domingo, 20 de março de 2016

Oração do Angelus



Oração do Ângelus  (Rainha do céu, tempo Pascal)
V/ Rainha do céu, alegrai-vós, aleluia.
R/Pois o senhor, que merecestes  trazer em vosso seio, aleluia.
V/ Ressucitou, como disse, aleluia.
R/ Rogai por nós, aleluia.
V/ Exultai é alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia.
OREMOS : Ó Deus, que na gloriosa ressurreição do vosso filho restituístes a alegria ao mundo inteiro, concedei-nos, pela intercessão da Virgem Maria, gozar a alegria da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

ORAÇÃO DO ÂNGELUS (FORA DO TEMPO PASCAL - REZAR ÀS 6H, AO MEIO DIA E AS 18H)
V/O anjo do Senhor anunciou a Maria,
R/E ela concebeu do espírito santo. AVE MARIA...
V/Eis aqui a serva do senhor.
R/Faça -se em mim segundo a vossa palavra. Ave Maria...
V/E o verbo se fez carne.
R/E habitou entre nós. Ave Maria...
Rogai por nois, Santa mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS: Infudi, SENHOR, como vos pedimos, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso filho bem-amado, cheguemos por sua paixão e Cruz, a glória da ressurreição. Por Cristo, nosso senhor. Amém
- Glória ao Pai...


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O Domingo de Ramos

A Semana Santa começa no domingo chamado de Ramos porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”.
Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia  há poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos Profetas; mas esse povo tinha se enganado no tipo de Messias que ele era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma  e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.
Para deixar claro  a este povo que ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, Ele entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho;  expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo!
Dessa forma o  Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”.
Os Ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.
Os Ramos sagrados que levamos para nossas casas após a Missa, lembram-nos que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa  peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rápido. Ela nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai.
A Missa do domingo de Ramos traz  a narrativa de São Lucas sobre a paixão de Jesus: sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os mau tratos nas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, seu diálogo com o bom ladrão, sua morte e sepultura.
A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que o homenageou motivada por seus milagres, agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte. Jesus que conhecia o coração dos homens não estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas!
Quantas lições nos deixam esse domingo de Ramos!
O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o seu Reino de fato não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la.
A muitos ele decepcionou; pensavam que ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador, merece a cruz por nos ter iludido. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado.
O domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.
O domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades, das facilidades, para nos colocar diante Daquele que veio ao mundo para salvar este mundo.
Por: Prof Felipe Aquino
Fonte: cleofas.com
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sábado, 19 de março de 2016

