quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Novena em honra da Imaculada Conceição - Segundo Dia

O Filho de Deus, e ele tão somente, pode escolher 
a mãe a seu agrado. Deve-se ter por certo que a escolheu 
tal qual convinha a um Deus. Mas a um Deus puríssimo 
convinha uma Mãe isenta de toda a culpa.
Santo Afonso de Ligório



Orações Iniciais

V./ Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R./ Amém.

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo de vosso amor.

V./ Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R./ E renovareis a face da terra.

Oremos:

Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo: concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém

Oração Preparatória
para cada dia da Novena

Ó Virgem puríssima concebida sem pecado, fostes toda bela e sem mácula, desde o primeiro instante de vossa Conceição.
Gloriosa Maria, sois cheia de graça e Mãe de Deus, Rainha dos Anjos e dos homens.
Eu vos venero como Mãe do meu Salvador, que, sendo Deus, quis ensinar-me que honras e homenagens vos devo render, pela estima, o respeito e a submissão que teve a nós. Dignai-vos aceitar o oferecimento que vos faço desta Novena.
Sois o mais seguro asilo para os pecadores penitentes, e, por isso, recorro a vós. Sois Mãe de misericórdia e não podereis deixar de ter compaixão ante as minhas misérias! Depois de Jesus Cristo, sois toda a minha esperança. Aceitai, pois, a terna confiança que tenho em vós e tornai-me digno de ser chamado vosso filho, a fim de que possa, com ainda mais confiança, vos dizer:

"Ó Maria, manifestai que sois minha Mãe!"

(Reza-se nove vezes a Ave Maria, um Glória ao Pai 
e a Oração própria de cada dia da Novena.)

Segundo Dia

Ó Maria, lírio imaculado de pureza, eu me congratulo convosco, porque desde o primeiro instante da vossa Conceição fostes cheia de graça e além disto Vos foi conferido o perfeito uso da razão. Dou graças e adoro a Santíssima Trindade, que Vos concedeu tão sublimes dons; e me confundo totalmente na Vossa presença ao ver-me tão pobre de graça; Vós que de graça celeste fostes tão copiosamente enriquecida, reparti-a com a minha alma e fazei-me participante dos tesouros que começastes a possuir em Vossa Imaculada Conceição. Amém.

(Em seguida reza-se o seguinte Responsório
e a Ladainha de Nossa Senhora.)

Responsório em honra
da Imaculada Conceição

V./ Ó Maria, sois toda formosa.
R./ Ó Maria, sois toda formosa.

V./ E em vós não há mácula original
R./ E em vós não há mácula original

V./ Vós sois a glória de Jerusalém.
R./ A alegria de Israel.

V./ Sois a honra de nosso povo.
R./ A advogada dos pecadores.

V./ Ó Maria!
R./ Ó Maria!

V./ Virgem prudentíssima.
R./ Mãe clementíssima.

V./ Rogai por nós.
R./ Intercedei por nós a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ladainha de Nossa Senhora 


Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R./ Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos
R./ Cristo, atendei-nos

Deus, Pai do céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, 
Santa Virgem das virgens, 
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça, 
Mãe puríssima, 
Mãe castíssima, 
Mãe imaculada,
Mãe intemerata,
Mãe amável,
Mãe admirável, 
Mãe do bom conselho, 
Mãe do Criador, 
Mãe do Salvador, 
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável, 
Virgem poderosa, 
Virgem clemente, 
Virgem fiel,
Espelho de Justiça, 
Sede da sabedoria, 
Causa da nossa alegria, 
Vaso espiritual, 
Vaso digno de honra,
Vaso insigne de devoção, 
Rosa mística, 
Torre de David, 
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores, 
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos Anjos, 
Rainha dos Patriarcas,
Rainha dos Profetas,
Rainha dos Apóstolos,
Rainha dos Mártires,
Rainha dos Confessores,
Rainha das Virgens,
Rainha de todos os Santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ ouvi-nos,Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ tende piedade de nós.

V./ Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R./ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Oremos: Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, sejamos livres da tristeza do século e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Depois do Responsório e da Ladainha, conclui-se a
Novena com as seguintes orações:

V./ Na vossa Conceição, ó Virgem, fostes imaculada.
R./ Rogai por nós ao Pai, cujo Filho destes à luz.

Orações finais

Oremos:

Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem Maria preparastes ao vosso Filho uma digna morada: nós vos rogamos que, pois em virtude da previsão da morte do vosso mesmo Filho a preservastes de toda a mancha, também nos concedais pela sua intercessão que, purificados de todo o pecado, cheguemos a vossa divina presença.

Pelo Papa

Ó Deus, que sois o Pastor e governador soberano de todos os fiéis, olhai propício para o vosso servo N., que quisestes dar à vossa Igreja para governar como Pastor; concedei-lhe, vos pedimos, a graça de edificar com a palavra e exemplo aos que governa: a fim de que ele, juntamente com o rebanho que lhe foi confiado. chegue à vida eterna.

