por Clemente XII no ano de 1738 (Const. In Eminenti, 24 de abril de 1738), e sua constituição foi confirmada e renovada por Bento XIV (Const. Providas, 18 de maio de 1751). Pio VII seguiu o mesmo caminho (Const. Ecclesiam a Jesu Christo, 13 de setembro de 1821); e Leão XII, por sua constituição apostólica, Quo Graviora (Const. dada a 13 de março de 1825), juntou os atos e decretos dos Pontífices anteriores sobre o assunto, e os ratificou e confirmou para sempre. No mesmo sentido pronunciou-se Pio VIII (Enc. Traditi, 21 de maio de 1829), Gregório XVI (Enc. Mirari, 15 de agosto de 1832), e, muitas vezes, Pio IX (Enc. Qui Pluribus, 9 de novembro de 1846; pronunciamento Multiplices inter, 25 de setembro de 1865. etc.)
”.(Humanum Genus, n.° 5)

“ Tão logo a constituição e o espírito da seita maçônica foram claramente descobertos por manifestos sinais de suas ações, pela investigação de suas causas, pela publicação de suas leis, e de seus ritos e comentários, com a freqüente adição do testemunho pessoal daqueles que estiveram no segredo, esta sé apostólica denunciou a seita dos Maçons, e publicamente declarou sua constituição, como contrária à lei e ao direito, perniciosa tanto à Cristandade como ao Estado; e proibiu qualquer um de entrar na sociedade, sob as penas que a Igreja costuma infligir sobre as pessoas excepcionalmente culpadas ”. (Humanum Genus, n.° 6)

O Santo Padre Leão XIII desmascara o real objetivo da Maçonaria mostrando que essa seita é oposta a Lei Natural. Ele dá a conhecer sob qual disfarce a mesma veste-se para ludibriar e por na penumbra aos olhos do público seus reais objetivos:
“ Como uma maneira conveniente de disfarce, eles assumem o caráter de homens de letras e acadêmicos associados com o objetivo de aprender. Eles falam de seu zelo por um maior refinamento cultural, e de seu amor pelos pobres; e eles declaram que seu único desejo é a melhoria da condição das massas, e o compartilhamento com o maior número possível de pessoas de todos os benefícios da vida civil. Mesmo que estes propósitos fossem visados verdadeiramente, eles não são de modo algum o todo de seu objetivo. Ainda mais, para ser alistado, é necessário que os candidatos prometam e assumam ser daí em diante estritamente obedientes aos seus líderes e mestres com a mais completa submissão e fidelidade, e estar de prontidão para cumprir suas ordens à mais leve expressão de seu desejo; ou, se desobedientes, submeter-se aos mais penosos castigos e à própria morte. De fato, se algum é julgado ter traído as obras da seita ou ter resistido à ordens dadas, a punição é infligida neles não infreqüentemente, e com tanta audácia e destreza que o assassino muito freqüentemente escapa à detecção e punição de seu crime ”.(Humanum Genus, n.° 9)

“ Mas fingir e desejar permanecer escondido; atar homens como escravos com as mais fortes correntes, e sem dar qualquer razão suficiente; usar homens escravizados aos desejos de outro para qualquer ato arbitrário; armar as mãos direitas de homens para o massacre após assegurar a impunidade pelo crime - tudo isso é uma enormidade diante qual a natureza recua. Por este motivo, a razão e a própria verdade tornam claro que a sociedade da qual nós estamos falando está em antagonismo com a justiça e a retidão natural ”.(Humanum Genus, n.° 10)

