quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Padre Pio e os Anjos da Guarda


Durante sua vida Padre Pio sempre ensinou a seus filhos espirituais a importância do Anjo da guarda, e sempre aconselhava invocá-lo constantemente. Ele era tão íntimo dos anjos que chegou a dizer: “ É inútil que me escrevas, porque eu não posso lhe responder. Envie-me seu Anjo da guarda sempre, e eu farei tudo." Em outra ocasião disse ele a um de seus filhos espirituais: “ Envie-me seu Anjo da guarda, porque ele não paga ingresso no trem e nem consome seus sapatos."

Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anitta, ele oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.

Querida filha de Jesus:

Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. Que Maria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.

Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.

Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.

É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.

Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…!

Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.

No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se una a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes:

“Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim.”

Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.

E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.

Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas.

Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.

Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.

Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.

Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.

Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.

Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.

Padre Pio
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domingo, 29 de setembro de 2019

Padre Pio e São Miguel



A devoção de Padre Pio ao Arcanjo São Miguel foi notável durante toda a sua vida. Padre Pio foi ao Monte Santo Anjo em 1º de julho de 1917 para visitar o Arcanjo São Miguel, na ocasião de uma viagem com os moços do seminário seráfico. A devoção ao príncipe dos anjos era constantemente cultivada pelo frade. Ele falou de São Miguel às almas com certa frequência, exortando-as a recorrer a ele sempre durante as tentações.

Os peregrinos, que iam a San Giovanni Rotondo e ficaram lá por vários dias, eram incentivados a ir ao Monte Santo Anjo para venerar São Miguel. Para muitos, ele até impôs, após a confissão, como penitência sacramental, uma visita ao príncipe das hostes celestes, para por sob sua proteção a própria alma e pedindo ajuda para vencer sempre o diabo e a ilusão do pecado. Além disso, Padre Pio sempre exortou todos aqueles que ele enviou ao Monte Santo Anjo para que rezassem a São Miguel uma oração cuidadosa por ele.


O estigmatizado de Gargano também era muito dedicado ao anjo da guarda. E, ao mesmo tempo, ele inculcou uma atitude reverente em relação a esse guardião que o Senhor nos deu como companheiro por toda a vida. Bem ciente do que o anjo da guarda faz pelas almas, especialmente nos momentos em que as tentações são violentas e preocupantes, Padre Pio recomendou aos filhos espirituais uma grande devoção e oração ao santo anjo, companheiro invisível de nossa peregrinação terrena. Padre Pio exortou as almas que se aproximavam dele a terem grande devoção a esse anjo benéfico, sem nunca esquecê-lo, tendo-o sempre diante de seus olhos, rezando com assiduidade, também porque ele está sempre pronto para ouvir, e mais ainda sempre pronto para consolar. Este mensageiro celestial, este companheiro inseparável, este anjo que nos beneficia em toda prova, diz Padre Pio, "ele está sempre conosco, ele nunca nos abandona: se faz nosso escudo contra os ataques que os inimigos de nossa salvação eterna lançam continuamente.

Fonte: padrepio.it Tradução: Padre Pio Blog.


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sexta-feira, 12 de abril de 2019

ROSÁRIO DAS DORES DE MARIA



V/ Ó Deus vinde em meu auxílio.
R/ Apressai-vos, Senhor, em socorrer-me.

V/ Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
R/ Assim como era no princípio, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Amém.

Minha Mãe, fazei com que meu coração acompanhe a tua dor na morte de Jesus.

Primeira dor: Profecia de Simeão




De vós me compadeço, ó mãe aflita, pela primeira espada de dor que vos atravessou quando no templo, por meio de Simeão, foram-vos descritas todas a torturas que haveriam de aplicar os homens ao vosso amado Jesus, e que vós bem conhecíeis das divinas Escrituras, até fazê-lo morrer diante de todos os olhos pendurado num lenho infame, ensaguentado e por todos abandonado, sem poderdes defender ou ajudá-lo. Por aquela penosa memória, pois, que por tantos anos vos afligiu o coração, rogo-vos, minha rainha, a impetrar-me a graça de que eu sempre em vida e em morte guarde impressa no coração a Paixão de Jesus e as vossas dores.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.
(como acima a estrofe sempre repete).