Culto a São José

 Segundo a tradição católica, celebra-se a festa de São Jose já no século IV, no templo que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, mandou construir no lugar do Presépio de Belém, na capela dedicada a São José que existe ainda hoje naquele lugar, dentro da Basílica da Natividade em Belém. Há também tradições do século V de festa comemorando a fuga da Sagrada Família para o Egito. O nome de São Jose aparece pela primeira vez mencionada em 19 de março nos martirológios de Reims. Pela primeira vez esta festa foi celebrada pelos beneditinos de Abadia de Winchester no ano 1030. O Papa Bento XIV afirma que em 1124 em Bolonha, na Itália, se comemorava solenemente a festa de São José. No século XV, Gerson, o grande teólogo chanceler da universidade de Sorbone, pediu no Concílio de Constança (1417) uma festa em honra de São José e Maria. Em 1621 o Papa Gregório XV incluiu a festa entre as de preceito. Em 1651 a festa foi fixada em 19 de março. (GPSJ, p. 106)
São José recebe um culto especial da Igreja (prot-dulia); duas festas lhe são celebradas: 19 de março – Esposo da Virgem Maria; e 1º de maio – São José Operário. A festa de 19 de março normalmente cai no meio da Quaresma, então, a Igreja, abre neste dia uma exceção litúrgica e celebra com paramentos brancos a festa do glorioso pai de Jesus Cristo. É um dia da Quaresma que a Igreja retira o roxo.
A Igreja, antes de canonizar um Santo, faz um longo e cuidadoso exame de sua vida, e exige provas evidentes de sua santidade. Não faltam, porém, Santos constituindo exceção a essa regra, entre os quais São José.
“José era um homem justo”. Estas palavras encerram o exame, as provas e todo o processo de canonização. De fato, como os escritos dos Evangelistas são palavras de Deus, segue-se que José foi proclamado justo, isto é, santo, pelo próprio Deus.
A Igreja, para assegurar os fiéis a respeito de sua santidade, não fez mais que repetir-lhes as palavras inspiradas por Deus a São Mateus. A Igreja o fez desde os primeiros anos de sua existência; ao ler e explicar o Evangelho, porém, durante oitocentos anos aproximadamente, limitou-se ao que escrevera a seu respeito e não propunha publicamente a admiração e veneração dos cristãos, nem com festas, nem com funções solenes, nem com livros, como atualmente.
Naqueles tempos, a Igreja visava, antes de tudo, estabelecer profundamente na alma dos fiéis a fé em Cristo e propaga-la entre os hebreus e gentios. Por isso, devia insistir sobretudo nas verdades fundamentais da fé, esperando tempos mais adequados e tranquilos para as partes integrantes e acessórias.
Além disso, a Igreja devia manifestar Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Estas verdades eram negadas por alguns hereges, ensinando que Jesus Cristo era um simples homem, nascido de Mara como todos os outros homens. Em tais circunstâncias, se a Igreja propusesse São José como Esposo de Maria e Pai adotivo de Jesus Cristo, os pagãos não teriam percebido tudo quanto ensina a fé a esse respeito; os próprios cristãos recém-convertidos não teriam compreendido bem como o Santo não é pai natural de Jesus, mas somente pai adotivo.
Antes de promover amplamente o culto a São José, a Igreja precisou lutar durante cerca de oitocentos anos para vencer as terríveis heresias que ameaçavam o conteúdo da fé deixada por Cristo; o que São Paulo chamava de a “sã doutrina da fé”. Umas heresias negavam o dogma da Santíssima Trindade (adocionismo, monarquianismo, patripassionismo), outras negavam a divindade de Jesus (arianismo), a divindade do Espírito Santo (macedonismo); negavam que Jesus fosse homem verdadeiro (monofisismo), que tivesse encarnado de verdade (docetismo), que tinha uma vontade humana (monoteletismo), etc. Enquanto esse mar agitado por falsos profetas e hereges não foi acalmado, a Igreja não pôde falar de devoção de São José e de outras importantes.
Mas se não existia naqueles tempos o culto público a São José, reinava, porém, no coração dos cristãos um culto privado. O Evangelho falava então do Santo Patriarca como atualmente. Muitos Padres e Doutores, entre os quais São João Crisóstomo, Santo Epifânio, São João Damasceno, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho, exaltaram as suas virtudes, e em especial a justiça, a virgindade e a paternidade espiritual em relação a Jesus. E os cristãos reverentes à doutrina do Evangelho e dóceis às exortações dos Padres, invocavam e honravam São José em suas casas.
Encontrou-se no Oriente uma preciosa gema, atribuída ao primeiro século, com a inscrição: “São José, assisti-me nos trabalhos e alcançai-me a graça”. Também nas Catacumbas de Roma, em algumas Igrejas antigas e casas particulares, foram descobertas imagens atribuídas aos primeiros séculos honravam privadamente a São José; o culto privado precedeu ao público.
Apenas consolidada a fé com o testemunho do sangue dos mártires, com os escritos dos Padres e Doutores, com a prova dos milagres e o magistério infalível da Igreja. Não tardaram os Papas a promover, com grande solicitude, o culto público a São José, instituindo festas em sua honra, aprovando práticas devotas para invocar lhe a proteção e enriquecendo-as com recorrerem com frequência a esse grande Santo.
A primeira festa de São José era celebrada, a princípio, somente na Igreja Grega, e estava fixada em 20 de julho. O Papa Xisto IV, em (1471-1484), incluiu-a no Breviário e no Missal, 19 de março. Julga-se ter sido este o dia da morte de São José.
Depois outros Papas ocuparam-se desta festa: Inocêncio VIII (1484-1492) elevou-lhe o Ofício a rito duplo; Gregório XV (1621-1623) estendeu-a a toda a cristandade e declarou o dia em que cai (19 de março) festa de preceito; Clemente X, em 1670, elevou- a rito duplo de segunda classe e compôs ele próprio o Hino “Te Joseph celebrent”, que se canta nas Vésperas.
Em 1714, Clemente XI recompôs todo o Ofício dessa festa: Ofício e Missa próprios de São José; e, finalmente, Pio IX, em 1870, elevou o Ofício a rito duplo de primeira classe.
Mas não parou aí o cuidado da Igreja em festejar dignamente o Pai de Jesus e Esposo de Maria. Paulo III (1534-2549) acrescentou à Festa de São José, a de seus “Esponsais de Maria”, festa que era celebrada a 23 de janeiro e depois estendida a toda a Igreja por Bento XIII em 1725.
A essas duas festas, acrescentou-se uma terceira chamada do “Patrocínio de São José”; festa que, introduzida na Igreja em fins do século XVIII, foi elevada a rito duplo de segunda classe, em 1741, por Bento XIV (1740-1758), e estendida a toda a Igreja em 1847 por Pio IX. Enfim, em 1956, o Papa Pio XII (1939-1958) instituiu a festa de São José Operário, a ser celebrada em rito duplo de primeira classe no dia 1º de maio, Dia Universal do Trabalho.
No culto público dos Santos, além das Missas, existem as práticas de devoção que a Igreja institui ou aprova para invocá-los em nossas necessidades. Ora, a respeito de São José, a Igreja fez o que já fizera para com a Virgem Santíssima. A Maria foi dedicado o dia de sábado e o mês de maio, por isso chamados dia e mês de Maria. Também a São José se dedicaram a quarta-feira e o mês de março, que se chamam dia e mês de São José. Desde o século XVII os fiéis costumam dedicar a São José as quartas-feiras. Essa prática nasceu num convento beneditino de Châlons e espalhou-se rapidamente pelo mundo todo católico.
As mesmas indulgências, concedidas pela Igreja a quem fazia com as devidas disposições o mês de Maria, eram concedidas a quem fazia o mês de São José. Em 1967 o Papa Paulo VI atualizou as indulgencias e alterou algumas formas de obtê-las na “Constituição Apostólica sobre as Indulgências”. 
Da mesma forma que há uma devoção especial: “Às sete dores e aos sete gozos de Maria”, há também uma devoção especial “Às sete dores e aos sete gozos de São José”.
A Igreja não quer que seja separado o doce nome de José dos de Jesus e Maria, quer portanto que se diga nas invocações: Jesus, José e Maria.
Para São José, da mesma forma que para Maria, existem rosários, coroinhas ladainhas, orações, jaculatórias, hinos, a fim de honrá-Lo e invocá-Lo.
A Igreja honra Maria com um culto especial (hiper dulia), de ordem superior ao culto dado aos outros Santos; e a São José, embora não tenha decretado isso, tributam todos os fiéis o culto de “proto-dulia”, ou seja, honram-no como o maior, o primeiro entre os Santos, depois de Maria.
A Igreja teve, portanto, extremo cuidado para que São José fosse honrado como convém. A Divina Providência lhes unira os nomes e destinos e a Igreja, seguindo o exemplo da Providência, uniu-os nos lábios e no coração de seus fiéis, unindo-os em muitas práticas de piedade.
Há um axioma que diz: “Glória sanctorum imitativo eorum” (A glória dos santos está na imitação de suas virtudes).
Na missa do Patrocínio de São José se reza: “De qualquer tribulação que clamem a mim ouvir-lhes-ei, dar-lhes-ei sempre a minha proteção”.
São José é o chefe da Sagrada Família e intercessor de todas as famílias cristãs; é o Patrono dos operários e trabalhadores, é o Patrono Universal da Igreja e protetor do Corpo Místico de Cristo e o Padroeiro da boa morte e das almas atribuladas.
Quando os egípcios carentes de alimentos imploravam ao Faraó que lhes desse comida, este dizia-lhes: “Ide a José”. Hoje, quando os povos são invadidos de novo por um neopaganismo que nega a Deus e seu Cristo, abandona a Igreja e a ataca; quando o sensualismo toma conta das mentes e dos meios de comunicação; e as misérias humanas afloram em toda parte, a Igreja, mais ainda, continua a dizer: “Ide a São José!”.
Trecho retirado do livro: O Glorioso São José, Editora Cléofas.
Original: http://cleofas.com.br/o-culto-a-sao-jose/
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Oração a São José pela Santa Igreja