Nessa altura o Papa mostra em quê a Maçonaria crê:
“ Agora, a doutrina fundamental dos naturalistas, que eles tornam suficientemente conhecida em seu próprio nome, é que a natureza humana e a razão humana deveria em todas as coisas ser senhora e guia. Eles ligam muito pouco para os deveres para com Deus, ou os pervertem por opiniões errôneas e vagas. Pois eles negam que qualquer coisa tenha sido ensinada por Deus; eles não permitem qualquer dogma de religião ou verdade que não possa ser entendida pela inteligência humana, nem qualquer mestre que deva ser acreditado por causa de sua autoridade. E desde que é o dever especial e exclusivo da Igreja Católica estabelecer completamente em palavras as verdades divinamente recebidas, ensinar, além de outros auxílios divinos à salvação, a autoridade de seu ofício, e defender a mesma com perfeita pureza, é contra a Igreja que o ódio e o ataque dos inimigos é principalmente dirigido ”.(Humanum Genus, n.° 12)

“ (...) Realmente, para eles está dentro da lei atacar com impunidade as próprias fundações da religião Católica, em palavra, em escritos e em ensinamentos; e até os direitos da Igreja não são poupados, e os ofícios com os quais ela é divinamente investida não estão seguros”.(Humanum Genus, n.° 14)

A crença errônea dos Maçons se fundamenta em visões diversas acerca de Deus. O Papa Leão XIII nos diz que a seita Maçonaria, ousa atacar aquelas coisas que são entendidas naturalmente pela luz da razão tais como “ - a existência de Deus, a natureza imaterial da alma humana, e sua imortalidade ”. (Humanum Genus, n.° 17)

Permitindo uma grande liberdade para seus membros no que tange a escolha em crer ou não crer na existência de um Deus, a Maçonaria não encontra problemas em recrutar ambos. O Papa Leão XIII prossegue mostrando a intenção da Maçonaria em atacar, de forma incisiva, a educação infantil e juvenil com esses princípios falsos acerca de Deus:
“ Quando estas verdades foram eliminadas, as quais são os princípios da natureza e importantes para o conhecimento e para o uso prático, é fácil de ver o que irá ser da moralidade pública e privada. Nós não dizemos nada daquelas virtudes mais celestiais, as quais ninguém pode exercer ou mesmo adquirir sem um especial dom e graça de Deus; das quais necessariamente nenhum traço pode ser encontrado naqueles que rejeitam como desconhecida a redenção da humanidade, a graça de Deus, os sacramentos, e a felicidade a ser obtida no céu. Nós falamos agora dos deveres que têm a sua origem na retidão natural. Que Deus é o Criador do mundo e seu providente Governador; que a lei eterna exige que a ordem natural seja mantida, e proíbe que ela seja perturbada; que o fim último do homem é um destino muito acima das coisas humanas e além desta parada sobre a terra: estas são as fontes e estes são os princípios de toda justiça e moralidade. Se eles forem removidos, como os naturalistas e Maçons desejam, imediatamente não haverá nenhum conhecimento quanto ao que constitui justiça e injustiça, ou sobre qual princípio a moralidade é fundada. E, em verdade, o ensinamento de moralidade que exclusivamente encontra o favor da seita dos Maçons, e em que eles argumentam que os jovens deveriam ser instruídos, é o que eles chamam "civil", e "independente", e "livre", especificamente, aquele que não contém qualquer crença religiosa ”.(Humanum Genus, n.° 19)

O objetivo de todo esse trabalho da Maçonaria é ferir e enfraquecer a S. Igreja. Agora o Papa, sem exitar, resumi os intentos dos Maçons:
“ O que, portanto, a seita dos Maçons é, e que trilha ela persegue, aparece suficientemente do sumário que Nós resumidamente demos. Seus dogmas principais estão tão grandemente e manifestamente apartados da razão que nada pode ser mais perverso. Desejar destruir a religião e a Igreja que o próprio Deus estabeleceu, e cuja perpetuidade Ele assegura por Sua proteção, e trazer após um lapso de dezoito séculos as maneiras e costumes dos pagãos, é notável insensatez e audaciosa impiedade. Nem é menos horrível nem mais tolerável que eles repudiem os benefícios que Jesus Cristo tão misericordiosamente obteve, não somente para os indivíduos, mas também para as famílias e a sociedade civil, benefícios os quais, mesmo de acordo com o julgamento e testemunho de inimigos da Cristandade, são muito grandes. Nesta empreitada insana e pervertida nós quase podemos ver o ódio implacável e o espírito de vingança com o qual o próprio Satanás está inflamado contra Jesus Cristo. - Do mesmo modo o estudado esforço dos Maçons para destruir as principais fundações da justiça e honestidade, e para cooperar com aqueles que desejarem, como se fossem meros animais, fazer o que eles quiserem, tende somente para a ignominiosa e desgraçada ruína do gênero humano ”. (Humanum Genus, n.° 24)

