quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Biografia de São Padre Pio Parte.IX

De volta à vida monástica do Convento


No dia 17 de fevereiro de 1916, o padre Pio saiu de Pietrelcina rumo a Foggia, onde os superiores o chamaram para dar um serviço espiritual. Padre Pio obteve tarde a possibilidade de confessar, que em geral é conhecida poucos dias após a ordenação sacerdotal, até mesmo em prévio exame de teologia moral. Em Pietrelcina, dirigia espiritualmente qualquer pessoa, que lhe era confiada por meio de correspondência postal. Será também esta, a direção espiritual através de cartas, uma das características do padre.

Graças a as orações de Rafaelina Cerase, uma Senhora muito enferma e perto da morte, o padre Pio pode regressar definitivamente a vida comunitária. Esta boa Senhora se ofereceu a Deus como vítima para que o padre pudesse ouvir confissões e com isso trazer grande beneficio às almas.

Ainda que o padre nunca mais pudesse regressar a Pietrelcina, seu amor por ela nunca diminuiu. Durante a Segunda Guerra Mundial, o padre, referindo-se a seu povoado disse: “ Pietrelcina será preservada como a menina de meus olhos ”.

E antes de morrer, falando profeticamente disse: “ Durante minha vida tenho favorecido a São Giovanni Rotondo. Depois de minha morte, favorecerei a Pietrelcina."

Em Foggia no convento de Santa Anna, como era chamada aquela comunidade capuchinha, Padre Pio não teve aquele grave distúrbio de vômito, que o impedia de ingerir os alimentos, o que o deixou feliz para, finalmente, viver em comunidade e conviver com a grande pobreza daqueles seus confrades.

A permanência de Padre Pio em Santa Anna não foi totalmente pacífica. Apesar de muito agradar aos confrades, a presença do sacerdote dedicado à oração e ao mesmo tempo alegre e divertidíssimo na hora da recreação, ocorreram situações que o colocaram em grande confusão. Freqüentemente, sobretudo à noite, escutavam murmúrio de vozes e pancadas que aterrorizavam os pobres frades. Padre Pio desculpou-se com o superior e deu-lhe a seguinte explicação: O demônio o tentava de todas as formas, mas ele lutava e vencia sempre. Porém ficava exausto, todo banhado de suor, e os confrades tinham que ajudá-lo a se trocar. Ele sempre permanecia sereno e tratava de transmitir, desse modo, sua serenidade aos outros.

* Primeira visita a São Giovanni Rotondo *

No dia 28 de julho de 1916, padre Pio chega a São Giovanni Rotondo pela primeira vez. San Giovanni Rotondo era então uma pequena vila na península do Gargano, rodeada por casas muito pobres, sem luz, sem água potável, sem caminhos pavimentados e sem formas de comunicação modernas, muito parecido à forma de vida nas vilas pequenas daquele tempo. O monastério se encontrava a uns dois quilômetros do povoado e para chegar a este, era necessário ir de mula. O monastério contava com uma pequena e rústica Igreja de Nossa Senhora das Graças do século XIV.

De fato, o padre rapidamente se adaptou ao ar puro, tanto que foi pedir ao superior permissão para prolongar por mais tempo sua estadia; sentia-se razoavelmente bem fisicamente, mas haveria ainda outras coisas, como Jesus lhe disse. É difícil saber se Ele revelou tudo o que haveria de acontecer em todo o resto de sua vida; certamente foi advertido que aquele era o local de seu apostolado.

Ele se mostrava contente e os frades estavam bastante contentes com ele. Mas havia alguém a quem aquela adaptação não agradava. Em seu íntimo, foi travada uma tremenda luta. Sentia-se “ exposto a Satanás ”, que seguramente não havia querido vê-lo naquele lugar. Sentia-se assaltado pela tentação contra a fé, de tal maneira a escrever: “ Que mistério eu sou a mim mesmo! ”. Deste modo, firme para guiar a alma, sentia-se e sempre se sentiu, por isso, fraco e inseguro com relação à sua pessoa.

Não foi só o maligno a perturbar Padre Pio na aparente quietude de San Giovanni. Havia a Primeira Grande Guerra. Até o padre foi convocado a servir e, até 16 de março de 1918, a sua vida foi um sucessivo de viagens e retornos, de visitas médicas e de licença de convalescença. Foi para ele um período muito duro, pelo esforço físico ao qual foi submetido; mas também pelos comentários e comportamentos de seus companheiros; e, sobretudo, pela freqüente impossibilidade de celebrar a Missa. Em compensação, comoveu meio mundo por quem era impelido a sacrificar-se.

No convento lhe foi dada uma particular missão: Era diretor espiritual dos frades, todos, entregues ao frei. Padre Pio dedicou-se a eles com todo o seu empenho: Lá, confessava, teve breve conferência espiritual, rezava por eles, lutava por eles contra o demônio e, conforme sua total generosidade se ofereceu ao Senhor, vítima, por eles. Mas logo começou uma nova função ao frei. Começou aumentar as pessoas em seu confessionário, tanto que em pouco tempo já tinha toda a manhã ocupada. Confessava, fazia direção espiritual e acompanhava as pessoas também por carta. A atormentá-lo, não era somente o demônio. O Senhor tinha para si aquele frei de desígnio especialíssimo, e se não lhe ensinava doçura espiritual, cada vez com mais profundidade, preparava-o sempre para desenvolver um sinal visível de Sua imagem.
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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pequena Biografia de São Padre Pio Parte. VIII

Os refúgios do Padre Pio em Pietrelcina 




Pode-se dizer que em Pietrelcina, no trecho de sua casa, havia três centros entre os quais dividia seu tempo. O primeiro centro era a pequena Igreja de Santa Anna. Era neste lugar que celebrava a Missa, que poderia durar quatro horas. Foi o primeiro e principal lugar freqüentado por Padre Pio, que aos poucos começamos a compreender. À Missa de Padre Pio, todos corriam para poderem assisti-la; ela não era semelhante a nenhuma outra Missa; diferente de todas. Dom Giuseppe Orlando, alguém que sempre voltava lá, já preso ao lugar, disse em poucas palavras: “ A sua Santa Missa é um mistério incompreensível ”. À luz daquilo que é dado como verdade, podemos afirmar que com a sua ordenação sacerdotal, a Missa de Padre Pio era verdadeiramente um reviver da Paixão de Cristo.

O Segundo é na direção da Ladeira Castello. Lá havia uma velha “pequena torre”. Ela poderia testemunhar a solicitude orante daquele homem: muita oração, muita união com seu Senhor.

O Terceiro é um olmo (tipo de árvore) no alto da colina de Piana Romana, um pouco distante da casa dos Forgione. Lá, o pequeno Francesco já se refugiava para rezar e estudar quando era pequeno, à sombra daquela árvore. Neste local o sacerdote também passava longas horas de oração, de meditação da Paixão do Senhor, tanto que seus familiares, sabendo ser um local muito importante, construíram lá uma pequena cabana com uma cama de palha que pudesse ficar até a noite, durante sua estadia.

* Os Estigmas invisíveis *

Durante seu primeiro ano de ministério sacerdotal, em 1910, enquanto rezava embaixo do olmo, Padre Pio recebeu os estigmas invisíveis. Em recordação a este fato é que se construiu naquele local uma capela. Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual os descreve assim: “ Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de um centavo, acompanhada de uma intensa dor. Também sob os dois pés sinto dor ”.

Estas dores na mãos e nos pés do padre Pio, são os primeiros indícios dos estigmas que foram invisíveis até o ano de 1918. Uma vez a dor que o padre Pio experimentou foi tão aguda, que sacudiu as mãos, as quais sentia que lhe queimavam.

Este tempo em seu povoado natal foi um período de grandes combates espirituais com o demônio, mas também de grandes consolos através de êxtase e fenômenos místicos, tanto interiores como exteriores, espirituais e físicos.

O demônio aparecia-lhe de distintas maneiras. Algumas vezes até na aparência de animais, de mulheres bailando danças impuras, de carcereiros que o açoitavam e inclusive sob a aparência de Cristo Crucificado, de seu Anjo da Guarda, São Francisco de Assis, a Virgem Maria, também sob a aparência de seu diretor espiritual, seu provincial. Mas, depois destes assaltos do demônio, era consolado com êxtases e aparições de Jesus, a Santíssima Virgem Maria, seu Anjo da Guarda, São Francisco e outros santos.

No dia 12 de agosto de 1912 experimentou pela primeira vez a “chaga do amor”. O padre Pio escreveu a seu diretor espiritual explicando-lhe o sucedido: " Estava na Igreja fazendo minha ação de graças depois da Santa Missa, quando de repente senti meu coração ferido por um dardo de fogo fervendo em chamas e eu pensei que ia morrer”. Suportou o impacto da perfuração do coração e quase que uma vez por semana era submetido à flagelação e à coroação de espinhos. Se durante sua infância e novamente nos anos preparatórios ao sacerdócio, sua meditação constante era a Paixão do Senhor, que o fazia derramar muitas lágrimas, agora, não se tratava somente de meditar o sofrimento de Cristo, mas de vivê-lo na própria carne. E esse era apenas o início!