 Bem-aventurado São José, a Vós recorremos na nossa tribulação, e tendo implorado o socorro de vossa santíssima Esposa, cheios de confiança, solicitamos o vosso patrocínio. Por aquela caridade, que Vos ligou com a Imaculada Virgem Mãe de Deus, e pelo amor paternal, com que estreitastes em vossos braços o Menino Jesus, suplicantes Vos rogamos, que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo adquiriu com o seu Sangue, e nos socorres nas nossas necessidades com vosso auxílio e poder.
 Amparai , ó guarda providentíssimo da divina Família, a linhagem escolhida de Jesus Cristo; afastai para longe de nós, ó pai amantíssimo, todo contagio de erros e corrupções; assisti-nos do alto do céu, ó libertador nosso fortíssimo, na presente luta contra o poder das trevas; e assim como outrora livrastes do supremo risco de vida o Menino Jesus, assim defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos e contra as adversidades; e a cada um de nós amparai com vosso perpetuo patrocínio, para que, a exemplo vosso, e ajudados com o apoio de vosso auxílio, possamos viver santamente, piedosamente morrer e alcançar no céu a eterna bem-aventurança. Amém. 
Fonte: Manual de Orações e Exercícios Piedosos Adoremus- pag 202 Por: D. Frei Eduardo José Herberhold O.F.M  (Reimprantur: 6 de Agosto de 1928- Mons. Castro)


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Especial São José

Homem que agradou a Deus

Não é sem razão que a Igreja, no meio da Quaresma, tira o roxo no dia 19 de março e coloca o branco na liturgia, para celebrar a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Entre todos os homens do seu tempo, Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo de seu Filho divino e humanado. E Jesus lhe era submisso, como mostra São Lucas.
Santo Gertrudes (1256-1302), um grande místico da Saxônia, afirmou que “viu os Anjos inclinarem a cabeça quando no céu pronunciavam o nome de São José”.
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), a primeira doutora da Igreja, a reformadora do Carmelo, disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. E declarava que em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.
O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo “a obediência da fé” (cf. Rm 1,5). Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as circunstâncias. São José, um homem humilde e justo, “viveu pela fé”, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (cf. Hab 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6).
O grande doutor da Igreja Santo Agostinho compara os outros santos às estrelas, e São José ele o compara ao Sol. A esse grande santo Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria. Por isso, o Papa Pio IX, em 1870,  declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”. Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs que ele fosse tido como “advogado dos lares cristãos”. Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como festa ao José Trabalhador.
São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes o Grande, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado “filho do carpinteiro”. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou até iniciar Sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é redentor.
Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. A José coube a honra e a glória de dar o nome a Jesus na Sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem “conquistar seus filhos” e fazerem-se obedecer, o exemplo do Menino Jesus submisso a seu pai torna-se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos. Se o Filho de Deus quis ter um pai, ao menos adotivo, neste mundo, o que dizer de muitos filhos que crescem sem o genitor? O que dizer de tantos “filhos órfãos de pais vivos” que existem no Brasil, como nos disse aqui mesmo em 1997 o Papa João Paulo II? São José é o modelo de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel.
Celebrar a festa de São José é lembrar que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de  família, “caricaturas de família”, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus. Em todos os tempos difíceis os Papas pediram aos fiéis que recorressem a São José; hoje, mais do que nunca é preciso clamar: “São José, valei-nos!” Ao falar desse santo, o Papa João Paulo II, na  exortação apostólica “Redemptoris Custos” (o protetor do Redentor), de 15 de agosto de 1989, declarou: “Assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (nº1). “Hoje ainda temos motivos que perduram, para recomendar todos e cada um dos homens a São José (nº 31).
Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. O homem moderno quer liberdade; “é proibido proibir!”; e, nesta loucura lança a humanidade no caos.
São José, tal como a Virgem Maria, com o seu “sim” a Deus, no meio da noite, preparou a chegada do Salvador. Deus Pai contou com ele e não foi decepcionado. Que o Altíssimo possa contar também conosco! Cada um de nós também tem uma missão a cumprir no plano divino. E o mais importante é dizer “sim” a Deus como São José. “Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,24).
Celebrar a festa de São José é celebrar a santidade, a espiritualidade, o silêncio profundo e fértil. O pai adotivo de Jesus entrou mudo e saiu calado, mas nos deixou o Salvador pronto para começar a Sua missão. É como alguém destacou: “O servo que faz muito sem dizer nada; o especial agente secreto de Deus”. Ele é o mestre da oração e da contemplação, da obediência e da fé. Com ele aprendemos a amar a Deus e ao próximo.
São José viveu o que ensinou João Batista: “É preciso que Ele [Jesus] cresça e eu diminua” (Jo 3,30). 
Por: Prof. Felipe Aquino
Wallpaper de São José, presente do Blog do Padre Pio pra você! Salve a imagem no seu computador ou celular. 

