segunda-feira, 30 de maio de 2016

Orai e trabalhai - Regra de São Bento

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Solenidade de Corpus Christi - Corpo de Cristo

Hoje, comemoramos não uma simples solenidade, mas, uma grande, magna, suntuosa e majestosa solenidade. Hoje com Cristo festejamos seu Corpo, corpo que é repleto do Sangue; Sangue este que jorrastes da Cruz, infundindo no mundo toda a sua misericórdia.


Caminhamos, rumo a um horizonte humanamente, antropologicamente ainda desconhecido, mas onde a alma já anseia estar, caminhamos erguendo nossos olhos na procissão que eleva o mais perfeito corpo, caminhamos na procissão que está escondida em nós, a procissão rumo a Pátria, a Pátria que não está aqui, mas, que há de vir, a pátria que tanto desejamos.

Como Cristo que, percorreu tantos caminhos, tantas estradas, tantas moradas, hoje o homem, injusto e pecador, o homem fadado à sua origem, o homem ignorante ainda em seu coração, que até pode exclamar como Tomé, que só acredita naquilo que vê, mas, ele não vê, está como Saulo, está como eu como você, com os olhos repletos de escamas.

Mas, hoje este mesmo Senhor, que atravessou desertos, passa, caminha em nosso deserto infecundo, desonesto muitas vezes, mas Ele passa hoje, retirando as escamas dos olhos, libertando oprimidos, levantado paralíticos, reerguendo corações.

Quantas as paralisias de nossa alma, assim como também nossa cegueira, quantas vezes gritamos, filho de Davi, olhas para mim, veja-me, escuta-me, cura-me. Quantas noites, sozinhos em nosso deserto, em nossa solidão, em nós mesmos, suplicamos, vinde Senhor em meu auxilio, pois já não vejo mais horizontes, pois já não encontro mais a minha habitação.

E o Senhor continua a passar, a revelar-se vagarosamente em procissão, então corremos ao seu encontro, sangrando em nossas almas, e basta que toquemos suas vestes e este sangue estanca, este sangue se dissolve dos corações que agora encontram um repouso, que encontram sua morada.

Já não é uma procissão mais de aparências, de costumeiro, de beleza externa, de tapetes coloridos que encantam os olhos humanos, não, agora é uma manifestação do Sagrado no humano, do puro no impuro, do Sublime no que é declive, é a procissão do tapete que a alma estende para que o Rei da Glória, a Hóstia Santa, o Cristo Ressuscitado que, está no meio de nós, e que, agora posso ver, ouvir e tocar.

E assim se faz cumprir sua santa e perpetua Palavra: Eu, quando for exaltado sobre a terra, tudo atrairei a mim. (loh 12, 32).

Dom Luís Maria Puglia Barbosa OSB. Oliv
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Solenidade do Santíssimo Corpo de Cristo

Nesta quinta-feira celebramos a Solenidade de Corpus Christi.

São Pedro Julião Eymard, o grande apóstolo da devoção eucarística, lembra que, enquanto outras festas litúrgicas celebram algum mistério da vida passada do Salvador, a de Corpus Christi dirige-se diretamente à Pessoa de Nosso Senhor, vivo e presente entre nós, na Santíssima Eucarística.

“Não se expõe nessa festa – diz o santo – relíquias ou emblemas de tempos idos. O objeto desta solenidade é um objeto vivo. Vede como o povo, nos países onde Deus goza de liberdade, proclama Sua presença e prostra-se à Sua passagem. Mesmo os ímpios e temerosos, diante de tanta grandeza, inclinam-se”.
O culto ao Santíssimo Sacramento e a devoção a Nossa Senhora são duas características marcantes da Religião Católica. Por isso são elas objeto de ataques dos hereges de todos os tempos.
Foi principalmente por essa razão que a Igreja Católica estabeleceu a soleníssima procissão na Festa de Corpus Christi. Queria Ela manifestar, de modo público, a adoração a Jesus Sacramentado. Visava também reparar a indiferença e ultrajes que esse Augusto Sacramento recebe da parte dos ímpios e até de muitos que se dizem católicos.

Nos tempos de maior Fé, o Santíssimo Sacramento foi sempre objeto de adoração pública por parte de reis e governantes. Felipe II, Rei da Espanha no século XVI, quando se encontrava com um Sacerdote transportando o Viático para algum doente, descia de seu cavalo e acompanhava o Padre a pé, com o chapéu na mão, até a casa do doente. E, em respeito para com a Eucaristia, não permitia o menor ruído em qualquer capela onde estivesse Jesus Sacramentado.
No Brasil antigo, se um condenado à morte que estivesse sendo conduzido ao local do suplício cruzasse com um Sacerdote transportando o Santíssimo Sacramento, não só a pena capital lhe era comutada, mas ganhava a liberdade. Pois se encontrava com o Rei dos Céus e da Terra!
(Doutrina Católica – Eucaristia)

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terça-feira, 24 de maio de 2016

Padre Pio e Dom Lefebvre – refutando calúnias

A MENTIRA

Está disponível nos Estados Unidos um livro intitulado “Padre Pio Gleanings” (gleanings refere-se às sobras das colheitas que os judeus deviam deixar nos campos para que as viúvas e órfãos pudessem pegar. Algo como “O legado do Padre Pio”) de Pascal Catanco, que foi traduzido para o Inglês. Nas páginas 58 e 59, lê-se a seguinte passagem:

Entre as muitas pessoas que vieram visitar o Padre Pio esta Dom Lefebvre, o arcebispo que mais tarde apegou-se teimosamente à Tradição Católica, como ele a chamou, questionou a autoridade do Concílio Vaticano II e foi afastado do cargo pelo Papa Paulo VI.
O arcebispo teve um encontro com Padre Pio, na presença do professor Bruno Rabajotti. Esta testemunha relatou que em um determinado momento Padre Pio olhou severamente para Dom Lefebvre e disse: “Nunca provoque a discórdia entre os seus irmãos e sempre pratique a regra de obediência, sobretudo quando lhe parecer que os erros daqueles que detém autoridade são os mais graves. Não há outro caminho além da obediência, especialmente PARA AQUELES DE NÓS QUE FIZERAM ESTE VOTO.”
O Padre Pio podia dar esse conselho, porque ele também teve que obedecer a algumas ordens muito questionáveis. Sua atitude foi colocar o problema nas mãos de Deus, pois Ele iria encontrar uma maneira para a verdade triunfar. Parece que o Arcebispo Lefebvre não via as coisas da mesma maneira, mas ainda assim respondeu ao Padre Pio: “Eu vou me lembrar disso, Padre“.
O Padre Pio então olhou intensamente e, prevendo o que ia acontecer em breve, disse: “Não! você irá esquecer! Você romperá com a comunidade dos fiéis, opor-se-á à vontade de seus superiores e até mesmo irá contra as ordens do próprio papa e isso acontecerá muito em breve. Você vai esquecer a promessa que fez aqui hoje, e toda a Igreja será ferida por você. Não pense que você é um juiz. Não tome poderes que não lhe pertencem e não considere-se como a voz do Povo de Deus, pois Deus já fala com seu Povo. Não semeie a discórdia e a dissensão. No entanto, eu sei que isso é o que você irá fazer!” Infelizmente, a verdade da profecia do Padre Pio é óbvia para todos.
[tradução livre]

A VERDADE

Dom Lefebvre e Padre Pio num corredor.