Segunda dor: Fulga para o Egito 




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela segunda espada que vos atravessou, ao ver o vosso Filho inocente que acabava de nascer perseguido a fim de o matarem por aqueles mesmos homens pelos quais ele viera ao mundo, de modo que foste obrigada de noite e às escuras a escondê-lo ao Egito. Pelas tantas labutas, pois, que vós, delicada donzela, em companhia do vosso Filho exilado sofrestes na longa e cansativa viagem por regiões desertas e árduas na estadia no Egito, onde, desconhecidos e estrangeiros, vivestes por todos aqueles anos pobres e desprezados, rogo-vos, amada Senhora minha, a me impetrardes a graça de sofrer com paciência em vossa companhia até a morte as labutas desta miserável vida, a fim de que possa na outra escapar das labutas eternas do inferno, por mim merecidas.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Terceira dor: Perda do Menino Jesus no Templo




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela terceira espada que vos feriu da perda do vosso caro filho Jesus, que havendo permanecido por três dias longe de vós em Jerusalém, imagino que vós, quando destes pela falta do vosso amor e não entendestes o motivo de sua ausência, não repousastes naquelas noites, e outra coisa não fizestes que suspirar por aquele que era todo o vosso bem. Pelos suspiros, pois, daqueles três demasiado longos e amargos dias, rogo-vos que me impetreis a graça de não perder jamais o meu Deus, a fim de que abraçado a Deus viva para sempre, e deste modo parta do mundo na hora da minha morte.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Quarta dor: o encontro com Jesus carregando a cruz




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela quarta espada que vos atravessou, ao verdes o vosso Jesus, condenado à morte, preso por corda e correntes, coberto de sangue e chagas, coroado por um feixe de espinhos, caindo por terra sob a pesada cruz que carregava sobre as costas chagadas, ir como um cordeiro inocente para morrer por amor de nós. Bateram-se então os vossos olhos, e tornaram-se os vossos olhares inúmeras setas cruéis com que vos feristes um ao outro os corações amantes. Por esta grande dor, pois, rogo-vos a me impetrardes a graça de, todo resignado à vontade do meu Deus, carregar alegremente a minha cruz em companhia de Jesus até o último fôlego da minha vida.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Quinta dor: contempla Jesus crucificado 




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela quinta espada que vos atravessou quando sobre o monte do Calvário tínheis diante de vossos olhos, morrendo pouco a pouco entre tantos espasmos e dores naquele duro leito da cruz, o vosso amado filho Jesus, sem lhe poder dar nem mesmo o menor dos confortos que se concedem na hora da morte até aos piores criminosos. E vos rogo pela agonia que vós, amorosa mãe, padecestes junto com o vosso Filho agonizante, e pela ternura que sentistes quando ele, desde a cruz, pela última vez vos falou, e de vós se despedindo vos deixou, com João, a todos nós por filhos, e vós, constante, em seguida o vistes baixar a cabeça e expirar; rogo-vos a me impetrardes a graça do vosso amor crucificado de viver e morrer crucificado a todas as coisas deste mundo, para viver somente para Deus em toda a minha vida, e assim chegar um dia a desfrutá-Lo face a face no paraíso.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Sexta dor: Descida de Nosso Senhor




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela sexta espada que vos atravessou ao verdes traspassado o doce Coração do vosso Filho, já morto, e morto por aqueles ingratos que nem mesmo depois da morte estavam fartos de torturá-lo. Por esta dor cruel, pois, que foi toda vossa, rogo-vos a me obterdes a graça de habitar no Coração de Jesus traspassado e aberto por mim; naquele Coração, digo, que é a doce cela de amor onde repousam todas as almas amantes de Deus, e onde eu vivendo não pense e nem ame outra coisa senão Deus. Virgem sacrossanta, vós o podeis fazer, de vós o espero.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Sétima dor: sepultamento de Nosso Senhor



De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela sétima espada que vos atravessou ao verdes em vossos braços o vosso Filho morto, já não jovial e cândido como o recebestes na estrebaria de Belém, mas ensanguentado, contundido, e lacerado por feridas que lhe haviam descoberto até os ossos: "Filho, dizendo então, "Filho, ao que te reduziu o amor?". E ao ser levado para o sepultarem quisestes acompanhá-lo também vós e ajeitá-lo no sepulcro com as vossas próprias mãos, até que, dando-lhe o último adeus, ali sepultado com o Filho deixastes o vosso coração amante. Por tantos martírios, pois, da vossa bela alma, impetrai-me vós, ó mãe do belo amor, o perdão das ofensas que cometi contra o meu amado Deus, das quais me arrependo de todo o coração: defendei-me vós nas tentações; assisti-me vós na hora da morte; a fim de que, salvo pelos méritos de Jesus e vossos, venha um dia por meio de vossa ajuda, depois deste infeliz exílio, a cantar no paraíso os louvores de Jesus e os vossos por toda a eternidade. Amém.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

V/ Rogai por nós, Virgem dolorosíssima.

R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:

Deus, em cuja paixão, segundo a profecia de Simeão, uma espada de angústia atravessou a dulcíssima alma da gloriosa Virgem e Mãe Maria, concede, propício, que nós, recordando-nos e venerando as suas dores, alcancemos o efeito salutar da vossa Paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

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