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sexta-feira, 18 de março de 2016

10 Ensinamentos de Santo Agostinho sobre o demônio

 1 – O Demônio não pode fazer mais do que lhe é permitido por Deus.

2 – Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança.

3 – O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legítima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem.

4 – Não culpes o demônio por tudo que vai mal. Muitas vezes o homem é seu próprio demônio.

5 – O homem não come o trigo sem triturá-lo para fazer o pão. Assim, o demônio não subjuga ninguém sem antes tê-lo abatido pela tribulação. Abate para subjugar. Quando fores açoitado pela tribulação, permanece íntegro como o grão e não te perturbes.

6 – O diabo não tem poder para dominar, mas tem astúcia para persuadir.

7 – A inveja é filha e escrava do orgulho. Por esses dois vícios, orgulho e inveja, o demônio é o que é.

8 – Como te livras de um homem? Evitando-o. Como podes livrar-te do demônio? Orando contra ele. Tuas orações são a seta que o mantém na raia.

9 – Em vão se ufana um homem, pretendendo vingar-se de outro homem. Enquanto procura vencer publicamente o adversário, é vencido pelo demônio.

10 – O demônio é como um cão preso na coleira, Cristo o prendeu; só morde quem dele se aproxima.

 "O demônio é forte com quem o teme, mas é fraquíssimo com quem o despreza"São Pio de Pietrelcina

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Por que se confessar

Muitas pessoas deixam de se confessar porque não entendem a
beleza e importância da confissão. Neste vídeo, o Prof. Felipe Aquino fala um pouco sobre este assunto:


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Por que devo me confessar?

A Penitência é um sacramento que nos auxilia na caminhada nesta estrada difícil rumo ao céu.

Jesus veio ao nosso mundo para tirar o pecado; como disse São João Batista, “Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).

O Filho de Deus não veio a este mundo para outra finalidade, senão esta. E para isso pregou o Evangelho da Salvação, instalou o Reino de Deus entre nós, instituiu a Igreja para levar a cabo esta missão de arrancar o pecado da humanidade, e morreu na Cruz, para com sua morte e ressurreição nos justificar diante da Justiça divina.

Com o preço infinito de Sua Vida, Ele pagou o nosso resgate, reparou a ofensa infinita que nossos pecados fazem contra a infinita Majestade de Deus. E deixou com a Sua Igreja a incumbência de levar o perdão a todos os que crerem no Seu Nome. É por meio da Confissão (= Penitência, Reconciliação) que a Igreja cumpre a vontade de Jesus de levar o perdão e a paz aos filhos de Deus.

Infelizmente muitos católicos ainda não se deram conta da importância capital da Confissão, que só na Igreja Católica existe. Quando se derem conta da sua importância, os sacerdotes não terão sossego…

Há mais de 50 anos me confesso, e o faço pelo menos uma vez por mês, porque acredito nas palavras de Jesus e da Igreja: “a quem perdoardes os pecados, os pecados serão perdoados”.

Nunca tive dificuldades para me confessar. É claro que contar as suas quedas a um homem como você, é constrangedor e até um pouco humilhante. Mas é uma “sagrada humilhação”; que nos faz bem. São Francisco de Sales dizia que “a humilhação nos torna humildes”.

Na pessoa do sacerdote da Igreja, legitimamente ordenado, está o próprio Jesus, que age nele “in persona Christi”, para lavar a sua alma com o Seu Sangue; e o sacerdote está terminantemente proibido de contar, a quem quer que seja, o que ouviu na Confissão. É o sigilo da Confissão. Ele pode ser excomungado da Igreja se revelar o pecado de um fiel.

Além disso, é bom confessar-me com um homem, pecador como eu, mais ou menos, porque assim ele me entende. O difícil seria me confessar com um Anjo, que não tem pecados. Gostaria de dizer aqui que nestes anos todos de minha vida, de Confissão frequente, nunca me senti maltratado, humilhado ou menosprezado em uma Confissão; ao contrário, sempre senti-me acolhido nos braços do Confessor, como se fosse os próprios braços de Cristo a me levar de volta para a casa do Pai.


O Confessor é o como aquele bom pastor que resgata a ovelha do abismo do mundo, a coloca nos ombros e a leva para o aprisco seguro. É uma grande graça que o Bom Pastor deixou para as suas ovelhas.

Somente a Igreja Católica recebeu e guardou esta riqueza para você, e espera que você não a despreze, pois afinal custou a vida de Nosso Senhor.

O Sacramento da Penitência, chamado também de Confissão, é portanto, o meio ordinário que Jesus deixou para a nossa santificação.Impressiona-me, profundamente, observar que o primeiro ato do Senhor, após a Ressurreição, no mesmo dia desta, foi instituir o Sacramento da Penitência.

É muito importante notar que esse foi o “primeiro ato” de Jesus após a Ressurreição: delegou aos Apóstolos o poder divino de perdoar os pecados: “a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados…” Não resta a menor dúvida!