Em 8 de Agosto de 1990, Dom Lefebvre escreveu uma carta pessoal para um padre da Fraternidade na França que houvera escrito perguntando sobre seu encontro com Padre Pio. Aqui estão partes dessa carta:
Durante vários anos esta calúnia, uma mentira do início ao fim, tem circulado na Itália. Eu já refutei-a, mas mentiras demoram a morrer, não há uma palavra de verdade na página desta revista que você fotocopiou para mim.
O encontro que ocorreu após a Páscoa de 1967 demorou dois minutos. Eu estava acompanhado pelo Padre Barbara e um irmão espiritualista, Irmão Felin. Eu encontrei o Padre Pio num corredor, em seu caminho para o confessionário, sendo ajudado por dois capuchinhos.

Disse-lhe algumas palavras sobre o motivo da minha visita: para que ele abençoasse a Congregação do Espírito Santo que iria realizar um Capítulo Geral Extraordinário, como todas as sociedades religiosas, devido ao aggiornamento (modernização da Igreja), Capítulo o qual eu temia que resultasse em problemas…

Padre Pio beijando o anel de Dom Lefebvre.

Então Padre Pio gritou. ‘Eu, abençoar um arcebispo, não, não, é o senhor que deveria estar me abençoando!‘ E então, ele se curvou para receber a benção. Eu abençoei-o, ele beijou meu anel e continuou seu caminho até o confessionário…
Esse foi todo o encontro, nada mais, nada menos. Para inventar isto que você me mandou é necessária uma imaginação satânica e mentirosa. O autor é um filho do Pai das Mentiras.
Obrigado por me dar a chance de dizer mais uma vez a mais pura verdade.
Cordialmente, in Christo et Maria,
+Marcel Lefebvre

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Religiosos membros da maçonaria: denúncia do santo Padre Pio de Pietrelcina

O ímpio século XX teve dois grandiosíssimos santos, ambos franciscanos: o polonês São Maximiliano Maria Kolbe e o italiano São Pio de Pietrelcina, ou Padre Pio, como é popularmente conhecido.

Eles sempre denunciaram a maior organização criada pelos filhos das trevas para corromper as almas: a maçonaria.

O combate de São Maximiliano Maria Kolbe a essa seita é conhecido de seus verdadeiros devotos. Quanto  ao Santo Padre Pio, muitos só falam de seu hospital para cuidar dos doentes, como se ele não passasse de  “um bom velhinho”, esquecendo ou omitindo suas denúncias contra a maçonaria que, no decorrer dos séculos, vem destruindo na sociedade a noção de civilização cristã, do bem e do mal, do certo e do errado.

Cumpre frisar que embora muitas pessoas não façam parte dos planos da maçonaria ou sejam membros desta, se possuírem um espirito revolucionário, igualitário, a favor do comunismo, da destruição da propriedade privada, do divorcio, do aborto e das práticas homossexuais, acabam por se filiar indiretamente a essa seita.

É muito conhecida a denúncia de São Kolbe aos embustes demoníacos da seita maçônica, feitos a  pessoas da sociedade temporal (governantes em geral). O Padre Pio, por sua vez, denuncia os religiosos que fazem parte da referida seita, como veremos a seguir, em carta que ele escreveu ao seu diretor espiritual, a qual dispensa comentários:


Meu caríssimo Padre,

Na sexta-feira pela manhã, eu ainda estava na cama quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais vários dignitários eclesiásticos; destes, uns estavam celebrando, outros falando, e outros se despindo das vestes sagradas.

Como a visita de Jesus angustiado causava-me muita dor, eu quis Lhe perguntar por que Ele sofria tanto. Não obtive resposta. Contudo, seu olhar recaiu sobre aqueles sacerdotes; mas, pouco depois, quase como se estivesse horrorizado e cansado de ver, Ele retirou o olhar e, quando o pousou sobre mim, com grande horror observei duas lágrimas que Lhe sulcavam  o rosto. Ele se afastou daquela multidão de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto em seu rosto, gritando: "Açougueiros!".

E voltando-se para mim, disse: “Meu filho, não creia que minha agonia durou apenas três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas por Mim, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo de minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai à procura de qualquer gota de piedade humana, mas ai daqueles que me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono dos meus ministros tornam mais aguda a minha agonia.

Ai daqueles que correspondem mal ao Meu amor! E o que mais Me aflige e custa, é que à indiferença eles somam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes estive para fulminá-los, se não fosse impedido pelos anjos e pelas almas que Me veneram... Escreva ao seu diretor espiritual e narra-lhe tudo o que viu e ouviu de Mim esta manhã. Diga a ele que mostre sua carta ao Padre provincial...”

Jesus ainda continuou, mas o que me disse jamais poderei revelar a nenhuma criatura deste mundo. Esta aparição causou-me tanta dor no corpo, e mais ainda na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e achei que ia morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado...

Jesus tem infelizmente razão de lamentar de nossa ingratidão! Quantos de nossos irmãos desgraçados não correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na infame seita da Maçonaria! Oremos para  que o Senhor ilumine suas almas e toque seus corações.”



 Fonte: Lettera di Padre Pio al Suo Padre spirituale P. Agostino, in "Padre Pio da Pietralcina-Epistolario I”, Lettera N°123, Pietrelcina 7 aprile 1913, pp.350-352, ed "Padre Pio da Pietrelcina", 2002. (http://www.gris-imola.it/esoterismo/PadrePiomassoneria.php)
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Nascimento de Francesco Forgione

Neste dia tão especial do nascimento de Padre Pio, apresentamos a você esse novo artigo sobre o nascimento de Padre Pio e sua infância. 

Pietrelcina, terra natal de Francesco Forgione, futuro Padre Pio.

                                         Pietrelcina

 Pietrelcina é uma vila rural de cerca de 3000 habitantes, localizada na região da Campania, província de Benevento, no Sul da Itália.  Ao longo dos séculos, o nome da cidade foi alterado várias vezes: "Pietrelcina", "Petrapolcina", "Petrapucina", "Petrapolicina", "Petrapulcina", "Pietr'elcina", "Pietra Elcina". O nome desta pequena aldeiazinha vem do latim "Petra" (pedra) e "Pucina" (pequena). Sua superfície total não chega a 30km².
 O futuro Padre Pio nasceu na quarta-feira 25 de de Maio de, 1887, às 5:00 horas da tarde de Grazio Mario Forgione (pai), de 26 anos, (1860-1946), e Maria Giuseppa de Nunzio Forgione (mãe), 28 anos, (1859 -1929). 
Certidão de nascimento de Francesco Forgione
 O nome do pai do Padre Pio foi Grazio, mas ele era conhecido como Orazio e chamado de "Zi Orazio" por seus vizinhos. Os Forgiones eram agricultores, cultivando o seu próprio pedaço de terra. Eles se casaram em 8 de junho de 1881. Ambos eram analfabetos. Possuíam cerca de um hectare de terra. Eles eram pobres. Havia comida na mesa todos os dias. Mas havia pouco dinheiro. 
Padre Pio: "Na minha casa, era difícil encontrar dez liras, mas não fomos privados de qualquer coisa." 