Por sete anos, padre Pio permanece fora do Convento, em Pietrelcina. Naturalmente, esta vida estava em contraste com a regra franciscana e alguns irmãos frades se queixaram disto. Foi então quando o Superior Geral da Ordem pediu a Sagrada Congregação dos Religiosos a exclaustração do Padre Pio. Foi um golpe muito duro para ele e em um êxtase se queixou com São Francisco de Assis. A Congregação dos Religiosos não escutou a solicitação do Superior Geral e concedeu que o padre Pio continuasse vivendo fora do convento, até que estivesse completamente restabelecida sua saúde.

A prática de seus deveres, a memória de sua missão substituía o esforço do dever cumprido. Foram anos caracterizados por um cotidiano em que se alternavam as visões diabólicas e os estados de doçura. Resistiu a tudo isso até 17 de fevereiro de 1916.
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Deus é Misericordioso, mas também Justo

Misericordia enim et ira ab illo cito proximant, et in peccatores respicit ira illius — «A sua misericórdia e a usa ira chegam rapidamente, e em sua ira olha para os pecadores» (Eclo 5, 7).

Sumário. De dois modos o demônio engana os homens e arrasta muitos consigo ao inferno. Depois do pecado arrasta-os ao desespero, por meio da justiça divina; e antes do pecado excita-os a cometê-lo pela esperança da divina misericórdia. Se quisermos desfazer a arte do inimigo, façamos o contrário: depois do pecado, confiemos na misericórdia divina, mas, antes do pecado, temamos a sua justiça inexorável. Como poderia confiar na misericórdia de Deus quem abusa da mesma misericórdia para o ofender?

I. Diz Santo Agostinho que o demônio engana os homens de dois modos: pelo desespero e pela esperança. Quando o pecador caiu, arrasta-o ao desespero, representando-lhe o rigor da divina justiça; mas antes do pecado, excita-o a cometê-lo pela confiança na divina misericórdia. — Com efeito, será difícil encontrar um pecador tão desesperado que se queira condenar por si próprio. Os pecadores querem pecar, mas sem perderem a esperança de se salvar. Pecam e dizem: Deus é misericordioso; cometerei este pecado e depois irei confessar-me dele. Mas, ó Deus! é assim que falaram tantos que agora estão condenados!

Avisa-nos o Senhor: «Não digas: são grandes as misericórdias de Deus; por muitos pecados que eu cometa, obterei o perdão por um só ato de contrição» (Eclo 5, 6). Não digas assim, avisa-nos Deus; e por quê? Porque a sua misericórdia e a sua justiça vão sempre juntas; e a sua indignação se inflama contra os pecadores impenitentes, que amontoam pecados sobre pecados e abusam da misericórdia para mais pecares: A sua misericórdia e a sua ira chegam rapidamente, e a sua indignação vira-se contra os pecadores. — A misericórdia de Deus é infinita, mas os atos dessa misericórdia são finitos. Deus é misericordioso, mas também é justo. «Eu sou justo e misericordioso», disse um dia o Senhor a Santa Brígida; «mas os pecadores julgam-me somente misericordioso».

Não queiramos, escreve São Basílio, considerar só uma das faces de Deus. E o Bem-aventurado João Ávila acrescenta que tolerar os que abusam da misericórdia de Deus, para mais o ofenderem, não seria mais ato de misericórdia, mas falta de justiça. A misericórdia é prometida ao que teme a Deus, não ao que dela abusa: Et misericordia eius timentibus eum (Luc 1, 50). A justiça ameaça os pecadores obstinados; e assim como Deus, observa Santo Agostinho, não falta às suas promessas, tão pouco faltará a suas ameaças.

II. Meu irmão, escuta o belo conselho que te dá Santo Agostinho: Post peccatum spera misericordiam.Depois do pecado, confia na misericórdia de Deus; mas antes do pecado, receia a sua terrível justiça: Ante peccatum pertimesce iustitiam. Sim, porque é indigno da misericórdia de Deus quem dela abusa para o ofender. Aquele que ofende a justiça, diz Afonso Tostato, pode recorrer à misericórdia; mas a quem poderá recorrer o que ofende a própria misericórdia? Seria zombar de Deus querer continuar a ofendê-lo e desejar depois o paraíso. Avisa-nos, porém, São Paulo, que Deus não consente que zombemos dele: Deus non irridetur(Gal 6, 7).

Ah, meu Jesus, eu sou um daqueles que Vos ofenderam, porque Vós éreis tão bom. Esperai, Senhor, não me abandoneis ainda, já que pela vossa graça espero nunca mais dar-Vos motivo para que me abandoneis. Pesa-me, ó bondade infinita, de Vos ter ofendido e abusado tanto da vossa paciência. Graças Vos dou por me terdes esperado até agora. No futuro, não mais Vos quero trair como no passado.

Vós me suportastes tanto tempo, afim de me verdes um dia cativo amorosamente da vossa bondade. Esse dia já chegou, como espero. Amo-Vos, ó bondade infinita. † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas; estimo a vossa graça mais que todos os reinos do mundo; antes perder mil vezes a vida que perder a vossa afeição. — Meu Deus, pelo amor de Jesus Cristo, dai-me, com o vosso amor, a santa perseverança até à morte. Não consintais que eu torne a trair-Vos, e deixe jamais de Vos amar. — Ó Maria, sois a minha esperança; obtende-me a perseverança e nada mais vos peço. (*II 76.)



Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III – Santo Afonso

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Do amor que Deus nos mostrou

Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos – “Amemos portanto a Deus, porque Deus nos amou primeiro” (1 Io. 4, 19).

Sumário. São inúmeras as provas de amor que o Senhor nos deu. Amou-nos desde a eternidade, tirou-nos do nada com preferência a tantos outros, e, o que mais é, fez-nos nascer num país católico e no seio da Igreja verdadeira. Quantos milhões de homens vivem privados dos sacramentos, da pregação, dos bons exemplos e de tantos outros meios de salvação! A nós Deus quis dar todos estes meios de perfeição, sem mérito algum da nossa parte; prevendo mesmo todos os nossos deméritos. Porque então correspondemos tão mal ao amor de Deus? Porque não o amamos de todo o coração?

Considera primeiro que Deus merece teu amor, porque te amou antes de ser amado por ti e de todos os seres: In caritate perpetua dilexi te (1) – “Com amor eterno te amei”. Os primeiros que te amaram na terra, foram teus pais; mas só te amaram depois de te terem conhecido. Deus já te amava, antes de existires. Ainda não existiam no mundo nem teu pai, nem tua mãe e já Deus te amava. Não era ainda criado o mundo, e já Deus te amava.

E quanto tempo antes da criação já te amava Deus? Talvez mil anos, mil séculos antes? Escusado é contar anos e séculos: In caritate perpetua dilexi te; ideo attraxi te, miserans tui – “Com amor eterno te amei; por isso, compadecido de ti, te atraí a mim”. Numa palavra, Deus te amou desde que é Deus e desde que se amou a si mesmo, amou-te também. Foi, portanto, com muita razão que a santa virgenzinha Inês respondeu às criaturas que a requestavam: Ab alio amatore praeventa sum – “Outro amante vos precedeu”.

Assim, meu irmão, teu Deus te amou desde a eternidade; e é só por amor de ti que tirou do nada tantas outras criaturas formosas, afim de que te servissem e te recordassem sem cessar o amor que te tem, e o que Lhe deves. O céu e a terra, exclamava Santo Agostinho, tudo me prega, ó meu Deus, quanto sou obrigado a amar-Vos. Quando o Santo olhava o sol, a lua, as estrelas, as montanhas, os rios, parecia-lhe que todas estas criaturas lhe diziam: Agostinho, ama a teu Deus, criou-nos para ti, para ganhar o teu amor.

O abade de Rancé, fundador da Trappa, à vista das colinas, das fontes, das flores, dizia que todas estas criaturas lhe recordavam o amor que Deus lhe tinha. Santa Teresa dizia igualmente que as criaturas lhe repreendiam a sua ingratidão para com Deus. Quando Santa Maria Magdalena de Pazzi tinha na mão uma bela flor ou qualquer fruto, sentia o coração ferido por uma seta do amor divino, dizendo consigo: “O meu Deus pensou desde a eternidade em criar esta flor, este fruto, afim de que eu o amasse!”

Considera o amor particular de Deus para contigo, fazendo-te nascer num país cristão e no seio da verdadeira Igreja. Quantos não há que nascem no meio de idólatras, de judeus, de maometanos, os quais se perdem todos! Mas Deus te pôs no número dos que nascem em lugares onde reina a verdadeira fé.

Ó dom inapreciável o da fé! Quantos milhões de pessoas se vêem privadas dos sacramentos, das instruções, dos bons exemplos e de todos os outros meios de salvação que nos oferece a nossa verdadeira Igreja! E Deus quis prodigalizar-te todas estas grandes vantagens sem nenhum merecimento de tua parte, ou, para melhor dizer, prevendo os teus desmerecimentos; porque, quando pensava em criar-te e fazer-te estas graças, já previa as injúrias que lhe havias de fazer.