Juntamente com a Eucaristia, a Penitência é um sacramento da caminhada nesta estrada difícil rumo ao céu. O Senhor sabe da nossa miséria e fraqueza, então providenciou o remédio salutar. Se meditássemos profundamente neste grande mistério, e conhecêssemos toda a miséria da nossa alma, faríamos como alguns santos que queriam se confessar diariamente…

Por: Prof. Felipe Aquino
Original: http://cleofas.com.br/por-que-se-confessar/


  


 "A Confissão que é a purificação da alma, deve ser feita ao menos uma vez por semana. Não é possível manter a alma longe da confissão por mais de sete dias." 
 São Padre Pio

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domingo, 13 de março de 2016

Papa Francisco completa 3 anos de Pontificado


O aniversário de terceiro ano do Pontificado do primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história cai nos primeiros meses do Ano Santo Extraordinário que ele mesmo quis dedicar à Misericórdia. Os últimos doze meses viram o pontífice argentino viajar por quatro continentes, publicar uma Encíclica dedicada ao “cuidado da Criação” e celebrar um Sínodo dedicado à família. Tantas foram as oportunidades e os encontros em que Francisco confirmou a sua imagem de pastor “em caminho” com o Povo de Deus. Mas diante de um ano repleto de acontecimentos marcantes, qual é a imagem mais representativa desse terceiro ano de pontificado?

Jubileu da Misericórida

Duas imagens marcaram este início do Ano Santo da Misericórdia.

A primeira, a passagem de Francisco e Bento XVI, um após o outro, pela Porta Santa na abertura do Jubileu, no Vaticano. Para o monsenhor Giuseppe Lorizio, docente de Teologia Fundamental da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma a imagem "é uma fotografia que nos ajuda a liberar o campo de certos estrabismos jornalísticos: como aquele de quem aplaude este Papa como se o pontificado dos outros fosse negativo. Uma imagem que nos confirma como que a Francisco, como aos seus predecessores, esteja bem presente a comunhão na diversidade. Duas pessoas assim tão diferentes que atravessam juntas aquela Porta Santa, unidas pela mesma fé e pelo ministério que compartilharam, simbolizando a variedade da Igreja mas também a sua unidade, que não é homogeneidade", disse em entrevista à Rádio Vaticano.


Papa Francisco abraça Bento XVI antes de passar pela Porta Santa
A respeito da imagem símbolo dos últimos doze meses de Pontificado, Marco Burini, jornalista que segue diariamente as atividades do Papa para a TV2000, o canal de TV dos católicos italianos, destaca duas referente ao Jubileu da Misericórdia. “Proponho uma imagem dupla: a Porta Santa de Bangui, na República Centro-africana, que se escancara ao leve empurrão de Francisco e aquela de São Pedro que lhe apresenta certa resistência. Nessa dupla imagem, nessa dialética, nessa contradição tão eloquente, há uma riqueza para ser apreciada, mesmo além das ansiedades do balanço e classificação de nós, jornalistas. Devemos entrar em sintonia com o estilo de Francisco que, como recordava Roberto Benigni, é o estilo do ‘caminhar pregando’, o melhor do ‘pregar caminhando’, como faz Jesus no Evangelho de Marcos”, afirmou. 

O Papa parado na fronteira, mas capaz de misericórdia

Raniero La Valle, jornalista e escritor, 50 anos atrás cobrindo o Concílio Vaticano II, propõe uma outra imagem para contar o terceiro ano de Pontificado de Francisco. “Eu volto ao último dia da sua recente viagem ao México, quando o Papa foi até a fronteira com os EUA, na Ciudad Juarez, para celebrar missa. Naquela fronteira, onde um mar de pobres, refugiados, exilados violam a lei à procura de uma vida melhor, inclusive ele, de uma certa forma, parou. Em frente ao muro, ao arame farpado, às patrulhas que impedem a entrada. Uma imagem, essa de Francisco na fronteira, que se conecta à sua primeira viagem na Itália, poucos meses depois da eleição, à ilha de Lampedusa. A escolha de visitar o mundo do sofrimento, da exclusão, do descarte, como dizendo que esse povo deve ser o primeiro pela qual a Igreja se empenha. Nota-se, no entanto, como na fronteira com o Texas o Papa foi capaz inclusive de abençoar aqueles que rejeitam os migrantes. Ao mesmo tempo em que para na fronteira, também é capaz de ultrapassá-la, de oferecer esse sinal de comunhão que vai além da inimizade”, frisou. 

Não é o Papa, mas o mundo que muda

La Valle conclui: “Parece uma imagem forte que nos ajuda também a terminar com a questão de que Francisco seja ou não o Papa da mudança. O Ministério petrino, de fato, continua o mesmo, mas é o mundo que muda. Nunca tinha acontecido que 50 milhões de pessoas fossem em movimento no globo ou que as águas iniciassem a submergir a terra. Então, essa é a novidade. Não é o Pontífice que é diferente, mas é o mundo ao qual é chamado a anunciar a Boa Nova que mudou, apresenta exigências, dramas, urgências diversas. A pergunta verdadeira, no entanto, não é se Francisco está mudando o Papado, mas se realmente está mudando a Igreja. Porque uma Igreja que não sente a exigência de mudar, sob o empurrão do sopro do Espírito, é uma Igreja que precisa ser levada para sala de reanimação”.
Original:http://www.a12.com/santo-padre/noticias/detalhes/papa-francisco-completa-3-anos-de-pontificado-1
Você já rezou pelo Papa hoje? Ainda não?
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sexta-feira, 11 de março de 2016

A doutrina da verdade part. 2

Dando continuação as nossas meditações no livro Imitação de Cristo, A Doutrina da verdade parte 2. Acesse aqui a parte 1. Precisamos meditar, mas também colocar em prática, todas estas palavras inspiradas pelo Espirito Santo.