                                                Infância com anjos e demônios

 Ao falar sobre sua infância Padre Pio disse que se lembrava de tudo sobre ele, inclusive quando ele ainda estava no berço.   Ainda no berço ele começou a ter a companhia visível do seu Anjo da Guarda. Mais tarde, ele relatou em uma carta: "O Anjo da Guarda tem sido meu companheiro desde a minha infância."  Em uma carta a Maria Campanile, em Novembro de 1922, Padre Pio escreveu: ". O Senhor desde o meu nascimento me mostrou sinais de uma predileção muito especial."  Ele começou a ver demônios, também. Anos mais tarde, ele lembrou: "Quando eu estava no berço, e minha mãe apagou a lâmpada, eu vi esses monstros horríveis e gritei, aterrorizado. Em seguida, mãe voltou a ascender lâmpada de volta, e os monstros desapareceram, e eu parei de gritar."Os demônios estavam constantemente à espreita em seu berço em forma de terríveis monstros horríveis.  Como uma criança Padre Pio gritou longas horas durante a noite.Seu Pai Grazio, anos mais tarde, lembrou que uma noite ele perdeu a paciência, pegou o bebê e o jogou sobre a cama dizendo: "O que é nascido na casa, um diabo em vez de um cristão." A criança escorregou da cama e caiu no chão. Mamãe Peppa gritando o marido: "Você matou meu filho!" Ela pegou o bebê nos braços e percebeu que não tinha havido nenhum dano. Recordando o episódio no funeral de seu pai Padre Pio disse: "Daquele dia em diante eu não chorei mais."  Anos mais tarde Mãe Peppa disse Padre Pio: "Filho, que susto você me deu naquela noite!" Padre Pio:. ''Mãe, era o diabo me atormentando "  Muitos anos mais tarde Padre Tarcísio perguntou Padre Pio: "Quando você começou o sofrimento?" Padre Pio: ". A partir do momento que eu estava no ventre de minha mãe"





-Algumas partes tiradas do livro: Padre Pio de Giovanni Cavagnari





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sábado, 21 de maio de 2016

Solenidade da Santíssima Trindade

Neste domingo celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade. Texto do Padre Paulo Ricardo.


Celebrar a Santíssima Trindade é celebrar o fato de que Deus é amor. Trata-se de um mistério insondável: Ele é eternamente Pai de um Filho que existe eternamente e o amor entre os dois – também eterno – é o Espírito Santo. A Trindade é revelada aos homens não por meio de uma aula de Catecismo, mas pela obra da salvação, pelo Senhor que envia ao mundo dois Paráclitos: Jesus e o Espírito, a fim de resgatar-nos de nossa maldade.

Ao mesmo tempo, porém, em que Se revela, Deus Se esconde. São Paulo diz: “Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido” [1]. E por que Se esconde o Senhor? Porque é o modo que Ele encontrou de alcançar o nosso amor. Se Se mostrasse totalmente a nós, ficaríamos de tal modo atraídos por Ele que não seríamos capazes de amá-Lo livremente. Por isso, ao mesmo tempo em que “tira o véu” e mostra o Seu amor, Deus “Se vela” e espera de nós um ato de fé em Seu amor.

É o que diz o Evangelho deste Domingo: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”. Ou seja, Deus ama-nos, mas somos livres tanto para crer e amá-Lo de volta, com o auxílio do Espírito Santo, quanto para não crer e tentar explicar a vida de Cristo por teoremas meramente humanos.

Vale lembrar que o pecado de Satanás não é o de não crer em Deus. São Tiago diz que “também os demônios creem e tremem” [2]. Aquilo em que o diabo não acredita é no amor de Deus. E é essa a linha que divide a humanidade em duas sociedades: uma que opera no amor e outra que opera no egoísmo. “Dois amores fizeram as duas cidades: o amor de si até ao desprezo de Deus – a terrestre; o amor de Deus até ao desprezo de si – a celeste.” [3]

Em nossas igrejas, estão sentadas, no mesmo banco, pessoas da cidade de Deus e pessoas da cidade dos homens. A qual das duas pertencemos? À dos que creem no amor de Deus e procuram amá-Lo de volta ou à dos que O rejeitam e só pensam em si mesmas, em seus próprios caprichos e veleidades? “Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado”, diz Jesus. Quem não crê já está condenado, pois, já neste mundo, habita a cidade do desprezo de Deus.

Ouçamos, neste Domingo, o apelo de Cristo, que, com os braços apertos, chama: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” [4]. Carreguemos corajosamente a Cruz de Cristo, sem a qual não há amor nesta vida, com o auxílio do Espírito, que torna suave o jugo e leve o peso do sofrimento. Contemplando a grandiosa vocação à qual fomos chamados, de participar da vida do próprio Deus, e inflamados pelo amor de Cristo, edifiquemos a Sua cidade, até o desprezo de nós mesmos.

E não nos espantemos que Santo Agostinho fale do “desprezo de si”. Após o pecado original, o nosso amor próprio é doente e desordenado. Para remediar este mal – que é, segundo Santo Tomás, o princípio de todo o pecado [5] –, não há outro caminho senão o da mortificação: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” [6].

Se não se está em estado de graça, é importante arrepender-se e procurar o sacramento da Penitência, a fim de restaurar em seu coração a inabitação trinitária. Uma vez alvejadas as próprias vestes no sangue do Cordeiro, é preciso determinar-se – com “determinada determinación”, como escrevia Santa Teresa [7] – a amar a Deus. Já que não se consegue isso pelas próprias forças, urge implorar ao Senhor a Sua graça, por meio da oração. Perseverando nesse caminho, entra-se no regime da caridade e pode-se celebrar dignamente a Solenidade da Santíssima Trindade.

Referências

1 Cor 13, 12

2.Tg 2, 19

3.Santo Agostinho, De Civitate Dei, 2, XIV, XXVIII

4.Mt 11, 28-30

5.Suma Teológica, I-II, q. 77, a. 4

6.Mt 16, 24

7.Camino de Perfección, 21, 2


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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Uma visão profética do Padre Pio.

Existe na história da Igreja, além da leitura dos acontecimentos, real ou falsa, uma outra leitura, a dos místicos, que têm o privilégio de ser objeto da predileção divina e, portanto, de serem informados diretamente pelo Céu sobre os eventos, fazendo-se de porta-vozes dos anúncios sobrenaturais e das profecias.

Nos tempos atuais de confusão, mistificação, engano e erro da e na Fé, torna-se muito interessante ler o que o Padre Pio de Pietrelcina escreve a seu confessor, Padre Agostinho, em 7 de abril de 1913. Nesse sofrido escrito o santo descreve uma aparição de Cristo agonizante devido ao comportamento dos sacerdotes indignos.