Ó soberano Senhor do céu e da terra, como é que, tendo amado tanto os homens, sois tão desprezado por eles? Entre esses homens, ó meu Deus, amastes-me com amor particular, favorecendo-me com graças especiais, que recusastes a muitos outros, e eu Vos desprezei mais que os outros. Prostro-me a vossos pés, ó Jesus, meu Salvador: Ne proicias me a facie tua (2) – “Não me repilais de vossa presença”. Mereceria ser repelido por Vós por causa de minhas ingratidões; mas dissestes que não sabeis repelir um coração arrependido que volta para Vós: Eum quivenit ad me, non eiciam foras (3) – “Não rejeitarei àquele que vem a mim”.

Meu Jesus, misericórdia! Outrora não Vos conhecia; mas agora reconheço-Vos por meu Salvador, que morreu para me salvar e ser amado por mim. Agora Vos conheço, Vos adoro e Vos amo por todos aqueles infelizes que Vos ofendem, e nada desejo senão crescer sempre em vosso amor. – Meu Senhor, dai-me o vosso amor; mas um amor ardente, que me faça esquecer todas as criaturas; um amor forte, que me faça vencer todas as dificuldades para Vos agradar; um amor constante, que nunca mais se resfrie entre mim e Vós. Tudo espero dos vossos merecimentos, ó meu Jesus; e tudo espero também da vossa intercessão, ó minha Mãe Maria. (II 154)

Ier. 31, 3.
2. Ps. 50, 13.
3. Io. 6, 37.
Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III – Santo Afonso

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domingo, 28 de agosto de 2016

Carta do Padre Pio ao seu diretor espirtiual (6ª carta)

Carta para o Padre Agostino datada de 7 de abril de 1913:

“Meu querido Padre, eu ainda estava na cama na sexta-feira pela manhã, quando Jesus apareceu diante de mim. Ele se encontrava golpeado e desfigurado.

Ele mostrou-me uma grande multidão de padres entre os quais, dignitários eclesiásticos indiferentes que estavam celebrando e vestindo suas sagradas túnicas.

Quando eu vi o meu Jesus nestas condições, senti um grande sofrimento, em seguida perguntei-lhe porque tanto sofrimento. Ele não me respondeu. Porém mostrou-me os sacerdotes que eu deveria castigar. Pouco depois o Senhor estava tristissimo ao olhar estes sacerdotes, e eu notei com grande horror as enormes lágrimas que emanavam do seu santo rosto. Jesus saiu daquela multidão de padres e com uma grande expressão de desgosto em seu olhar, chorou’: “Açougueiros! ” Então eu me pergunto!:

“Minha Criança, não creia que minha agonia foi de três horas, não; de fato eu estarei em agonia até o fim do mundo por causa das almas que eu amo.

Durante o tempo da agonia, minha criança, ninguém pode dormir. Minha alma está procurando alguma gota de piedade humana, mas eles me deixam só debaixo do peso da indiferença. A ingratidão é a mais severa agonia para mim. Eles correspondem mal a meu amor! O tormento maior para mim é que cresçam  nas pessoas o desprezo a indiferença e a incredulidade.

Quantas vezes minha ira fez-me golpeá-los  através de raios, mas eu fui parado pelos anjos e as almas que me amam….

Escreva a seu padre e o narre o que você viu e eu te oriento esta manhã. Mande que mostre tua carta ao padre provinciano… ” O Jesus continuou falando mas eu nunca posso revelar o que ele disse..”

(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)
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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

De regresso a sua terra natal – Pietrelcina

Continuação do histórico da vida de Padre Pio


Foram quase sete anos que Padre Pio passou em Pietrelcina, de 1909 a 1916, com um contínuo vai-e-vem, de um convento para outro, na esperança de poder se firmar, mas inutilmente. Apenas ficava um pouco melhor e os superiores se apressavam em mandá-lo a outro convento; mas, de repente, bastava qualquer distúrbio no estômago para que os superiores o mandassem de volta ao vilarejo. Podemos imaginar o imenso incômodo para Padre Pio, que desejava com toda a sua alma poder viver a vida conventual, e sendo sempre forçado a abandoná-la; aumentava também o grande desafio de seus superiores, que não sabiam a que destinar aquele frade, que rapidamente adoecia, em qualquer lugar aonde o mandassem. Enquanto isso, como se desenrolava a vida do padre Pio? Muita oração, uma contínua meditação da dilaceração, da Paixão do Senhor, muitas lágrimas, ao ponto de lhe embaçar a visão.


Ordenação Sacerdotal. 


Todavia, continuou seu itinerário teológico, e no dia 10 de agosto de 1910, padre Pio é ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, Itália. Na tarde daquele dia, escreve esta oração:

" OH, JESUS, MEU SUSPIRO E MINHA VIDA, TE PEÇO QUE FAÇAS DE MIM UM SACERDOTE SANTO E UMA VÍTIMA PERFEITA. "

Ao finalizar a Santa Missa, sua mãe e seus irmãos se aproximaram para receber sua primeira benção. Sua mãe não podia conter suas lágrimas, tanto da emoção como da dor de pensar na ausência de seu esposo, cujo sacrifício havia feito possível a ordenação de seu filho. Como era costume, o novo padre celebraria sua primeira missa na Igreja de seu povoado, na Igreja Sant’Anna. Na mesma Igreja na qual há 23 anos antes havia sido batizado, e onde havia recebido a primeira Comunhão e o Sacramento da Confirmação (Crisma).

Foi iniciada uma etapa decisiva em sua vida porque, naquele momento, começou o que podemos chamar, sem exagero, “ o mistério da Missa de Padre Pio ”: Mistério que poucos conheceram e pouquíssimos participaram naquele primeiro momento. O padre dizia a seus filhos espirituais “ Se vocês desejam assistir a Sagrada Missa com devoção e obter frutos, pensem na Mãe Dolorosa ao pé do Calvário ".

Enquanto isso, mais uma vez, a vida de Padre Pio continuou se desenvolvendo, por aproximadamente seis anos, naquele esconderijo de Pietrelcina, com breves interrupções, na tentativa de reintegrá-lo em algum convento. Sem aprofundamento, para aproximarmos melhor ao mistério daquela Missa, no mesmo ano da ordenação, em 1910, Padre Pio se ofereceu “ vítima pelos pecadores e pelas pobres almas do purgatório ”. Poucos sabem o imenso valor e o grande risco que envolve a oferta da vítima. Nós fomos preservados do sacrifício de Cristo, a quem todos devemos dar nossa contribuição com oferta pessoal. Mas quem se oferece como vítima, aceita verdadeiramente participar de tal sacrifício de modo heróico e freqüentemente paga a sua generosidade com grande sofrimento para os quais não existe nenhum remédio humano.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Primeira Bilocação

Mais uma parte da Biografia que o Blog do Padre Pio está editando para a festa Litúrgica de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio)

Hoje veremos como aconteceu a primeira Bilocação de Padre Pio, veja um pouco mais sobre esse Dom de Padre Pio, clique aqui.

Em 1905, apenas dois anos depois de haver entrado ao Seminário, o frade Pio experimenta pela primeira vez a bilocação. Rezando, acompanhado de outro frade no coro, uma noite fria de janeiro, ao redor das 23:00 hs, se encontrou a si mesmo muito longe, em uma casa muito elegante na qual um pai de família agonizava no mesmo momento que sua filha nascia. Nossa Santíssima Mãe apareceu ao frade Pio dizendo-lhe: “ Encomendo esta criatura a teus cuidados; é uma pedra preciosa sem polir. Trabalha nela, faça-a brilhar o mais possível, porque um dia quero me adornar com ela ”. Ao que ele respondeu: " Como pode ser isto possível se sou um pobre estudante, e todavia nem sequer sei se terei a fortuna de chegar a ser sacerdote ? E se não chegar a ser sacerdote, como poderei ocupar-me desta menina estando tão longe ? ” A Virgem lhe respondeu: “ Não duvides. Será ela quem virá a ti, mas a conhecerás de antemão na Basílica de São Pedro ”. Imediatamente se encontrou de novo no coro onde havia estado rezando minutos antes.

Dezoito anos mais tarde esta menina se apresentou na Basílica de São Pedro, agoniada e buscando a um sacerdote com quem pudesse confessar-se e receber direção espiritual. Já era tarde e a Basílica ia fechar, olhou ao seu redor e viu um frade entrar no confessionário e fechar a porta. A jovem se aproximou e começou a compartilhar seus problemas. O sacerdote absolveu seus pecados e lhe deu a bênção. A jovem em agradecimento quis beijar-lhe a mão, mas ao abrir o confessionário só encontrou uma cadeira vazia.

Um ano depois, a jovem foi em peregrinação a San Giovanni Rotondo, Padre Pio caminhava por entre os peregrinos e ao ver a jovem entre eles, a chamou dizendo: “ Eu te conheço, tu nascente no dia em que teu pai morreu .” A jovem, surpreendida, esperou largo tempo para poder se confessar com o padre e acalmar suas inquietudes.

Padre Pio a recebe no confessionário com estas palavras: “ Minha filha, tens vindo finalmente; estou esperando tantos anos por ti! ” A jovem ainda mais surpreendida lhe disse que ele estava equivocado, sendo esta a primeira vez que ela visitava San Giovanni. Ao que padre Pio respondeu: “ Tu me conheces, viste a mim no ano passado na Basílica de São Pedro ”. A jovem se converteu em sua filha espiritual, obedecendo sempre a seus conselhos. Se casou e formou uma sólida e exemplar família cristã.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Ingresso no Noviciado de Morcone.