 ...Calem-se todos os doutores: emudeçam as criaturas todas em vossa presença: falai-me vós somente.
 Quando maior for o recolhimento e a simplicidade do coração, mais e maiores coisas entenderá sem esforço, porque de cima recebe a luz da inteligência.
 O espírito puro, singelo e constante não se distrai, ainda que se ocupe em muitas coisas; porque tudo faz para honra de Deus e em nada procura o próprio interesse.

 Que mais te impede e perturba que a afeição de seu coração não mortificada? 

 O homem bom e fiel a Deus regula no seu interior o que há de fazer exteriormente.
 Assim, não se deixa em suas ações arrastar por alguma inclinação viciosa; mas ele as submete ao arbítrio da reta razão.
 Quem tem maior combate que aquele que se esforça por vencer-se a si mesmo?
 Este deveria ser nosso principal empenho: vencer a nós mesmos, e tornarmo-nos cada dia mais fortes e melhores.
 Toda a perfeição, nesta vida, é misturada de imperfeição; como todas as luzes são mescladas de sombras.
 O humilde conhecimento de você mesmo é um caminho mais certo para ir a Deus que o esquadrinhar à profundidade da ciência.
 Não se deve condenar a ciência, nem qualquer conhecimento, porque, considerados em si, são bons e ordenados por Deus; mas sempre lhes há de antepor a boa consciência e a vida virtuosa.
 Muitos, porém, estudam mais para saber bem viver, por isso erram a cada passo, ou nenhum fruto colhem de seus estudos.
 Oh! Se eles pusessem tanto cuidado em arrancar os vícios e plantar as virtudes como põem em mover questões, não se veriam tantos males e escândalos no povo, nem haveria tanto desregramento nos mosteiros.
 Livro Imitação de Cristo- Tomás de Kempis 
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quinta-feira, 10 de março de 2016

5 passos que te ajudarão muito nesta Quaresma.

1º A ORAÇÃO
“Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (cf. Lc 11, 1c).
“A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria” (Sta. Teresa do Menino Jesus).
“A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes” (São João Damasceno).
A oração é um dom de Deus, onde Ele quer estabelecer uma profunda e íntima comunhão com o ser humano, pode se dizer que é uma graça concedida pelo próprio Deus. E para que esta oração, que é um diálogo com Deus, aconteça é necessário o dom da fé. Em Hb 11, 6, diz que: “sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram.”
A oração nos torna amigos de Deus. Por isso, a oração e as suas práticas não podem se tornar um peso, mas deve trazer um desejo pelo divino.
“A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele” (Sto. Agostinho).
Estamos num mundo que tenta nos fazer olhar para a Terra e não para as realidades celestiais. A oração é o caminho que nos faz lançar o olhar para as coisas do Alto. Quem deseja encontrar o Amor de Deus deve percorrer o caminho da oração, da experiência do encontro pessoal com Jesus. Este processo acontecerá a partir da fé.
Há diversas formas de Oração:
Oração de súplica
O vocabulário referente à súplica tem muitos matizes no Novo Testamento: pedir, implorar, suplicar com insistência, invocar, clamar, gritar e mesmo “lutar na oração”. Mas sua forma mais habitual, por ser a mais espontânea, é o pedido: é pela oração de súplica que exprimimos a consciência de nossa relação com Deus: como criaturas, não somos nem nossa origem, nem senhores das adversidades, nem nosso fim último. Mas, como pecadores, sabemos, na qualidade de cristãos, que nos afastamos de nosso Pai. O pedido já é uma volta para Ele.
Oração de intercessão
A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. Ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo. Interceder, pedir em favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora “não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros” (cf. Fl 2,4) e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal.
Oração de louvor
O louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele É. A Eucaristia contém e exprime todas as formas de oração. É “a oferenda pura” de todo o Corpo de Cristo “para a glória de seu Nome”; segundo as tradições do Oriente e do Ocidente, ela é “o sacrifício de louvor”.
“Não existe outro caminho da oração cristã senão Cristo. Seja a nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só tem acesso ao Pai se orarmos “em nome” de Jesus.”
2º. A EUCARISTIA
A Eucaristia é fonte e ápice de toda a vida cristã. Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa. Pela celebração Eucarística nós nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (cf. ICor 15,28).
Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na véspera de sua paixão: “Tomou o pão…” “Tomou o cálice cheio de vinho…”
A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento não se pode descobrir pelos sentidos, diz São Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus.
O Senhor nos convida insistentemente a recebê-lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: ‘se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós’ (cf. Jo 6,53).
Um dos frutos da Comunhão Eucarística são:
– Aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele” (cf. Jo 6,56).
– Separa-nos do pecado. Como o alimento corporal serve para restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a caridade que, na vida diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais. Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos pecados mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais progredirmos em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar-nos pelo pecado mortal.
3º. A SAGRADA ESCRITURA
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente seu alimento e sua força, pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus.
Os livros sagrados não devem ser apenas um livro de leitura ou somente para um conhecimento intelectual, mas sim um livro para rezar e meditar os mistérios revelados por Deus a cada um de nós.
Aqueles que desejam conhecer mais profundamente a Deus, deve ter a Bíblia sagrada como um grande meio para se chegar ao conhecimento do Amor de Deus.
A Sagrada Escritura é uma grande arma espiritual para derrubar as forças de Satanás.
4º. O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA
A Virgem Maria é reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Ela é também verdadeiramente Mãe dos membros de Cristo, porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça.
O Rosário, de fato, ainda que caracterizado por sua fisionomia mariana, em seu âmago é oração cristológica. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade de seu amor. Mediante o Rosário, o cristão alcança a graça em abundância, como se a recebesse das próprias mãos da Mãe do Redentor.
Todo católico deve estar na “escola” de Maria, pois Ela nos apresenta a grande Verdade que é Jesus Cristo, o seu Filho. Aqueles que tem a Virgem Maria como sua Mãe, tem uma grande intercessora em todos os momentos difíceis da vida terrena.
Maria Santíssima nos leva para os braços de Seu Filho Jesus.
5º. O JEJUM
A abstinência e o jejum são formas de penitência interior. Este tipo de penitência nos ajuda a dominar as nossas paixões carnais, que muitas vezes nos conduzem ao pecado.
O jejum na Igreja Católica é obrigatório na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Fora esses dias, o católico pode fazer jejum quando quiser e achar necessário. O jejum é deixar de fazer uma refeição no dia (almoço ou jantar).
A abstinência de carne, o fiel católico a partir dos 14 anos de idade deve abster-se de comer carne (e seus derivados) na Quarta-feira de cinzas, na Sexta-feira Santa (da Paixão) e em todas as sextas-feiras do ano (salvo se for dia de solenidade);
O jejum, o fiel católico a partir dos 18 anos até 59 anos de idade deve deixar de fazer uma refeição no dia – devendo ser o almoço ou o jantar, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão.
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A doutrina da verdade part. 1