“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; destes, alguns estavam celebrando, outros se desviando, e outros se despindo das vestes sagradas.

“A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se fosse parar de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’

“E voltando-se para mim, disse: ‘Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir.

“‘Minha alma vai em busca de algumas gotas de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada. Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade.

“‘Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial …’. Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria!

Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. Encoraje o nosso padre provincial, que receberá do Senhor um copioso socorro de favores celestes. O bem da nossa província mãe deve ser a sua constante aspiração. Para isso devem tender todos os seus esforços. Para esse fim devem ser direcionadas as nossas orações, tudo o que possuímos. Na reorganização da província, não podemos poupar ao provincial as dificuldades, as doenças, as fadigas; contudo, cuidar para não perder o ânimo, o misericordioso Jesus sustentará a empresa. A guerra dos cossacos vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus” (Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123).

Padre Pio, como ele assinava, demonstra com este documento o seguinte: 1) Na Igreja existem ministros que fazem agonizar e irar (desejo de fulminá-los) o Filho de Deus; 2) Esses ministros demonstram sua indiferença e ingratidão para com Quem os chamou a uma tão alta honra; 3) Eles desagradam seriamente o Senhor Jesus, a ponto de O fazerem gritar, referindo-se a eles, “Açougueiros!”, pelo fato de se aproximarem do Santíssimo Sacramento com indiferença, desprezo e descrença; 4) Eles são abertamente acusados de entrar e fazer parte da “seita infame da maçonaria”; 5) A guerra lançada pelos maçons na Igreja é cada vez mais forte (estamos no ano 1913), mas não faz temer o Padre Pio, porque ele confia na ajuda do Onipotente.

O que estamos testemunhando hoje nas nossas paróquias, nas nossas dioceses, na nossa Roma só pode confirmar o que o santo de Pietrelcina escreveu um século atrás.

Fonte: https://fratresinunum.com/2014/11/03/uma-visao-profetica-do-padre-pio/
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Especial voz de Padre Pio - Visita à Maria Santíssima.



Oração de Santo Afonso, rezada por São Padre Pio
Santíssima Virgem Imaculada, minha Mãe Maria, a ti que és a Mãe do meu Senhor, a rainha do universo, a advogada, a esperança, o refúgio dos pecadores, eu que sou o mais miserável de todos os pecadores, recorro neste dia.
Venero-te, grande rainha, e agradeço-te por tantas graças que tu me tens concedido até este dia; em particular, por ter me livrado do inferno que eu tantas vezes merecido pelos meus pecados.
Eu te amo Senhora amabilíssima; e pelo amor que eu te eu vos tenho, prometo servir-te de bom grado e fazer o que eu puder para fazer-te amada por outros também. Eu coloco em ti toda a minha esperança para a salvação; me aceita como o teu servo e me abriga sob a teu manto, tu que és a Mãe de misericórdia. E já qu és tão poderosa para com Deus, livra-me de todas as tentações, ou pelo menos alcançai-me a força para superá-los até a morte. De ti eu imploro um verdadeiro amor por Jesus Cristo. Por ti eu espero ter uma morte santa. Minha querida mãe, pelo amor que Tu tens a Deus Todo-Poderoso, Peço-te para me ajudar sempre, mas acima de tudo no último momento da minha vida. Não me desampares, então, até tu me ver seguro no céu, lá para me abençoar e cantar das tuas misericórdias por toda a eternidade. Essa é a minha esperança.
Salve Rainha, Mãe de misericórdia vida, doçura e esperança nossa! Salve a vós bradamos, os degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Milagre do Sol, “para que todos acreditem”

​Quase um século atrás, o sol dançava na Cova da Íria, em Portugal. O significado e o alcance daquele acontecimento são, obviamente, muito maiores do que a própria mensagem de Fátima: a salvação das almas que Cristo comprou com o Seu sangue na Cruz.


“EM OUTUBRO FAREI O MILAGRE, para que todos acreditem” [1], disse Nossa Senhora aos três pastorinhos de Fátima, em 13 de setembro. O “Milagre do Sol” – como ficou conhecido o evento sobrenatural que se deu na Cova da Íria, um mês depois – transformou o que era uma mera "revelação privada" em um autêntico apelo de Cristo à Sua Igreja [2]. Não só o conteúdo da mensagem de Fátima dizia respeito à Igreja do mundo inteiro (afinal, quem está dispensado de rezar o Rosário ou fazer penitência pela conversão dos pecadores?), como a sua própria comprovação se deu publicamente, de maneira extraordinária: no dia 13 de outubro de 1917, “o sol dançou” diante de mais de 70 mil pessoas, homens e mulheres, pobres e abastados, sábios e ignorantes, crentes e descrentes.
No dizer de um eminente professor de ciências de Coimbra, o que aconteceu naquele dia foi que o sol "girou sobre si mesmo num rodopio louco". "Houve também mudanças de cor na atmosfera" e, por fim, "o sol, girando loucamente, parecia de repente soltar-se do firmamento e, vermelho como o sangue, avançar ameaçadamente sobre a terra como se fosse para nos esmagar com o seu peso enorme e abrasador". O parecer do Dr. José Maria de Almeida Garrett se conclui com uma perplexidade: "Tenho que declarar que nunca, antes ou depois de 13 de Outubro, observei semelhante fenómeno solar ou atmosférico".

Para o povo mais simples, o milagre se resume em bem menos palavras. Simplesmente, "o sol dançou". Mais do que descrever fisicamente o fenômeno, o que interessava à maioria das pessoas era o que não se podia ver, mas que ficara patente por aquela portentosa obra que eles tinham diante dos olhos: Nossa Senhora verdadeiramente apareceu a três humildes pastorinhos em Fátima.

A Lúcia, Jacinta e Francisco, de fato, mais do que ver o físico e pressentir o espiritual, foi dada uma visão bem mais abrangente da realidade: a Virgem,

"Abrindo as mãos, fê-las reflectir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projectar-se no sol. (...) Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul" [3].
Na última aparição da Virgem de Fátima, portanto, brilha aos videntes a imagem da Sagrada Família de Nazaré. Esse fato pode indicar – juntamente com uma recém-revelada carta da Irmã Lúcia ao Cardeal Carlo Caffarra [4] – que, realmente, "o confronto final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre a família e sobre o matrimônio". Quando o caminho ordinário de santificação da humanidade, que é o casamento, se encontra obstruído pela produção desenfreada da pornografia e pela popularização dos "pecados da carne" – os quais constituem, segundo resposta da Virgem à pequena Jacinta, a classe de pecados que mais ofende a Deus [5] –, o resultado só pode ser uma perda incalculável de almas (realidade a que a Mãe de Deus já tinha aludido, quando deu às mesmas crianças a visão do inferno).

Tal cenário desolador já tinha começado a delinear-se em Portugal, com a aprovação da lei do divórcio, em 1910, e a separação entre Estado e Igreja, em 1911. Compreensível, pois, que, soado o alarme, Nossa Senhora descesse do Céu para renovar à humanidade o apelo divino à conversão e à penitência.