Dando continuidade a pequena Biografia do Padre Pio veremos um pouco como foi seu ingresso no convento.


Padre Pio sempre caminhou retamente, não permitindo-se luxos nem nada que lhe pudesse desviar de sua relação com Jesus. Aos 16 anos de idade, Francesco Forgione (Padre Pio) havia adiantado o suficiente para entrar ao seminário; seria frade capuchinho. Ingressou na Ordem Franciscana de Morcone no dia 6 de janeiro de 1903.

Além da dor de separar-se da família e de seu vilarejo, não desistiu do sonho de entrar para o noviciado mesmo diante da luta interior: teve uma “ visão espiritual ” através da qual compreendeu que sua vida religiosa seria marcada pela luta com aquele gigante; tanto que ficou claro este ser o único passo da grande missão para a qual Deus o chamava.

Quinze dias depois de sua entrada, no dia 22 de janeiro de 1903, Francesco Forgione recebeu o hábito franciscano que está feito em forma de uma cruz e percebeu que desde esse momento sua vida estaria “ crucificada em Cristo ”. Tomou, Além disso, por nome religioso, Frei Pio de Pietrelcina em honra a São Pio V. A Fraternidade Capuchinha na qual ingressou era uma das mais austeras da Ordem Franciscana e uma das mais fiéis à regra original de São Francisco de Assis.

O início da vida religiosa do Padre Pio não foi brilhante. Excelente no comportamento, assim como na obediência, na jovialidade e no companheirismo, porém, freqüentemente estava doente e seus sintomas sempre tinham aspectos estranhos. No geral, era mais eficiente do que mais brilhante. E seus companheiros recordavam que ele, quando era interrogado, sabia sempre a lição. Mas testemunharam também que ninguém, nunca, o viu estudar.

Também durante os anos de teologia, quem entrasse em sua cela surpreendia-o em oração. Não é que se recusasse a estudar; mas apenas abria o livro e rapidamente sentia-se absorto, pensando em Deus, pensando que era constante. É inútil procurar outro motivo: Padre Pio viveu pela oração; a oração era seu ar, sua vida. Já antes de entrar no convento estava sempre absorto em Deus, e assim continuou a ser, mesmo falando com as pessoas ou fazendo outras coisas também, sem se distrair.

O jejum e a penitencia eram práticas habituais. O frade Pio abraçou todas as formas de auto privação, comendo sempre muito pouco, em uma ocasião se alimentou unicamente da Eucaristia por 20 dias e ainda que fraco fisicamente se apresentava nas aulas com declarada alegria. “ Sou imensamente feliz quando sofro, e se consentisse nos impulsos de meu coração, pediria que Jesus me desse todo o sofrimento dos homens ”.

Com o passar dos anos, os distúrbios de saúde foram se agravando tanto que os médicos, percebendo serem inúteis os diversos tratamentos, decidiram que o frei fosse mandado a Pietrelcina, acreditando que sua saúde sofreria melhoras na terra natal. Não havia dúvida que o ar de seu vilarejo lhe faria bem, mas também se constatou um estranho sintoma, que ninguém jamais explicou e que foi um verdadeiro quebra-cabeça, mesmo para o Padre Pio e para seus superiores.

A situação estava assim: em Pietrelcina, Padre Pio, devido à debilidade de saúde, não podia comer qualquer coisa e se sustentar; assim como estava antes, parecia que seu estômago rejeitava qualquer alimento, vomitava tudo, não podia deter nem mesmo uma colher de água; por isso os superiores sentiram-se obrigados a mandá-lo de volta à sua terra natal (Benevento); com dificuldades ia se colocando de pé, enquanto o distúrbio cessava lentamente.
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A Maçonaria Exposta

Foto: Papa Leão XIII

Na encíclica Humanum Genus, de 20 de Abril de 1884, o Papa Leão XIII, com zelo paternal e apostólico, delineou os intentos e as tramas que a seita secreta Maçonaria preparava, a fim de atacar a obra de Nosso Senhor Jesus que é a Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Alguns colocam em descrédito a Maçonaria por ignorância de não saberem como ela funciona. O que se segue são excertos da encíclica mencionada anteriormente (com alguns comentários nossos):

O Papa Leão XIII fala da divisão em que a humanidade veio a cair após o pecado de Adão. O Santo Padre divide a humanidade em dois grupos: os que lutam pela verdade e os que lutam pela mentira. A Igreja é sintetizada pelo primeiro grupo, e a Maçonaria (reino de satanás), pelo segundo:
“ O Gênero Humano, após sua miserável queda de Deus, o Criador e Doador dos dons celestes, "pela inveja do demônio," separou-se em duas partes diferentes e opostas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e virtude, e a outra por aquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de Deus na terra, especificamente, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo; e aqueles que desejam em seus corações estar unidos a ela, de modo a receber a salvação, devem necessariamente servir a Deus e Seu único Filho com toda a sua mente e com um desejo completo. A outra é o reino de Satanás, em cuja possessão e controle estão todos e quaisquer que sigam o exemplo fatal de seu líder e de nossos primeiros pais, aqueles que se recusam a obedecer à lei divina e eterna, e que têm muitos objetivos próprios em desprezo a Deus, e também muitos objetivos contra Deus ”.(Humanum Genus, n.°1)

Mencionando o fato de que a S. Igreja sempre condenou a Maçonaria, o Papa Leão XIII elenca os momentos da história em que isso ocorreu:
“ Os Pontífices Romanos nossos predecessores, em sua incessante vigilância pela segurança do povo Cristão, foram rápidos em detectar a presença e o propósito desse inimigo capital tão logo ele saltou para a luz ao invés de esconder-se como uma tenebrosa conspiração; e, além disso, eles aproveitaram e tomaram providências, pois a eles isso competia, e não permitiram a si mesmos serem tomados pelos estratagemas e armadilhas armadas para enganá-los ”.(Humanum Genus, n.° 4)

“ A primeira advertência do perigo foi dada por Clemente XII no ano de 1738 (Const. In Eminenti, 24 de abril de 1738), e sua constituição foi confirmada e renovada por Bento XIV (Const. Providas, 18 de maio de 1751). Pio VII seguiu o mesmo caminho (Const. Ecclesiam a Jesu Christo, 13 de setembro de 1821); e Leão XII, por sua constituição apostólica, Quo Graviora (Const. dada a 13 de março de 1825), juntou os atos e decretos dos Pontífices anteriores sobre o assunto, e os ratificou e confirmou para sempre. No mesmo sentido pronunciou-se Pio VIII (Enc. Traditi, 21 de maio de 1829), Gregório XVI (Enc. Mirari, 15 de agosto de 1832), e, muitas vezes, Pio IX (Enc. Qui Pluribus, 9 de novembro de 1846; pronunciamento Multiplices inter, 25 de setembro de 1865. etc.)
”.(Humanum Genus, n.° 5)

“ Tão logo a constituição e o espírito da seita maçônica foram claramente descobertos por manifestos sinais de suas ações, pela investigação de suas causas, pela publicação de suas leis, e de seus ritos e comentários, com a freqüente adição do testemunho pessoal daqueles que estiveram no segredo, esta sé apostólica denunciou a seita dos Maçons, e publicamente declarou sua constituição, como contrária à lei e ao direito, perniciosa tanto à Cristandade como ao Estado; e proibiu qualquer um de entrar na sociedade, sob as penas que a Igreja costuma infligir sobre as pessoas excepcionalmente culpadas ”. (Humanum Genus, n.° 6)

O Santo Padre Leão XIII desmascara o real objetivo da Maçonaria mostrando que essa seita é oposta a Lei Natural. Ele dá a conhecer sob qual disfarce a mesma veste-se para ludibriar e por na penumbra aos olhos do público seus reais objetivos:
“ Como uma maneira conveniente de disfarce, eles assumem o caráter de homens de letras e acadêmicos associados com o objetivo de aprender. Eles falam de seu zelo por um maior refinamento cultural, e de seu amor pelos pobres; e eles declaram que seu único desejo é a melhoria da condição das massas, e o compartilhamento com o maior número possível de pessoas de todos os benefícios da vida civil. Mesmo que estes propósitos fossem visados verdadeiramente, eles não são de modo algum o todo de seu objetivo. Ainda mais, para ser alistado, é necessário que os candidatos prometam e assumam ser daí em diante estritamente obedientes aos seus líderes e mestres com a mais completa submissão e fidelidade, e estar de prontidão para cumprir suas ordens à mais leve expressão de seu desejo; ou, se desobedientes, submeter-se aos mais penosos castigos e à própria morte. De fato, se algum é julgado ter traído as obras da seita ou ter resistido à ordens dadas, a punição é infligida neles não infreqüentemente, e com tanta audácia e destreza que o assassino muito freqüentemente escapa à detecção e punição de seu crime ”.(Humanum Genus, n.° 9)

