sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Concílio Maçônico


   Em 8 de dezembro de 1869 abriu-se em Roma o Primeiro Concílio do Vaticano. No mesmo dia, Ricciardi, deputado da Sabóia, inaugurava em Nápoles o "Anticoncílio Maçônico", ao qual aderiram maçons de toda a Europa. Destacam-se Victor Hugo, Edgard Quinet, Michelet e notadamente Giuseppe Garibaldi, o homem da destruição do poder temporal dos Papas. Pio IX tencionava firmar a Fé do povo católico contra o Racionalismo e o Naturalismo, implantados pela Revolução Francesa. A maçonaria pretendia obviar a obra de Pio IX. Ricciardi sintetiza a tarefa do concílio maçônico nesta frase: "À cegueira e à mentira representadas pela Igreja Católica, particularmente o Papado, fazia-se uma declaração de guerra perpétua em nome do sagrado princípio da liberdade de consciência".
   No dia 16 de dezembro de 1869 o concílio maçônico publicava suas resoluções: autonomia do Estado face à Religião, abolição da Religião de Estado, neutralidade religiosa do ensino, independência da Moral diante da Religião.
   A revista italiana católica Chiesa viva, em seu número de novembro de 1984, dá o seguinte balanço, ao relacionar o anticoncílio maçônico de 1869 e o Concílio Vaticano II, realizado menos de um século depois:

   Quem considera, entre os documentos do Vaticano II, o parágrafo 75 da constituição Gaudium et Spes e de modo particular, a declaração Dignitatis Humanae sobre a Liberdade Religiosa, não pode não perceber que este Concílio acolhe todos os mais importantes princípios do "anticoncílio" de 1869, do qual em consequência, queira-se ou não, vem a constituir-se a continuação ideal, na oposição ao Vaticano I e ao Silabo.

   E mais uma vez se registra que o Vaticano II está no centro da Crise da Igreja.

Fonte: O pensamento de Dom Antonio de Castro Mayer, editora Permanência; pg: 63
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