Naquele 13 de outubro, em particular, a Virgem Santíssima tinha um pedido em especial, que ficaria gravado no coração dos pastorinhos. "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido" [6], ela dizia. Antes da agitação que se seguiria ao Milagre do Sol, é esta a mensagem que porta aos homens a toda santa Mãe de Deus: que os homens parem de pecar e ofender a Deus.

A observadores mundanos, tal recado – combinado com a ameaça de um severo castigo – poderia parecer "arcaico" ou mesmo "irrealista" para o homem moderno. – Um "espírito" que vem dos céus para falar de "pecado"? Em que século a autora dessas aparições acha que estamos? – Pois bem, é justamente no século XX que Nossa Senhora aparece, e é a mesma mensagem de dois mil anos atrás que ela carrega consigo: "Fazei tudo o que Ele vos disser" ( Jo 2, 5).

Se, por um lado, os tempos mudaram, o ser humano continua o mesmo e os perigos que rondavam a humanidade na época de Cristo não mudaram. Para ser católico e seguir Jesus, nada tão básico quanto o apelo de Fátima: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor". Ali, o Milagre do Sol não existia apenas para confirmar a aparição de Maria, mas para realizar um outro milagre, muito maior e mais extraordinário que qualquer outro prodígio [7]: a justificação das almas, a conversão dos pecadores. "Para que todos acreditem" em Jesus e, acreditando, tenham a vida eterna. Para que, de inimigos de Deus e habitantes do inferno, os homens se transformem em amigos de Deus e herdeiros do Céu. Para que se diga, enfim, desta civilização pagã e ateia, o que foi dito dos primeiros convertidos à fé: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 20).

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La Salette: as correntes e o crucifixo no peito de Nossa Senhora

Em La Salette, Nossa Senhora apareceu usando uma Cruz e uma corrente todas especiais. Mélanie, ela própria nos contou como eram:


“A Santa Virgem tinha uma belíssima cruz pendurada no pescoço. Essa cruz parecia ser dourada, mas digo dourada para não dizer que era folheada a ouro (...). Sobre esta cruz brilhantíssima havia um crucificado.

“Era Nosso Senhor com os braços estendidos sobre a cruz. Quase nas duas extremidades da cruz, de um lado havia um martelo e do outro uma torquês.

“A cor da pele do crucificado era natural, mas brilhava com grande fulgor. E a luz que emanava de todo seu corpo parecia dardos brilhantíssimos que perpassavam meu coração de desejo de me fundir n’Ele.

Crucifixo de Nossa Senhora, Aparições de La Salette “Por vezes Cristo parecia morto."

“Ele tinha a cabeça inclinada e o corpo estava afastado, como a ponto de cair, se não fosse retido pelos pregos que o seguravam na cruz."

“Outras vezes Cristo parecia vivo. Tinha a cabeça erguida, os olhos abertos, e parecia estar na cruz por vontade própria."

“E em algumas ocasiões parecia falar”.

Geralmente interpreta-se o martelo como símbolo daqueles que pela sua má vida, pelo menosprezo da Lei divina e até pelo ódio, pregam ainda mais Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz.

Nesta concepção a torquês representa aqueles que, pelas suas boas ações, diminuem as dores de Nosso Senhor, e dentro de suas possibilidades tentam despregá-lo da cruz.

“A Santíssima Virgem – lembra ainda Mélanie – tinha duas correntes, uma um pouco mais larga que a outra. Da mais estreita estava pendurada a cruz à qual me referi. Essas correntes (é preciso dar-lhes o nome de correntes) eram raios de glória de grande brilho, que não é fixo mas faiscante”.

Fonte: http://aparicaodelasalette.blogspot.com.br/2008/08/as-correntes-e-o-crucifixo-no-peito-de.html

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domingo, 15 de maio de 2016

Orações ao Divino Espirito Santo

Oferecemos a todos os leitores do Blog estas orações ao Divino Espirito Santo para serem rezadas na Solenidade de Pentecostes.



Oração ao Espirito Santo

Ó Espírito Santo, Espirito de amor de verdade, autor da santificação das nossas almas, eu Vos adoro como o principio de minha felicidade eterna. Muitas graças Vos dou, Soberano Dispensador dos benefícios que do céu recebo, e Vos invoco como a fonte das luzes e da fortaleza que me são necessárias para conhecer o bem e poder pratica-lo. Espirito de luz e de fortaleza, iluminai meu entendimento, fortificai a minha vontade, purificai o meu coração. Regulai todos os meus movimentos, e fazei-me dócil a todas as vossas inspirações. Espirito consolador, aliviai as penas e os trabalhos que me afligem neste vale de lágrimas, dai-me conformidade e paciência, para que eu mereça fazer neste mundo penitência dos meus pecados e gozar no outro a luz da eterna bem-aventurança. Amém.

Sequência devotissima

 Vinde, Santo Espirito, e mandai do céu um raio da vossa luz.
 Vinde, Pai dos pobres, vinde, ó Distribuidor dos bens, vinde ó Luz dos corações.
 Vinde, Consolador ótimo, doce hospede, e suave alegria das almas.
 Vinde, aliviar-lhes os trabalhos, temperar-lhes os ardores, e enxugar-lhes as lagrimas.
 Ó Luz beatíssima, inflamai o intimo dos corações dos vossos fieis.
 Sem a vossa graça nada há no homem, nada que se possa dizer inocente.
 Lavai, pois, o que em nós é sordido, regai o que é seco, sarai o que está ferido.
 Abrandai o que é duro, abrasai o que é frio, e reconduzi o desviado.
 Concedei aos vossos servos que em Vós confiam o setenário dos vossos dons.
 Dai-lhes o mérito da virtude, o dom da graça final e o glorioso prêmio dos prazeres eternos. Amém.

 Oração ao Espirito Santo pela Igreja

 Ó Espirito Santo criador, assisti benignamente a toda a Igreja Católica. Fortalecei-a e confirmai-a pela vossa divina virtude contra todos os ataques dos inimigos. Renovai também pela vossa graça e caridade o espirito dos vossos servos que ungistes, para que em Vós, glorifiquem o Pai e seu Filho Unigênito, Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Fonte: Adoremus, Dom Frei Eduardo O.F.M, 1952.

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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Padre Pio e Nossa Senhora de Fátima

Padre Pio teve uma forte ligação a Fátima, hoje iremos relatar um acontecido que marcou sua vida.