“ Mas fingir e desejar permanecer escondido; atar homens como escravos com as mais fortes correntes, e sem dar qualquer razão suficiente; usar homens escravizados aos desejos de outro para qualquer ato arbitrário; armar as mãos direitas de homens para o massacre após assegurar a impunidade pelo crime - tudo isso é uma enormidade diante qual a natureza recua. Por este motivo, a razão e a própria verdade tornam claro que a sociedade da qual nós estamos falando está em antagonismo com a justiça e a retidão natural ”.(Humanum Genus, n.° 10)

Nessa altura o Papa mostra em quê a Maçonaria crê:
“ Agora, a doutrina fundamental dos naturalistas, que eles tornam suficientemente conhecida em seu próprio nome, é que a natureza humana e a razão humana deveria em todas as coisas ser senhora e guia. Eles ligam muito pouco para os deveres para com Deus, ou os pervertem por opiniões errôneas e vagas. Pois eles negam que qualquer coisa tenha sido ensinada por Deus; eles não permitem qualquer dogma de religião ou verdade que não possa ser entendida pela inteligência humana, nem qualquer mestre que deva ser acreditado por causa de sua autoridade. E desde que é o dever especial e exclusivo da Igreja Católica estabelecer completamente em palavras as verdades divinamente recebidas, ensinar, além de outros auxílios divinos à salvação, a autoridade de seu ofício, e defender a mesma com perfeita pureza, é contra a Igreja que o ódio e o ataque dos inimigos é principalmente dirigido ”.(Humanum Genus, n.° 12)

“ (...) Realmente, para eles está dentro da lei atacar com impunidade as próprias fundações da religião Católica, em palavra, em escritos e em ensinamentos; e até os direitos da Igreja não são poupados, e os ofícios com os quais ela é divinamente investida não estão seguros”.(Humanum Genus, n.° 14)

A crença errônea dos Maçons se fundamenta em visões diversas acerca de Deus. O Papa Leão XIII nos diz que a seita Maçonaria, ousa atacar aquelas coisas que são entendidas naturalmente pela luz da razão tais como “ - a existência de Deus, a natureza imaterial da alma humana, e sua imortalidade ”. (Humanum Genus, n.° 17)

Permitindo uma grande liberdade para seus membros no que tange a escolha em crer ou não crer na existência de um Deus, a Maçonaria não encontra problemas em recrutar ambos. O Papa Leão XIII prossegue mostrando a intenção da Maçonaria em atacar, de forma incisiva, a educação infantil e juvenil com esses princípios falsos acerca de Deus:
“ Quando estas verdades foram eliminadas, as quais são os princípios da natureza e importantes para o conhecimento e para o uso prático, é fácil de ver o que irá ser da moralidade pública e privada. Nós não dizemos nada daquelas virtudes mais celestiais, as quais ninguém pode exercer ou mesmo adquirir sem um especial dom e graça de Deus; das quais necessariamente nenhum traço pode ser encontrado naqueles que rejeitam como desconhecida a redenção da humanidade, a graça de Deus, os sacramentos, e a felicidade a ser obtida no céu. Nós falamos agora dos deveres que têm a sua origem na retidão natural. Que Deus é o Criador do mundo e seu providente Governador; que a lei eterna exige que a ordem natural seja mantida, e proíbe que ela seja perturbada; que o fim último do homem é um destino muito acima das coisas humanas e além desta parada sobre a terra: estas são as fontes e estes são os princípios de toda justiça e moralidade. Se eles forem removidos, como os naturalistas e Maçons desejam, imediatamente não haverá nenhum conhecimento quanto ao que constitui justiça e injustiça, ou sobre qual princípio a moralidade é fundada. E, em verdade, o ensinamento de moralidade que exclusivamente encontra o favor da seita dos Maçons, e em que eles argumentam que os jovens deveriam ser instruídos, é o que eles chamam "civil", e "independente", e "livre", especificamente, aquele que não contém qualquer crença religiosa ”.(Humanum Genus, n.° 19)

O objetivo de todo esse trabalho da Maçonaria é ferir e enfraquecer a S. Igreja. Agora o Papa, sem exitar, resumi os intentos dos Maçons:
“ O que, portanto, a seita dos Maçons é, e que trilha ela persegue, aparece suficientemente do sumário que Nós resumidamente demos. Seus dogmas principais estão tão grandemente e manifestamente apartados da razão que nada pode ser mais perverso. Desejar destruir a religião e a Igreja que o próprio Deus estabeleceu, e cuja perpetuidade Ele assegura por Sua proteção, e trazer após um lapso de dezoito séculos as maneiras e costumes dos pagãos, é notável insensatez e audaciosa impiedade. Nem é menos horrível nem mais tolerável que eles repudiem os benefícios que Jesus Cristo tão misericordiosamente obteve, não somente para os indivíduos, mas também para as famílias e a sociedade civil, benefícios os quais, mesmo de acordo com o julgamento e testemunho de inimigos da Cristandade, são muito grandes. Nesta empreitada insana e pervertida nós quase podemos ver o ódio implacável e o espírito de vingança com o qual o próprio Satanás está inflamado contra Jesus Cristo. - Do mesmo modo o estudado esforço dos Maçons para destruir as principais fundações da justiça e honestidade, e para cooperar com aqueles que desejarem, como se fossem meros animais, fazer o que eles quiserem, tende somente para a ignominiosa e desgraçada ruína do gênero humano ”. (Humanum Genus, n.° 24)

O Papa menciona com ar condenatório princípios Maçônicos quais os Maçons esforçavam-se até aquela altura implantar em todos os estados tais como o divórcio e a liberdade de religião. (Humanum Genus, n.° 24)

Finalizando, o Papa Leão XIII destaca o fato de que os Maçons, com ódio satânico, pretendem atacar a estrutura da S. Igreja, e, portanto, ratifica com sua autoridade apostólica todas as condenações à Maçonaria emitidas por seus predecessores. Temendo um mal maior, o Papa exorta aos prelados a arrancar a máscara dessa seita infame, para dar a conhecer tal como ela é, e condena aos católicos que queiram afiliar-se a ela:

“ O que quer que o futuro possa ser, neste grave e difundido mal é Nosso dever, veneráveis irmãos, esforçar-nos por encontrar um remédio. E porque Nós sabemos que a Nossa melhor e mais firme esperança de um remédio está no poder daquela divina religião que os Maçons odeiam em proporção ao seu medo dela, Nós pensamos ser de capital importância chamar esse grande poder salvífico em Nosso auxílio contra o inimigo comum. Portanto, tudo que os Pontífices Romanos Nossos predecessores decretaram com o propósito de opor-se aos projetos e esforços da seita maçônica, e tudo que eles tenham legislado quanto à entrada ou saída de homens de sociedades deste tipo, Nós ratificamos e confirmamos completamente pela nossa autoridade apostólica: e confiando grandemente na boa intenção dos Cristãos, Nós rogamos e imploramos a cada um, pela sua salvação eterna, para ser o mais conscienciosamente cuidadoso para não divergir o mínimo que seja daquilo que a sé apostólica tem ordenado neste assunto ”.(Humanum Genus, n.° 30)

“Nós rogamos e imploramos a vós, veneráveis irmãos, a juntar os vossos esforços com os Nossos, e esforçadamente lutar pela extirpação desta praga maligna, que está se esgueirando através das veias do corpo da política. Vós deveis defender a glória de Deus e a salvação do vosso próximo; e com o objetivo de vosso combate à vossa frente, nem coragem nem força irão faltar. Será por vossa prudência que julgareis por quais modos vós podeis melhor sobrepujar as dificuldades e obstáculos com os quais vos encontrardes. Mas, como pertence à autoridade de Nosso ofício que Nós mesmos apontemos algumas maneiras apropriadas de procedimento, Nós desejamos que o vosso primeiro ato seja arrancar a máscara da Maçonaria, e deixar que ela seja vista como realmente é; e por sermões e cartas pastorais instruir o povo quanto aos artifícios usado pelas sociedades deste tipo para seduzir os homens e persuadi-los a entrar em suas fileiras, e quanto à perversidade de suas ações e à maldade de seus atos. Como Nossos predecessores por muitas vezes repetiram, que nenhum homem pense que ele possa por qualquer razão que seja ajuntar-se à seita maçônica, se ele dá valor ao seu nome Católico e à sua salvação eterna como ele deveria valorizá-los. Que nenhum seja enganado por uma pretensão de honestidade. Pode parecer a alguns que os Maçons não exigem nada que seja abertamente contrário à religião e à moral; mas, como todo princípio e objetivo da seita está naquilo que é vicioso e criminoso, ajuntar-se com estes homens ou em algum modo ajudá-los não pode ser legítimo ”.(Humanum Genus, n.° 31)

Leia a encíclica “Humanum Genus” na íntegra.

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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Pequena Biografia de Padre Pio - Parte IV


31/12/1969

As lutas do Pe. Pio com o demônio

O demônio após ter sido expulso do paraíso por São Miguel e seu anjos e sendo precipitado na terra (Apocalipse 12, 7-12) continua existindo; o seu papel ativo, não pertence ao passado e nem é uma fantasia popular. O diabo continua ativo hoje mais do que nunca, induzindo os homens ao pecado e à perdição.