A primeira da nossa série de meditações no livro Imitação de Cristo- Tomás de Kempis.   


 Feliz aquele a quem a verdade ensina, não por figuras e palavras que passam, mas como é em si.
 Nossa razão e nossos sentidos frequentemente nos enganam e é bem pouco o que conhecem. De que vale a especulação sutil sobre coisas ocultas e obscuras, se, por ignorá-las, não seremos acusados no dia do juízo?
 Grande loucura é desprezarmos as coisas úteis e necessárias, para nos aplicarmos com gosto às curiosas e nocivas. Tendo olhos, não vemos!
 Quem nos importa o que se diz sobre gêneros e as espécies?
 Aquele a quem fala o verbo eterno é libertado de muitas incertezas.
 Deste verbo único procedem todas as coisas, e tudo nos fala desse verbo único, e ele é também o princípio que nos fala interiormente (Jo 8,25).
 Sem ele ninguém entende ou julga retamente.
 Aquele para quem Deus é tudo, que tudo a Deus refere e nele vê tudo, pode estar firme em seu coração e permanecer em paz no seio de Deus. 
 Oh, Deus de verdade! Fazei-me um só convosco em caridade perpétua!
 Aborrece-me muitas vezes ouvir e ler muitas coisas: em vós acho tudo quanto quero e desejo.
Continua...      Acesse aqui a parte 2
Imitação de Cristo - por Tomás de Kempis.
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quarta-feira, 9 de março de 2016

Um livro para meditarmos, e assemelhar nossa vida a de Cristo

A partir desta semana começaremos um itinerário onde vamos meditar no livro Imitação de Cristo.


Vamos começar por uma breve reflexão:

Santo Inácio de Loyola, no tempo em que esteve em uma gruta em Manresa, leu um livrinho cujo autor era anônimo. Magnífico livro era esse. Ao que consta, uma parte dele foi escrita como regra para monges, depois vieram outros textos que acrescidos ao primeiro recebeu o nome de Imitação de Cristo, se transformando assim num livrinho.

De fato, tão profundo e maravilhoso, que mereceu ser considerado o melhor dos livros, depois dos Evangelhos e das Sagradas Escrituras.

Como dos 66 manuscritos, 60 trazem a assinatura de Tomás de Kempis, na mais respeitada cópia, conhecida como Kempense, escrita em 1441, então atribuiu-se a Tomás de Kempis a autoria do Santo Livrinho.

Trago as primeiras palavras da Imitação de Cristo, para meditação, nesta época de quaresma:

Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo.

A doutrina de Cristo é mais excelente que a de todos os santos, e quem tiver seu espírito encontrará nela um maná escondido. Sucede, porém, que muitos, embora ouçam freqüentemente o Evangelho, sentem nele pouco enlevo: é que não possuem o espírito de Cristo. Quem quiser compreender e saborear plenamente as palavras de Cristo é-lhe preciso que procure conformar à dele toda a sua vida.

Que te aproveita discutires sabiamente sobre a SS. Trindade, se não és humilde, desagradando, assim, a essa mesma Trindade? Na verdade, não são palavras elevadas que fazem o homem justo; mas é a vida virtuosa que o torna agradável a Deus. Prefiro sentir a contrição dentro de minha alma, a saber defini-la. Se soubesses de cor toda a Bíblia e as sentenças de todos os filósofos, de que te serviria tudo isso sem a caridade e a graça de Deus? Vaidade das vaidades, e tudo é vaidade (Ecle 1,2), senão amar a Deus e só a ele servir. A suprema sabedoria é esta: pelo desprezo do mundo tender ao reino dos céus.

Vaidade é, pois, buscar riquezas perecedoras e confiar nelas. Vaidade é também ambicionar honras e desejar posição elevada. Vaidade, seguir os apetites da carne e desejar aquilo pelo que, depois, serás gravemente castigado. Vaidade, desejar longa vida e, entretanto, descuidar-se de que seja boa. Vaidade, só atender à vida presente sem providenciar para a futura. Vaidade, amar o que passa tão rapidamente, e não buscar, pressuroso, a felicidade que sempre dura.

Lembra-te a miúdo do provérbio: Os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir (Ecle 1,8). Portanto, procura desapegar teu coração do amor às coisas visíveis e afeiçoá-lo às invisíveis: pois aqueles que satisfazem seus apetites sensuais mancham a consciência e perdem a graça de Deus.