A saúde de Padre Pio foi precária desde sua mocidade, e declinou rapidamente na sua senilidade¹.
 Em abril de 1959, quando tinha 72 anos, caiu gravemente doente, afetado por uma pleurisia². Ele cessou de atender confissões, de tomar conhecimento da sua correspondência, de dar a benção do Santíssimo Sacramento aos fiéis, e de celebrar a Missa, devendo permanecer praticamente imobilizado na sua cama.
 Em maio desse ano , teve uma violenta recaída. Os sintomas indicavam um agravamento muito perigoso. Estava tão abalado que, segundo os médicos, dava para ter morrido três vezes.
 No dia 5 de agosto chegou a San Giovanni Rotondo, num helicóptero, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima (a mesma que choraria em Nova Orleans em 1972, e que viria várias vezes ao Brasil).
 Quanto o helicóptero ia aterrissar, desviou-se bruscamente de sua rota e tomou a direção do convento capuchinho para receber do Padre Pio a sua primeira saudação. Em pé junto à janela do coro, ele fez um gesto de mão e depois agitou um lenço, enquanto as lágrimas inundavam seu rosto. Mas esse esforço o obrigou, pouco depois, a se pôr novamente na cama. 
 No dia seguinte, 6 de agosto, antes de ser levada no helicóptero para outra cidade, a Imagem peregrina deu 3 voltas acima do convento.
 Vendo partir a Virgem, o Padre a "repreendeu", não sem certa desilusão: "Assim tu vais embora sem me dar uma benção?". Subitamente ele teve um arrepio, seguido de uma sensação de calor e de bem estar. Totalmente restabelecido, contou isso ao Padre Giustino, que estava ao lado dele; contente ele também, não pôde se impedir de comunicar sua alegria aos outros frades.
 Aludindo a sua doença, o Padre Pio declarou que no dia 7 ao Padre Alberto de San Severo: "A Madonna tinha-me dado a doença, a Madonna tirou-me a doença." 



1. Senilidade - Um dos últimos passos no processo chamado envelhecimento. A senilidade ocorre quando o envelhecimento acarreta um esmorecimento da memória e dificuldades físicas.



2. Pleurisia - é a inflamação das pleuras, tecidos que revestem os pulmões.

Tirado do livro (Padre Pio de Giovanni Cavagnari)


A seguir um vídeo explicando como foi esse dia, o video está em Italiano mas dá para entender:






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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Padre Pio, e o Santo Rosário

O amor de Padre Pio por Nossa Senhora é impressionante, mais ainda a quantidade de Terços que ele recitava. Só quem ama verdadeiramente pode dedicar todo o tempo que tem a falar com a pessoa amada.

“Nada menos que cinco rosários na íntegra todos os dias”: é o compromisso que lemos no diário escrito por Padre Pio em 1929. Mas, na realidade, eram realmente raros os dias em que o capuchinho ficava limitado a esse número. 


O padre Mariano Paladino uma vez perguntou-lhe quantos terços havia rezado, e ele respondeu:


– Trinta. Quase, tal vez um pouco mais, mas não menos.


– Como o senhor consegue? perguntou o surpreso confrade.


E padre Pio respondeu candidamente:


– Na noite o que há para fazer?



Em outra ocasião, o santo religioso acrescentou:


– Eu posso fazer três coisas ao mesmo tempo: rezar, confessar e ir ao redor do mundo.


Um de seus assistentes pessoais, o padre Marcellino Iasenzaniro, testemunhou que na parte da manhã era necessário lavar-lhe as mãos uma de cada vez, porque o Padre Pio nunca parava de rezar o Terço, que gostava de chamar de “arma de defesa e de salvação, doada por Nossa Senhora para usá-la contra as astutas ciladas do inimigo infernal”.


E ele explicou aos que estavam perto dele:


– Se a Imaculada em Lourdes e até mesmo o Imaculado Coração em Fátima recomendaram insistentemente a oração do Terço, não significa que esta oração tem um valor excepcional para nós e para os nossos tempos?




Um dia, o irmão padre Alessio Parente lhe perguntou por que ele sempre recitava o Terço e não outras orações. Sua resposta foi:

– Porque Nossa Senhora nunca me recusou uma graça através da recitação do terço. 
Para si mesmo, como revelou ao padre Pellegrino Funicelli, ele tinha um pedido preciso:

“Meu filho, eu tenho um temperamento ruim. Muitas vezes, quando eu não concordo com as disposições do Superior, digo-lhe clara e rombudamente, embora, em seguida, eu cumpro suas disposições escrupulosamente.

“Eu peço todos os dias a Nossa Senhora a graça de ter um pouco de sua doçura e de sua ternura na obediência ao superior e à Igreja. Eu, então, Lhe peço uma segunda graça: não ter olhos para ver, exceto Jesus e sua Igreja nesta terra”.

O terço é arma poderosíssima para tirar do Purgatório as almas que ali padecem

O terço é arma poderosíssima para tirar do Purgatório as almas que ali padecem
O poder desta oração foi testado pessoalmente pelo capuchinho, que entre outras coisas, como relatou o padre Nello Castello, ensinou a valorizar o terço de indulgências de Monsenhor Cuccarollo, a quem o Papa São Pio X, na hora de nomea-lo bispo tinha concedido as indulgências de que dispunha, tirando o anel papal da mão e pondo-o no dedo do bispo simbolicamente.

Padre Pio disse:

– Com este terço esvaziamos um recanto do Purgatório.

Todas as noites, especialmente nos últimos anos de vida, o padre Pio queria que em seu quarto o Superior ou outro irmão de religião puxasse a Ave Maria, que ele e os presentes, em seguida, completavam concluindo com a invocação “Mater Divinae Gratiae, ora pro nobis” (“Mãe da Divina Graça, rogai por nós”).

O padre Carmelo de San Giovanni in Galdo poeticamente pintou a cena como:

“o fechamento de um dia de trabalho pesado, e um brado pedindo ajuda para a noite que se aproximava. Ele fitava para a grande imagem de Nossa Senhora, que pendia da parede ao pé da sua cama, como uma criança aguardando o beijo e a saudação da mãe”.

Seu sentimento filial para com Maria teve extraordinária intensidade, embora para sua humildade nunca achava suficientes suas demonstrações de afeto.

Durante uma confissão, a Irmã Maria Francesca Consolata confidenciou:

– Pai, eu tenho muita amargura na alma, porque eles não sabem amar Nossa Senhora com o amor que o senhor tem.

E ele, com um suspiro, disse, visivelmente emocionado:


– Minha filha, eu estou sofrendo porque eu A amo tanto ... e eu ainda não sei amá-La como Ela merece. Oremos juntos para alcançar essa grande graça.

A 14 de agosto de 1958, na véspera da festa da Assunção, o padre guardião do mosteiro pediu-lhe um pensamento espiritual.

O Padre Pio abaixou a cabeça, começou a soluçar, e, respondendo, disse:

– Nossa Senhora ...

Os soluços tornaram-se pranto; em seguida, retomou com esforço:

– Nossa Senhora ....

Tremores fortes fizeram estremecer todo o seu corpo.

– Nossa Senhora.., ele repetiu pela terceira vez, é nossa Mãe.

Então lágrimas brotaram incontroláveis, e o padre, com dificuldade, conseguiu levar o lenço para enxugar as lágrimas que lhe tinham molhado todo o rosto.

Mas sequer teve tempo e força para secá-lo, porque as lágrimas escorriam abundantes e incessantemente.

Em seguida, deixou cair as mãos sobre os joelhos e, chorando, ele continuou a gritar:

– Nossa Senhora é nossa Mãe! Nossa Senhora é nossa Mãe!