A principal atividade de Satanás, nos tempos de hoje é fazer com que as pessoas não acreditem na sua real existência e, assim, não rezem e nem peçam a proteção do alto. Com o caminho livre o inimigo faz desastres na humanidade sem ser percebido e combatido. Mas Deus na sua infinita Misericórdia fez com que ele se mostrasse ao mundo revelando suas táticas de ataque sobre o homem como aconteceu com o padre Pio e outros santos.

Pe. Pio travou “ duros combates ” em toda sua vida, mostrando à humanidade, o poder dado por Jesus aos sacerdotes em seu ministério sacerdotal sobre o inimigo, principalmente no sacramento da Confissão, na Santa Missa, nos exorcismos, libertando as pessoas do inimigo. Tais batalhas foram brigas sangrentas, como foi escrito em muitas cartas que Pe. Pio enviava aos seus diretores espirituais.

As lutas entre Padre Pio e Satanás ficaram mais duras quando Padre Pio livrou as almas possuídas pelo diabo. Mais de uma vez, falou ao Padre Tarcísio de Cervinara que, antes de ser exorcizado, o diabo gritava: “ Padre Pio você nos dá mais preocupação que São Miguel ” e também: “ Padre Pio, não aliene as almas de nós e nós não o molestaremos ”. O diabo submeteu Padre Pio à tentações em todos os sentidos.

Padre Agostino confirmou que o diabo apareceu a ele de diferentes formas: “ O diabo apareceu como meninas jovens que dançavam nuas, em forma de crucifixo, como um jovem amigo dos monges, como o Pai Espiritual, como o Padre Provincial, como Papa Pio X, como o Anjo da Guarda, como São Francisco e como Nossa Senhora. O diabo também apareceu nas suas formas horríveis, com um exército de espíritos infernais. Às vezes não havia nenhuma aparição, mas Padre Pio estava ferido, ele era torturado com barulhos ensurdecedores, cuspido. Padre Pio teve sucesso livrando-se destas agressões ao invocar o nome de Jesus.

Uma noite de verão em que ele não conseguia dormir por causa do grande calor ouviu o barulho dos passos de alguém, que no quarto vizinho, caminhava para lá e para cá. “ O pobre Anastásio não pode dormir como eu. ”, pensou Pe. Pio. " Quero chamá-lo, pois, pelo menos conversamos um pouco ". Ele foi até a janela e chamou o confrade mas sua voz permaneceu presa na garganta: No parapeito da janela vizinha, um monstruoso cão se apoiava. Assim contava o próprio Pe. Pio: “ Vi horrorizado entrar pela porta um enorme cão feroz de cuja boca saia muita fumaça. Eu caí de bruços na cama e ouvi o que ele dizia: “ É este, é este ! ” " Ainda naquela posição vi a fera pular sobre o parapeito da janela e de lá lançar-se sobre o telhado da frente para em seguida desaparecer".

* Amor pela Santíssima Virgem *

Toda sua vida não foi outra coisa que uma contínua oração e penitência, aquela do Rosário sua predileta oração, assim como de muitos Papas principalmente João Paulo II, este consagrado a Maria (Totus Tuus – todo teu). Com esta oração não impedia que semeasse a seu redor felicidade e grande alegria entre aqueles que escutavam suas palavras, que eram cheias de sabedoria ou de um extraordinário senso de humor.

Através de suas cartas, ao confessor se descobrem indescritíveis e tremendos sofrimentos espirituais e físicos, seguidos de uma felicidade inefável derivada de sua íntima e continua união com Deus.

Chegava a padre Pio uma multidão de peregrinos de todo o mundo e, além disso, recebia numerosas cartas pedindo oração e conselho. O Papa João Paulo II, em 1947, quando era um sacerdote recém ordenado foi visitar ao padre Pio e ficou profundamente impressionado por sua santidade. Já sendo Papa visitou sua cripta.

Os Dons extraordinários: 


1) Discernimento extraordinário: É a capacidade de ler os corações e as consciências dos penitentes.

2) Profecia: Pode anunciar eventos do futuro.

3) Curas: Curas milagrosas pelo poder da oração.

4) Bilocação: Estar em dois lugares ao mesmo tempo.

5) Perfume: O sangue de seus estigmas tinha fragrância de flores.

6) Ierognosia: Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados.

7) Estigmas: Recebeu os estigmas no dia 20 de setembro de 1918 e os levou até sua morte 50 anos depois (23 de setembro, 1968). Os médicos que observaram os estigmas do padre Pio não puderam fazer cicatrizar suas chagas nem dar explicação delas. Calcularam que perdia um copo de sangue diário, mas suas chagas nunca se infectaram. O padre Pio dizia que eram um presente de Deus e uma oportunidade para lutar, para ser mais e mais como Jesus Cristo Crucificado.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A mortificação, escada para subir ao Céu


Embora seja contraditória, tem atraído muitas pessoas a ideia de um Cristianismo sem sofrimento, sem penitências nem mortificações. Não se fala mais da necessidade de renunciar a si mesmo e tomar a própria Cruz [1], embora tenha sido o próprio Cristo a sublinhar tal obrigação. Não se ostenta mais a figura de Jesus Crucificado nas paredes de construções e nem mesmo nas igrejas, como se a constante lembrança das dores de Cristo fosse penosa ou até perigosa para as pessoas.
É, de fato, um ditado bastante repetido: “Falar só de dor e sofrimento afasta as pessoas da Igreja". Mas, onde está a caridade daqueles que calam tais temas apenas para manter o número de fiéis? É certo que o homem moderno não quer ouvir falar dessas coisas – antes, prefere que adociquem sua boca com o mel das novidades e dos prazeres. Mas a religião católica tem que ver com as vontades e preferências do mundo ou, antes, com a vontade e o reinado de Deus? A fé cristã tem que ver com o que o homem deseja ou com o que o homem verdadeiramente precisa?
Rebate-se: “Mas, o homem precisa sofrer?" Na verdade, a pergunta está mal colocada. Não é que o ser humano precise sofrer; é que ele precisa amar. E, novamente – afinal, sempre convém repetir –, neste mundo, não é possível que sejamos privados de sofrer simplesmente porque não podemos ser dispensados de amar. Não é que a religião cristã seja “masoquista" ou cultue a dor; é que foi esse o meio que Cristo escolheu para amar-nos e é também o meio pelo qual nós devemos amá-Lo. “Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti" [2], diz Santo Agostinho. Não basta que o sangue de Cristo tenha sido derramado por todos; é preciso que aproveitemos de Sua eficácia, associando a nossa liberdade à ação da graça divina.
Neste tema, adverte o padre Garrigou-Lagrange, é preciso evitar dois extremos perigosos: o primeiro, menos comum, é o rigorismo jansenista, que apregoa a prática de árduas mortificações sem considerar a razão para isso, como que numa tentativa de alcançar o Céu por forças puramente humanas. Com isso, perde-se de vista “o espírito da mortificação cristã, que não é soberba, senão amor de Deus" [3].
O segundo erro a ser evitado parece dominar o mundo de hoje: trata-se do naturalismo prático. Com os argumentos já apresentados acima, essa tendência reduz a fé cristã a um bom mocismo, ignorando – ou fingindo ignorar – as consequências do pecado original sobre o gênero humano.
Nessa brincadeira perigosa, nem as palavras de Jesus contam mais. O Cristo que adverte para arrancarmos de nós os olhos e as mãos, se são para nós ocasião de queda, porque “é melhor perderes um de teus membros do que todo o corpo ir para o inferno" [4]; o Cristo que pede que ofereçamos a face esquerda a quem bater em nossa direita, que entreguemos o nosso manto a quem nos tirar a túnica, que andemos dois quilômetros, ao invés de um só [5]; o Cristo que alerta para não jejuarmos “de rosto triste como os hipócritas" [6], “só para serdes notados" [7], é solenemente ignorado pelos naturalistas, que preferem fundar para si uma nova religião: a de um deus leniente com o pecado, com a indolência e com a preguiça espiritual.
É preciso deixar muito claro que não é possível construir um “novo" caminho diferente do que indicou Jesus e do que trilharam os Santos. “Mirabilis Deus in sanctis suis", diz a Vulgata: “Deus é maravilhoso nos Seus santos" [8]. E eles não passaram por outra via senão a da mortificação. Como se explica, por exemplo, que uma Santa Catarina de Sena tenha começado tão cedo a flagelar-se e a fazer jejuns rigorosos [9]? Que, defender a sua pureza São Francisco se tenha revolvido na neve, São Bento se tenha jogado num silvado e São Bernardo tenha mergulhado num tanque gelado?
A chave para todas essas penitências é o amor, que não pode ser vivido neste mundo sem que crucifiquemos a nossa carne. Santo Afonso de Ligório ensina que “ou a alma subjuga o corpo, ou o corpo escraviza a alma". São Bernardo respondia aos que zombavam dos penitentes do seguinte modo: “Somos em verdade cruéis para com o nosso corpo, afligindo-o com penitências; porém mais cruéis sois vós contra o vosso, satisfazendo a seus apetites nesta vida, pois assim o condenais juntamente com a vossa alma a padecer infinitamente mais na eternidade".
Por que não se fala mais dessas coisas em nossas igrejas? Porque, infelizmente, quase nenhum espaço foi preservado desse maldito naturalismo, que pretende “inventar a roda" moldando um Cristianismo sem Cruz.
Para viver, é necessário mortificar-se, morrer mesmo, como o grão de trigo de que fala o Evangelho [11]. As verdades que Cristo pregou do alto da montanha continuam válidas para hoje e, como diz Santa Rosa de Lima, “fora da Cruz não existe outra escada para subir ao Céu".