(Livro: A Imitação de Cristo – Tomás de Kempis)

Fonte: Blog Almas Castelos
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terça-feira, 8 de março de 2016

A mulher segundo o coração de Deus

 Por Prof. Felipe Aquino

A mulher foi o último ser criado por Deus; foi o ápice da criação: cheia de beleza, meiguice, delicadeza, força espiritual; foi criada para ser mãe e esposa, carinhosa e sensível. Foi o coroamento da natureza. Ela é a imagem e semelhança mais sensível de Deus. A sua beleza e charme encanta o coração do homem, porque foi criada para ele. Há uma música que diz: “creio na mulher que se enfeita e se embeleza para ser a mais bonita criação de nosso Pai”.

A Bíblia está repleta de passagens falando da mulher, exaltando a sua grandeza, mas também chamando a atenção quando ela se desvirtua. O livro dos Provérbios diz: “Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor” (Pr 31,10).
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sexta-feira, 4 de março de 2016

Deus não o quis!

Seguindo a nossa série de reflexões e meditações sobre a vida espiritual do livro: O Breviário da Confiança, trazemos mais uma reflexão para lhe ajudar.

Deus quer de nós uma só e única coisa: o cumprimento da Sua Vontade Santíssima. O mais é acessório e até inútil e perigoso para nossa salvação. O dever cumprido nos assegura também o cumprimento da Vontade de Deus. Quem fez o que deve, fez o que pôde, fez o que Deus quis, podendo ficar tranquilo e abandonar-se inteiramente nas mãos da Divina Providência. O sucesso? A vitória? O êxito? Pouco importam. Se Deus o quis? Insucessos, fracassos, humilhações? Deus os permitiu? Louvado seja Deus! Temos certeza de haver cumprido o dever e a consciência está sossegada? Tudo vai bem. Deus não o quis! A pureza de intenção é a que vale em nossas obras. Vigiemos a nossa pureza de intenção e nunca ficaremos dolorosamente surpreendidos com os fracassos de nossas boas obras. Apeguemo-nos unicamente à vontade de Deus e fiquemos indiferentes ao sucesso ou insucesso, à vitória ou ao fracasso. Disse o Pe. Lehody: "Sabemos que Deus que de nós esta boa obra, mas desconhecemos as Suas ulteriores intenções. Muitas vezes, para nos exercitar na virtude da santa indiferença, Deus nos inspira desígnios muito elevados, cujo sucesso, entretanto não quer".
Queixarmo-nos, lamentarmo-nos, descrermos da Providência? Seria orgulho e loucura. Deus sabe o que faz! Se o fracasso nos humilhou e purificou nossa intenção, bendigamos a Deus! Pereceu esta obra de zelo para o nosso bem! Deus não a quis!
 Por: Mons. Ascânio Brandão 
fonte: O Breviário da Confiança
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Um pouco sobre Padre Pio

Devoção ao Santo Padre Pio

Deus mostrou o Seu amor pelo nosso tempo de muitas maneiras. Deu-nos guias como o Papa S. Pio X e o Cardeal Mindszenty, e a firmeza de mártires incontáveis. Também nos enviou a Sua Mãe em Fátima. Outra das muitas graças extraordinárias que Deus concedeu ao Século XX foi S. Padre Pio.
O Padre Pio nasceu numa família de lavradores simples e trabalhadores em 15 de Maio de 1887, em Pietrelcina, no sul da Itália. Foi ensinado particularmente até entrar no noviciado dos Frades Capuchinhos com 15 anos. De saúde frágil mas com uma vontade firme, completou os estudos necessários com a ajuda da Graça e foi ordenado sacerdote em 10 de Agosto de 1910.
Em 20 de Setembro de 1918, as cinco chagas da Paixão de Nosso Senhor apareceram no seu corpo, o que fez dele o primeiro padre com estigmas na história da Igreja. Foram concedidos a muitos santos alguns dons extraordinários, como milagres, bilocação, leitura dos corações, perfume, estigmas e profecia. O Padre Pio não tinha só um destes dons; possuia-os todos. Ao seu confessionário acorriam muitas pessoas, e muitas mais receberam os seus santos conselhos e orientação espiritual por correspondência.
Toda a sua vida foi assinalada por longas horas de oração e austeridade contínua. As cartas que escreveu aos seus directores espirituais revelam os inefáveis sofrimentos, físicos e espirituais, que o acompanharam enquanto viveu. Também revelam a sua união muito profunda com Deus e o seu amor ardente pela Sagrada Eucaristia e por Nossa Senhora.
Desgastado por mais de meio século de sofrimento intenso e de actividade apostólica constante em San Giovanni Rotondo, onde se situava o seu mosteiro, foi chamado à sua recompensa celestial em 23 de Setembro de 1968. Depois de um funeral público a que estiveram presentes 100.000 pessoas, o seu corpo foi sepultado na cripta da igreja de Nossa Senhora da Graça. Um número cada vez maior de pessoas, vindas de todas as partes do mundo, visitam o seu túmulo, e muitas delas dão testemunho das graças espirituais e temporais que recebem.
O Processo Diocesano para a Beatificação do Padre Pio foi concluído em 21 de Janeiro de 1990. Sua Santidade o Papa João Paulo II beatificou o Padre Pio em 2 de Maio de 1999 e canonizou-o em 16 de Junho de 2002. O facto de Deus nos ter enviado um tal Santo é um sinal inequívoco do Seu amor pelo nosso tempo, e um apelo a que imitemos e sigamos este santo homem, aproximando-nos de Deus por esta via.

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