Por sua vez, o padre Eusébio contou que certa feita, no fim do dia, após a recitação do Rosário em honra de Nossa Senhora, a multidão de pessoas cantou a música “Levanta-te, Tu que és mais bela que a aurora”.

E enquanto cantavam o refrão “Tu és bela como o sol, pulcra como a lua”, o padre Pio teve uma expansão súbita:

– Oh, se fosse assim renunciaria até ao Paraíso.

O padre Eusébio, espantado com esta declaração que lhe parecia exagerada, objetou:

– Padre, isso é mais bonito do que o sol e a lua?

E ele quase com pena dele, disse:

– Eh ... o senhor precisa..

E o irmão, pegando no ar:

– Mas então, o senhor viu a Nossa Senhora?

Sua resposta foi o silêncio, acompanhado por um sorriso mais eloquente do que quaisquer palavras.


(Fonte: Saverio Gaeta, “Padre Pio. Sulla soglia del Paradiso”, San Paolo Edizioni, 2002, cap. XVI, Rosario e Madonna. L'“arma” della salvezza)
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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Cinco razões para acreditar nos santos incorruptos da Igreja Católica

Esses santos morreram e suas almas foram ao encontro de Deus, mas os seus corpos estão intactos e desafiam a ciência até os dias de hoje.
O Corpo de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio) não está incorrupto. Leia no final do texto o por quê.
Hoje em dia, a humanidade conhece muitas técnicas de preservação de corpos, mas a mais famosa de todas começou a ser empregada ainda no Egito Antigo, mais de 5 mil anos atrás. No método chamado de mumificação, os órgãos internos dos faraós eram cuidadosamente removidos, as cavidades do corpo preenchidas com ervas e outros materiais naturais e, depois, os corpos eram banhados em óleos e envoltos em faixas. Tutancâmon, a mais famosa múmia do Egito, por exemplo, foi encontrada por arqueologistas em 1922 e já contava com mais de 3 mil anos de história.
Trata-se, sem dúvida, de um fato impressionante, mas muito distante de um milagre, pelo menos no sentido sobrenatural do termo. Santo Tomás de Aquino, ao explicar o que são milagres (miracula), lembra a sua semelhança com a palavra mirabilis, de onde vem o nosso adjetivo "admirável" [1]. Assim, qualquer coisa que cause espanto e admiração entre as pessoas pode ser considerada, genericamente, um milagre.
As múmias egípcias, no entanto, eram preservadas intencionalmente. O processo de embalsamamento era complexo e levava em torno de dois meses. Os sacerdotes politeístas e reencarnacionistas procediam assim para manter a identidade dos cadáveres em sua "jornada para o outro mundo". Nesses casos, há uma explicação natural bem clara para o fenômeno. Não se pode falar de intervenção divina nos sarcófagos antigos.
Muito menos se pode chamar de sobrenaturais os episódios de preservação acidental que a literatura moderna reporta acontecer aos montes, em diferentes lugares do mundo. Também esses casos têm uma explicação natural muito simples: ou foram (parcial ou integralmente) isolados de seus agentes decompositores, ou receberam substâncias químicas que os preservaram da decomposição. Em 1865, por exemplo, os habitantes da cidade de Guanajuato, no México, ficaram assustados quando exumaram os corpos de seus conterrâneos e descobriram que eles ainda não tinham sido totalmente consumidos pela terra! A explicação, porém, não se encontrava em nenhum poder mágico, mas simplesmente no solo salgado e seco do cemitério em que os defuntos tinham sido enterrados.
Coisa bem diferente, todavia, é o que acontece com os chamados "santos incorruptos" da Igreja Católica: são santos, porque amaram a Deus de modo extraordinário durante suas vidas;incorruptos, porque seus corpos foram achados espantosamente preservados, sem a intervenção de quaisquer agentes naturais; e diz-se que são especificamente da Igreja Católica, porque em nenhuma outra religião do mundo são achados de modo tão numeroso e constante quanto na Igreja fundada por Cristo. Por isso, esse fenômeno pode muito bem ser considerado como que um "selo" divino da autenticidade da fé católica — ainda que nenhum fiel batizado deva fazer depender desses milagres a sua fé na Revelação cristã.
De qualquer modo, se são autênticos e vieram realmente de Deus, não há por que desprezar essas manifestações sobrenaturais. O problema é que, muitas vezes, as pessoas simplesmente não sabem o que significa esse fenômeno, nem entendem por que eles são um milagre. Por isso, resumimos aqui para você pelo menos cinco motivos para acreditar nos corpos incorruptos dos santos da Igreja:

1. Eles tinham tudo para se decomporem

Cadáveres preservados de modo natural são rapidamente isolados do contato com a umidade, com o calor ou com outros agentes externos.
Com os santos incorruptos, porém, não foi assim.
Só para começar a conversa, muitos deles levaram vários dias para serem enterrados, devido à resistência dos fiéis em se separarem do objeto de sua veneração. Tome-se como exemplo São Bernardino de Siena, que ficou exposto para o culto dos fiéis por 26 dias, ou Santa Ângela Merici, cujo corpo ficou exposto para veneração pelo período de um mês.
Outros tantos foram preservados mesmo em condições extremamente adversas de umidade. Santa Catarina de Gênova permaneceu no túmulo por 18 meses, mas foi achada intacta apesar de sua mortalha estar úmida e deteriorada. Santa Maria Madalena de Pazzi foi desenterrada um ano depois de sua morte e, embora seu hábito estivesse encharcado, seu corpo permaneceu exatamente o mesmo. Nove meses após a sua morte, Santa Teresa de Ávila foi encontrada coberta de terra devido ao rompimento da tampa de seu caixão e, mesmo vestida com pedaços de tecido sujos e decompostos, o seu corpo não se encontrava apenas fresco, mas perfeitamente intacto e ainda exalando uma curiosa fragrância. A mesma resistência à umidade pôde ser verificada nos corpos de São Carlos Borromeu, Santa Catarina de Bolonha, Santa Catarina Labouré e São Charbel Makhlouf.
Outros corpos ainda, como os de São Colmano e São Josafá, resistiram ao ar e à água: o primeiro ficou suspenso por tanto tempo na árvore em que foi enforcado, que todos os habitantes da região se maravilharam com a sua preservação; o segundo, por sua vez, foi lançado em um rio, onde permaneceu por cerca de uma semana, sem sofrer nenhum dano.
São Francisco Xavier, São João da Cruz e São Pascoal Bailão resistiram de modo ainda mais impressionante a substâncias corrosivas que foram lançadas sobre eles. Também eles tinham tudo para se decomporem, mas resistiram milagrosamente.