Referências

1. Cf. Lc 9, 23
2. Santo Agostinho, Sermão 169, 13 (PL 38, 923)
3. Reginald Garrigou-Lagrange, Las Tres Edades de la Vida Interior, II, 2, 2. Arquivo em PDF, p. 166
4. Mt 5, 30
5. Cf. Mt 5, 39
6. Mt 6, 16
7. Mt 6, 1
8. Sl 67, 36
9. Cf. Santa Catarina de Siena, a voz profética de Deus
10. Cf. Jo 12, 24
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Preparação para o Noviciado.

Dando continuação a pequena Biografia de São Padre Pio, hoje veremos os acontecimentos antes de Padre Pio entrar no noviciado:

Há dois grandes acontecimentos na vida de Padre Pio, aos quais sempre atribuiu grande importância e sobre os quais comentou, freqüentemente, com seu diretor espiritual. Ambos acontecidos no ano de 1903, por volta de seus 15 anos, pouco antes de sua entrada aos capuchinhos.

PRIMEIRO ACONTECIDO - A luta contra um gigante.

Os dias antes de entrar ao seminário foram dias de visões do Senhor, que lhe preparariam para grandes lutas Espirituais. Jesus lhe permitiu ver o campo de batalha, os obstáculos e inimigos.

Francesco viu perto dele um homem de grande esplendor, belíssimo que o convida: ”Vem comigo, porque é conveniente lutar com um guerreiro valoroso.“

Ele o acompanhou até um campo que parecia infinito e encontrou dois grupos de pessoas assim: De um lado havia homens radiantes, com vestiduras brancas e muito belas; ao outro lado, estavam pessoas que se pareciam com imensas bestas espantosas, horripilantes com vestes de cor preta. Era uma cena aterradora e os joelhos do jovem Francisco começaram a tremer.

Repentinamente Francesco se viu caminhando ao encontro de um homem gigante horrível, que sua cabeça chegava às nuvens.

O Homem esplendoroso estimulou Francesco a lutar contra aquele gigante; Francesco pediu para evitar aquele confronto, mas o Homem esplendoroso disse: “É vã a sua resistência. Entre nessa luta com confiança e combata corajosamente; você deve lutar contra ele. Diante dos acontecimentos, entre nesta luta com confiança e lute bravamente; Eu estarei perto de você, o ajudarei e não permitirei que ele te vença”.

O combate foi muito terrível, mas com a ajuda do Homem esplendoroso, o gigante foi vencido e obrigado a fugir arrastando, atrás de si, toda aquela multidão de homens asquerosos, gritando blasfêmias e brados atordoados. Do outro lado, a multidão das pessoas de branco, explodiram de alegria e júbilo louvando o Homem esplendoroso que havia ajudado Francesco naquela luta.

Foi neste intervalo que o Homem esplendoroso colocou na cabeça de Francesco uma coroa belíssima; removendo-a disse: “Tenho reservada para você uma outra coroa, mais bela, se você souber como lutar nos encontros contra aquele gigante. Ele tornará a assaltá-lo sempre, mas você deve combater sem medo, Eu o farei sempre vencedor porque você o fará se prostrar sempre”.

Toda a vida de Padre Pio foi uma contínua luta contra o demônio (o gigante) que atacava sempre o padre Pio para impedi-lo de salvar as almas. Era uma batalha interior freqüente; algumas vezes, também um ataque externo. Quando o padre ficava exausto, cheio de marcas das pancadas, vinham seus confrades socorrê-lo, ele sempre confessava: “Obrigado! Com a ajuda divina, eu sempre venço!”. Esse acontecimento foi uma prévia muito significativa de toda a luta na vida de Padre Pio.

Um segundo acontecimento, logo após o primeiro, mas também antes que Francesco ingressasse aos capuchinhos. É mais difícil falar deste, porque com relação a ele, o padre foi sempre bastante reservado. Disse e escreveu unicamente o essencial, porque para ele era um acontecimento bastante particular, “uma grande missão”. Mas nunca especificou do que se tratava. “Uma missão grandiosíssima, importante somente para Ti e para mim”. Escreveu isso em uma oração pessoal. Talvez, algum sinal; um exemplo foi a grande insistência com que pediu aos superiores de ser indicado para o ministério da confissão.

Estas são as duas visões que deram sinal profundo na vida de Padre Pio. Na sua luta contra Satanás revivia, sempre, aquele confronto com o gigante. E tem sempre presente “a missão grandiosíssima” que o Senhor lhe havia mostrado; será uma recordação que o suportará na dura luta da longa vida, por causa do atroz sofrimento, como os estigmas, nas ocasiões de calúnia e dos endossos canônicos: oferecia tudo ao Senhor como execução daquela missão. Será esse o segredo de sua inalterada serenidade?

Realismo e esperança foi como escreveu para duas filhas espirituais, Maria Garzani e Raffaela Cerase.

“Não tema perseverar na tempestade, pois o pequeno barco do teu espírito não andará mais submerso. O céu e a terra mudarão, mas a palavra de Deus que assim assegura a quem obedece cantar a vitória, não mudará, permanecerá sempre escrita no indelével livro da vida: Eu existirei sempre” (Ep. III)

“Temos sempre diante dos olhos que a Sua terra é um lugar de combate e que no paraíso se reservará a coroa; que aqui é um lugar de prova e o prêmio se reserva lá em cima; que aqui estamos em exílio e a nossa verdadeira pátria é o céu e que necessita de contínua aspiração. Portanto, vivamos com a fé, a esperança firme e com ardente afeto até que saiamos vitoriosos, para poderemos um dia, quando Deus desejar, habitarmos com Ele” (Ep. II).

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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Carta de São Padre Pio ao seu Diretor Espiritual (5ª carta)

Carta para Padre Benedetto de 18 de março de 1913… “Os diabos não deixam de me golpear e me derrubam da cama. Eles removem minha camisa para me bateram. Mas agora eles já não me assustam mais. Jesus me ama, me levanta e me coloca na cama…” 
(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O Ardil Modernista Por Detrás do Pontificado de Bergoglio



A própria essência do Modernismo consiste em negar aquilo que o Modernista parece estar a afirmar. A duplicidade é a linguagem da teologia modernista.

Um exemplo clássico deste engano modernista é um artigo recente de Thomas Rausch, SJ, que apareceu na Civiltà Cattolica, revista jesuíta de autoridade alegadamente pontifícia cujo conteúdo é aprovado pelo Vaticano. Basta o título para alertar o leitor atento para o facto de haver outro engano Modernista que está a ser perpetrado: “A Doutrina ao Serviço da Missão Pastoral da Igreja.”

Claro que a Missão Pastoral da Igreja é que está ao serviço da Doutrina, e não o contrário, pois é a Doutrina — isto é, a Verdade — que nos libertará. A Missão Pastoral, que foi lançada para todos os tempos por ordenação divina de Cristo, é precisamente libertar as almas das trevas do erro pela pregação da Verdade — doutrina e dogma católicos —, não é acomodar as almas nessas trevas ou, para aludir ao tema absurdo do Capítulo VIII da Amoris Laetitia, “integrar a fraqueza” na Igreja.  

Seguindo o padrão tipicamente modernista, Rausch começa por afirmar uma Verdade Católica para a negar ao longo do resto do artigo. Cita ele São Vicente de Lérins quanto à Verdade Católica fundamental que legitima o desenvolvimento da Doutrina Católica, deixando intactos “a mesma doutrina, o mesmo sentido e o mesmo entendimento” —precisamente como o Concílio Vaticano I afirmou — e que no decurso do seu legítimo desenvolvimento, o que significa apenas a sua mais plena expressão, a doutrina “se torn[a] mais firme com o passar dos anos, mais ampla no decorrer do tempo, mais exaltada à medida em que avança em idade.” Isto é: não há mudança alguma na Doutrina, quer no conteúdo quer no seu entendimento; há apenas fortalecimento e crescimento na expressão da doutrina. Daí, a famosa fórmula de São Vicente de Lérins: “Nós guardamos aquela Fé que tem sido acreditada em todo o mundo, em todos os tempos, e por todos. (quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est)” Não há um “Deus de surpresas” no pensamento de São Vicente de Lérins nem na Tradição da Igreja.