O Papa menciona com ar condenatório princípios Maçônicos quais os Maçons esforçavam-se até aquela altura implantar em todos os estados tais como o divórcio e a liberdade de religião. (Humanum Genus, n.° 24)

Finalizando, o Papa Leão XIII destaca o fato de que os Maçons, com ódio satânico, pretendem atacar a estrutura da S. Igreja, e, portanto, ratifica com sua autoridade apostólica todas as condenações à Maçonaria emitidas por seus predecessores. Temendo um mal maior, o Papa exorta aos prelados a arrancar a máscara dessa seita infame, para dar a conhecer tal como ela é, e condena aos católicos que queiram afiliar-se a ela:

“ O que quer que o futuro possa ser, neste grave e difundido mal é Nosso dever, veneráveis irmãos, esforçar-nos por encontrar um remédio. E porque Nós sabemos que a Nossa melhor e mais firme esperança de um remédio está no poder daquela divina religião que os Maçons odeiam em proporção ao seu medo dela, Nós pensamos ser de capital importância chamar esse grande poder salvífico em Nosso auxílio contra o inimigo comum. Portanto, tudo que os Pontífices Romanos Nossos predecessores decretaram com o propósito de opor-se aos projetos e esforços da seita maçônica, e tudo que eles tenham legislado quanto à entrada ou saída de homens de sociedades deste tipo, Nós ratificamos e confirmamos completamente pela nossa autoridade apostólica: e confiando grandemente na boa intenção dos Cristãos, Nós rogamos e imploramos a cada um, pela sua salvação eterna, para ser o mais conscienciosamente cuidadoso para não divergir o mínimo que seja daquilo que a sé apostólica tem ordenado neste assunto ”.(Humanum Genus, n.° 30)

“Nós rogamos e imploramos a vós, veneráveis irmãos, a juntar os vossos esforços com os Nossos, e esforçadamente lutar pela extirpação desta praga maligna, que está se esgueirando através das veias do corpo da política. Vós deveis defender a glória de Deus e a salvação do vosso próximo; e com o objetivo de vosso combate à vossa frente, nem coragem nem força irão faltar. Será por vossa prudência que julgareis por quais modos vós podeis melhor sobrepujar as dificuldades e obstáculos com os quais vos encontrardes. Mas, como pertence à autoridade de Nosso ofício que Nós mesmos apontemos algumas maneiras apropriadas de procedimento, Nós desejamos que o vosso primeiro ato seja arrancar a máscara da Maçonaria, e deixar que ela seja vista como realmente é; e por sermões e cartas pastorais instruir o povo quanto aos artifícios usado pelas sociedades deste tipo para seduzir os homens e persuadi-los a entrar em suas fileiras, e quanto à perversidade de suas ações e à maldade de seus atos. Como Nossos predecessores por muitas vezes repetiram, que nenhum homem pense que ele possa por qualquer razão que seja ajuntar-se à seita maçônica, se ele dá valor ao seu nome Católico e à sua salvação eterna como ele deveria valorizá-los. Que nenhum seja enganado por uma pretensão de honestidade. Pode parecer a alguns que os Maçons não exigem nada que seja abertamente contrário à religião e à moral; mas, como todo princípio e objetivo da seita está naquilo que é vicioso e criminoso, ajuntar-se com estes homens ou em algum modo ajudá-los não pode ser legítimo ”.(Humanum Genus, n.° 31)

Leia a encíclica “Humanum Genus” na íntegra.

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