2. Eles exalam perfumes extraordinários

Esse fenômeno é tão antigo entre os santos da Igreja que a literatura eclesiástica já consagrou a expressão "morrer em odor de santidade". Embora seja usada normalmente em sentido figurado, indicando as boas virtudes com que morreram os homens e mulheres de Deus, essa frase está fundada em um fato: o de que muitos santos realmente exalaram perfumes extraordinários depois de mortos.
Os casos históricos mais notáveis desse fenômeno são os de Santa Liduína, Santa Catarina de Ricci, São Felipe Néri, São Geraldo Majella, São João da Cruz, São Francisco de Paula, Santa Rosa de Viterbo, Santa Gema Galgani e São José de Cupertino.
As testemunhas desse fato extraordinário sempre evitaram quaisquer analogias e semelhanças para descrever a suavidade e a fragrância do odor que perceberam com o olfato. Um especialista foi enviado, certa vez, ao convento da beata e mártir Maria dos Anjos (Espanha, † 1936) para tentar identificar a natureza do perfume que exalava o corpo dessa serva de Deus. Ele teve que confessar que não se parecia com nenhum dos perfumes desta terra. As religiosas, suas companheiras, costumavam chamá-lo "odor de paraíso ou de santidade".
Dos muitos eventos ligados à incorrupção dos corpos, este é sem dúvida um dos mais impressionantes e inexplicáveis. É conhecido o parecer do Papa Bento XIV, na famosa obra que ele escreveu sobre a beatificação dos servos de Deus:
"Que o corpo humano possa naturalmente não cheirar mal, é muito possível; masque cheire bem está acima de suas forças naturais, como ensina a experiência. Por conseguinte, se o corpo humano, corrompido ou incorrupto, em putrefação ou sem ela [...], exala um odor suave, persistente, que não incomoda a ninguém, mas que parece agradável a todos, deve-se atribui-lo a uma causa superior e deve pensar-se em um milagre." [2]

3. Eles permanecem macios e flexíveis por longos anos

                                                          Corpo incorrupto de Santa Bernadette Soubirous, em Nevers, na França.

Múmias preservadas naturalmente trazem consigo um aspecto duro e rígido, comumente chamado de 
rigor mortis. A maioria dos santos incorruptos, ao contrário, nunca experimentou rigidez cadavérica — muitos permaneceram flexíveis anos após a sua morte, alguns atravessando séculos. Santa Catarina de Bolonha, por exemplo, tinha o corpo tão maleável 12 anos após a sua morte que foi colocado na posição em que se encontra até o dia presente: sentado.
Quem olha para as urnas de alguns santos, principalmente os mais antigos, pode ser tentado a duvidar da sua incorrupção. Na Índia, por exemplo, depois de quase 500 anos, restam praticamente apenas os ossos de São Francisco Xavier. No caso de Santa Bernadette Soubirous, embora o seu corpo esteja intacto desde 1879, já foi aplicada uma camada de cera ao seu rosto. Outros tantos exemplos poderiam evocar dúvidas a respeito da confiabilidade desses milagres. Afinal, a Igreja estaria tentando "maquiar" os seus santos?
Na verdade, o fenômeno da incorrupção não significa incorruptibilidade. A demora de algumas santas relíquias em se corromperem não significa que elas nunca se decomporão — e a Igreja nunca ensinou isso. Um corpo incorrupto não é um corpo indestrutível! Incorruptíveis e gloriosos, só os corpos ressuscitados de Jesus e Maria, que estão no Céu. Os outros — dos santos e servos de Deus — só o serão na ressurreição dos mortos, no fim dos tempos.
Essas observações também são importantes para lembrar o fim com que Deus realiza esses prodígios: conduzir as pessoas à fé em Jesus Ressuscitado. Os santos cujos corpos experimentaram o fenômeno da incorrupção não são "deuses". Eles são membros do Corpo Místico de Cristo e recordam que, assim como Ele não se corrompeu e vive para sempre, aqueles que levam uma existência pura e livre dos vícios nesta terra estão destinados para uma herança eterna e incorruptível no Céu.

4. Eles transpiram sangue e óleos preciosos

Além dos perfumes misteriosos sobre os quais já falamos, outro fenômeno muito comum entre os santos incorruptos é a transpiração de líquidos especiais.
Consta que esse milagre tenha acontecido — para mencionar apenas alguns nomes — com Santa Maria Madalena de Pazzi, Santa Júlia Billiart, Santo Hugo de Avalon, Santa Inês de Montepulciano, Santa Teresa d'Ávila, São Camilo de Lelis e São Pascoal Bailão. O óleo que fluiu várias vezes do corpo da beata clarissa Mattia Nazzarei, que morreu em 1320, continua jorrando sem parar de suas mãos e de seus pés, até os dias de hoje.
Outro caso impressionante é o do religioso libanês Charbel Makhlouf, cujo corpo foi depositado em um túmulo sem caixão, como previa a regra maronita. Exumado quatro meses depois de sua morte, tempo suficiente para a destruição parcial do corpo, São Charbel estava coberto de lama, mas seu aspecto permaneceu natural e flexível por longos anos, emitindo constantemente sangue e água, à semelhança do lado aberto do Redentor. Mais admirável que o fluxo, porém, é a quantidade de líquido que o seu corpo já exsudou, número que supera (e muito) a quantidade normal de qualquer ser humano vivo.

5. Eles foram visitados por luzes sobrenaturais

Ainda que não contribuam em nada para preservar essas relíquias, a aparição de luzes sobre os corpos e as tumbas de alguns desses santos atestam, de certo modo, a sua vocação divina.
A santidade de São Guthlac, por exemplo, foi confirmada por muitas testemunhas, que viram a casa onde ele morreu ser coberta por uma luz brilhante, que saía de lá em direção ao Céu. O perfume que provinha da boca de São Luís Beltrão em seu leito de morte era acompanhado de uma luz intensa que clareou a sua humilde cela por muitos minutos. Vários outros santos foram favorecidos com essa iluminação, incluindo São João da Cruz, Santo Antônio de Stroncone e Santa Joana de Lestonnac.
Mas talvez a mais impressionante manifestação tenha ocorrido, novamente, na tumba de São Charbel Makhlouf. A luz que brilhou intensamente por 45 noites em seu túmulo foi testemunhada por vários habitantes do vilarejo e eventualmente resultou na exumação do seu corpo, revelando os fenômenos que se observam até hoje.
Evidentemente, a Igreja não dá crédito a todo e qualquer caso de incorrupção que é alegado pelas pessoas. As autoridades eclesiásticas preferem trilhar o caminho da prudência, emitindo um parecer definitivo só depois que os fatos apresentados ao seu juízo se mostrem inexplicáveis à ciência humana.
A mesma posição de cautela deve ser recomendada a todos os fiéis. Sem se deixarem contaminar pelo ceticismo doentio do mundo, lembrem-se sempre do fim com que Deus opera essas grandes maravilhas: levar as pessoas à fé em Seu divino Filho e em Sua Santa Igreja. É para Ele, Jesus Cristo, que apontam todos os santos e santas da Igreja, principalmente os que, por um dom de Deus, receberam em seus corpos mortais a dádiva da incorrupção.
Vale lembrar: o corpo de São Pio de Pietrelcina (o Padre Pio) não está incorrupto, foi constatado que, apenas está em um bom estado de conservação.
Hoje vemos o rosto de Padre Pio perfeito, mas é apenas uma mascara que os Capuchinhos de San Giovanni Rotondo mandaram fazer, pois o rosto não estava em um bom estado.

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