No entanto, tendo afirmado esta Verdade, Rausch prontamente a nega, citando outro Jesuíta — o Padre Spadaro, seu colega modernista, quanto à seguinte proposição:

São Vicente de Lérins faz uma comparação entre o desenvolvimento biológico do homem e a transmissão, de uma época para outra, do depositum fidei [depósito da Fé], que cresce e se fortalece com o tempo. Aqui, o entendimento que o ser humano tem de si próprio muda com o tempo, e assim também se aprofunda a consciência humana. A propósito, poder-se-ia pensar no tempo em que a escravatura era considerada aceitável, ou a pena de morte era inquestionavelmente aplicada. Semelhantemente, é também deste modo que nós crescemos no entendimento da Verdade. A Exegese e a Teologia ajudam a Igreja a amadurecer no seu próprio julgamento. As outras Ciências, com o seu desenvolvimento, também ajudam a Igreja a crescer em entendimento. E há regras e preceitos eclesiásticos que são secundários porque, tendo sido outrora efetivos, agora perderam o seu valor e sentido. A visão de uma Igreja com um ensinamento monolítico, a ser defendido sem mudanças ou diferentes formas de entendimento, é errada.
Repare-se no escuso non-sequitur escamoteado mediante as frases em itálico: Da analogia biológica de São Vicente de Lérins sobre o crescimento e desenvolvimento da doutrina única e imutável da Igreja, Rausch (que cita apenas como autoridade o seu colega modernista) salta para a conclusão de que, tal como “o entendimento que o ser humano tem de si próprio muda com o tempo” assim também o ensino da Igreja é sujeito, com o passar do tempo, a “diferentes formas de entendimento.” Claro que isto é, precisamente, o contrário daquilo que Rausch afirmara algumas linhas antes, ou seja, a insistência de São Vicente de Lérins neste ponto: “a mesma doutrina, o mesmo sentido e o mesmo entendimento” pelos séculos dos séculos.  Deus não muda o Seu entendimento da Verdade, nem a Igreja muda o Seu entendimento da Fé e da Moral.

As referências à escravatura e à pena de morte não passam de manobras de diversão. A Igreja condenou sempre a escravatura de posse (a alegada posse de outro ser humano, e o controle do seu direito natural de casar e ter filhos); ainda certas formas de laços de servidão são toleradas na prática, sem que tal implique qualquer “mudança” no “entendimento” da doutrina.

Quanto à pena de morte, a Igreja nunca alterou os seus ensinamentos acerca da sua legitimidade moral em casos apropriados. Como até o novo Catecismo afirma quanto ao Quinto Mandamento: “Assumindo que a identidade e responsabilidade da pessoa culpável foram inteiramente determinadas, o ensinamento tradicional da Igreja não exclui o recurso à pena de morte, se essa for a única maneira possível de defender efetivamente vidas humanas do ataque de um injusto agressor.”

Seja o que for que Francisco pense em contrário, ele não pode alterar (citando São Vicente de Lérins) aquilo em que na Igreja “tem sido acreditado em todo o mundo, em todos os tempos, e por todos.” a respeito da pena capital; ele não pode vir agora simplesmente declarar, ao contrário de toda a Tradição, que a pena capital viola o Quinto Mandamento. Ele pode sim, pronunciar essas palavras — coisa que de facto já fez — mas elas não poderão mudar um ensinamento constante baseado na própria Revelação. As palavras ditas são apenas a opinião errada de um Papa; e não é esta a primeira vez que um Papa isoladamente exprime uma opinião errada.

A afirmação ulterior que o Catecismo avança em como os casos para os quais a pena de morte seria apropriada “são muito raros ou praticamente inexistentes” não é um ensinamento constante da Igreja nem uma mudança na doutrina, mas sim um parecer factual, baseado numa opinião com respeito às atuais condições penais: “Hoje, com efeito, em consequência das possibilidades de que o Estado dispõe para a prevenção efetiva do crime”, etc., a doutrina da Igreja não inclui a observação mundial das condições penais e das “possibilidades… de uma efetiva prevenção do crime” — atribuições para que o Magistério não tem competência.

Portanto, tendo começado por aparentemente afirmar, citando São Vicente de Lérins, que a doutrina e o dogma não mudam, Rausch acaba por afirmar exatamente o contrário: “A regra da Fé na sua essência não muda; mas as formas de expressar a doutrina e o seu entendimento espontâneo marcado pela cultura sim, mudam; é por essa razão que o Magistério e os Concílios têm o dever de assegurar a formulação correta da Fé.”

Que “o entendimento espontâneo” da doutrina, por ser “marcado pela cultura” mude com o tempo, e tenha de ser “corrigido” pelo “Magistério e pelos Concílios” para refletir as alegadas mudanças no entendimento, é puro Modernismo! Com esta noção — para citar São Pio X na sua emblemática Encíclica sobre os erros dos Modernistas — “Assim pois, temos o caminho aberto à íntima evolução do dogma. Eis aí um acervo de sofismas, que subvertem e destroem toda a religião!”
Mas, sejam quais forem as possíveis intenções subjetivas de Francisco, a ruína e a destruição de toda a Religião parece ser precisamente o programa deste Pontificado, com os seus constantes ataques demagógicos ao “rigorismo” e à doutrina “monolítica”, e a sua incansável tentativa de afrouxar o ensino e a prática pastoral da Igreja acerca da imoralidade sexual. Tal como Francisco declarou numa alocução citada por Rausch, “A Doutrina Cristã não é um sistema fechado, incapaz de suscitar perguntas, dúvidas, e pesquisas, mas é algo vivo, capaz de inquietar, capaz de dar vida. Tem um rosto que é suave, um corpo que se movimenta e se desenvolve, uma carne que é macia: A Doutrina Cristã chama-Se Jesus Cristo.”

-Na verdade, não. A Doutrina Cristã não é literalmente a carne de Jesus Cristo, que cresceu e foi mudando à medida que ia passando de Menino Jesus a Homem feito, até que padeceu e morreu, e ressuscitou dos mortos.  É, sim, o Verbo Incarnado, que é imutável e que existiu desde toda a eternidade, mesmo antes de ter Incarnado na natureza humana que o Filho assumiu: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus (João 1:2).”

Mas, embora seja bem triste de se dizer, lá temos nós mais ambiguidades modernistas vindas ainda de outro Jesuíta, aquele que está sentado na Cadeira de São Pedro. Aquele que se rodeou das aprovações de Rausch e de Spadaro. Aquele que, por muito incrível que pareça, foi quem começou “o derradeiro combate entre o Senhor e o reino de Satanás: ”essa batalha contra o casamento e a família de que a Irmã Lúcia nos avisou e que está agora em curso, sob o slogan ao contrário da “Doutrina ao serviço da Missão Pastoral da Igreja.”

-Digne-Se Deus defender a Sua Santa Igreja desta investida, que Ela nunca viu nem uma pálida semelhança ao longo de 2.000 anos.

Fonte: http://www.fatima.org/port
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Pequena Biografia de São Padre Pio - Parte II


O Inicio de suas experiências extraordinárias


Do diário do Padre Agostinho, o qual foi um dos diretores espirituais de Padre Pio, soube que desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os êxtases e as aparições foram freqüentes, e já começava a sua luta contra o demônio, que também se tornou freqüentemente visível, de modo obsessivo e assustador. Mas para ele pareciam serem absolutamente normais pensando que fosse um acontecimento comum a todos, por isso não falava sobre eles.

Foi um menino muito sensível e espiritual, calado, diferente e tímido, muitos dizem que a tão pouca idade já mostrava sinais de uma profunda espiritualidade. Era piedoso, permanecia longas horas na Igreja depois da missa. Pedia ao sacristão para que lhe permitisse visitar ao Senhor na Eucaristia, nos momentos nos quais a Igreja permanecia fechada.

As aparições eram do Anjo da Guarda, de Jesus, de Maria, e até outros; os demônios, geralmente, apareciam sob formas bestiais, pavorosas e ameaçadoras. Esse tormento, embora significativo, da aparição dos demônios e o conforto das aparições divinas foi uma característica quase cotidiana para Padre Pio, pelo menos até o desaparecimento dos estigmas.

Mas seu pai, percebendo sua inteligência e seu desejo, forçou-o a estudar. Aos quinze anos havia terminado o terceiro colegial; já havia decidido ser sacerdote e, tinha decidido também entrar nos “frades com barba”, porque era admirador do bom frade Camillo, um irmão de longa barba negra, que andava pedindo esmolas pelas redondezas de Pietrelcina.

Mas como havia amadurecido aquela decisão? Aqui começamos a entrar na via extraordinária pela qual o Senhor conduziu Padre Pio. O amor à oração, somado ao amor à penitência ajudaram, tanto que ainda pequeno, algumas vezes sua mãe o surpreendeu enquanto se flagelava na " pequena torre" um cômodo a parte da casa onde era um dos refúgios do pequeno Francesco Forgione.
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Orações para a Quaresma de São Miguel Arcanjo

Como fazer a quaresma de São Miguem Arcanjo.

Acender uma Vela (benta) diante da imagem de São Miguel Arcanjo(pode ser uma estampa, medalha)
Oferecer jejuns, penitências e abstinências
Fazer o sinal da cruz
Rezar a oração inicial “Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII”
Rezar a Ladainha de São Miguel Arcanjo
Rezar a Consagração a São Miguel Arcanjo
Fazer o pedido de uma graça a ser alcançada
Fazer uma Santa confissão. (de preferência semanal)

ORAÇÕES PARA TODOS OS DIAS (15 de agosto a 29 de Setembro )

ORAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO
“Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII”
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)

LADAINHA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Jesus, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.
Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.
Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Um Pai Nosso em honra ao nosso Anjo da Guarda.
Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.
V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.
Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel , desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.
É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.


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