Feliz aquele a quem a verdade ensina, não por figuras e palavras que passam, mas como é em si.
Nossa razão e nossos sentidos frequentemente nos enganam e é bem pouco o que conhecem. De que vale a especulação sutil sobre coisas ocultas e obscuras, se, por ignorá-las, não seremos acusados no dia do juízo?
Grande loucura é desprezarmos as coisas úteis e necessárias, para nos aplicarmos com gosto às curiosas e nocivas. Tendo olhos, não vemos!
Quem nos importa o que se diz sobre gêneros e as espécies?
Aquele a quem fala o verbo eterno é libertado de muitas incertezas.
Deste verbo único procedem todas as coisas, e tudo nos fala desse verbo único, e ele é também o princípio que nos fala interiormente (Jo 8,25).
Sem ele ninguém entende ou julga retamente.
Aquele para quem Deus é tudo, que tudo a Deus refere e nele vê tudo, pode estar firme em seu coração e permanecer em paz no seio de Deus.
Oh, Deus de verdade! Fazei-me um só convosco em caridade perpétua!
Aborrece-me muitas vezes ouvir e ler muitas coisas: em vós acho tudo quanto quero e desejo.
Continua... Acesse aqui a parte 2
Imitação de Cristo - por Tomás de Kempis.
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