Pelas necessidades dos fiéis

Ó Deus , nosso refúgio e nossa força, atendei benigno aos piedosos rogos de vossa Igreja, Vós, que sois o próprio autor da piedade; e fazei que consigamos eficazmente o que pedimos com confiança. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém
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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Novena em honra da Imaculada Conceição - Primeiro Dia

"No mistério da Imaculada Conceição, quantos auxílios eficazes encontramos, em sua própria fonte, para conservar as virtudes e as praticar como convém!"
São Pio X


Orações Iniciais

V./ Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R./ Amém.

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo de vosso amor.

V./ Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R./ E renovareis a face da terra.

Oremos:

Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo: concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém

Oração Preparatória
para cada dia da Novena

Ó Virgem puríssima concebida sem pecado, fostes toda bela e sem mácula, desde o primeiro instante de vossa Conceição.
Gloriosa Maria, sois cheia de graça e Mãe de Deus, Rainha dos Anjos e dos homens.
Eu vos venero como Mãe do meu Salvador, que, sendo Deus, quis ensinar-me que honras e homenagens vos devo render, pela estima, o respeito e a submissão que teve a nós. Dignai-vos aceitar o oferecimento que vos faço desta Novena.
Sois o mais seguro asilo para os pecadores penitentes, e, por isso, recorro a vós. Sois Mãe de misericórdia e não podereis deixar de ter compaixão ante as minhas misérias! Depois de Jesus Cristo, sois toda a minha esperança. Aceitai, pois, a terna confiança que tenho em vós e tornai-me digno de ser chamado vosso filho, a fim de que possa, com ainda mais confiança, vos dizer:

"Ó Maria, manifestai que sois minha Mãe!"

(Reza-se nove vezes a Ave Maria, um Glória ao Pai 
e a Oração própria de cada dia da Novena.)

Primeiro Dia

Eis-me aos vossos pés, ó Virgem Imaculada. Alegro-me convosco por terdes sido escolhida, desde toda a eternidade, como Mãe do Verbo Eterno e preservada da culpa original.
Dou graças e louvo a Santíssima Trindade por vos ter enriquecido com esses gloriosos privilégios no dia de vossa Conceição. E suplico humildemente que me obtenhais a graça de vencer os infelizes efeitos do pecado original. Que eu possa triunfar, por vossa intercessão, e jamais deixar de amar ao meu Deus.

(Em seguida reza-se o seguinte Responsório
e a Ladainha de Nossa Senhora.)

Responsório em honra
da Imaculada Conceição

V./ Ó Maria, sois toda formosa.
R./ Ó Maria, sois toda formosa.

V./ E em vós não há mácula original
R./  E em vós não há mácula original

V./ Vós sois a glória de Jerusalém.
R./A alegria de Israel.

V./ Sois a honra de nosso povo.
R./ A advogada dos pecadores.

V./ Ó Maria!
R./ Ó Maria!

V./ Virgem prudentíssima.
R./ Mãe clementíssima.

V./ Rogai por nós.
R./ Intercedei por nós a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ladainha de Nossa Senhora 


Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R./ Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos
R./ Cristo, atendei-nos

Deus, Pai do céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, 
Santa Virgem das virgens, 
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça, 
Mãe puríssima, 
Mãe castíssima, 
Mãe imaculada,
Mãe intemerata,
Mãe amável,
Mãe admirável, 
Mãe do bom conselho, 
Mãe do Criador, 
Mãe do Salvador, 
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável, 
Virgem poderosa, 
Virgem clemente, 
Virgem fiel,
Espelho de Justiça, 
Sede da sabedoria, 
Causa da nossa alegria, 
Vaso espiritual, 
Vaso digno de honra,
Vaso insigne de devoção, 
Rosa mística, 
Torre de David, 
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores, 
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos Anjos, 
Rainha dos Patriarcas,
Rainha dos Profetas,
Rainha dos Apóstolos,
Rainha dos Mártires,
Rainha dos Confessores,
Rainha das Virgens,
Rainha de todos os Santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ ouvi-nos,Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, 
R./ tende piedade de nós.

V./ Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R./ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Oremos: Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, sejamos livres da tristeza do século e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Depois do Responsório e da Ladainha, conclui-se a
Novena com as seguintes orações:

V./ Na vossa Conceição, ó Virgem, fostes imaculada.
R./ Rogai por nós ao Pai, cujo Filho destes à luz.

Orações finais

Oremos:

Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem Maria preparastes ao vosso Filho uma digna morada: nós vos rogamos que, pois em virtude da previsão da morte do vosso mesmo Filho a preservastes de toda a mancha, também nos concedais pela sua intercessão que, purificados de todo o pecado, cheguemos a vossa divina presença.

Pelo Papa

Ó Deus, que sois o Pastor e governador soberano de todos os fiéis, olhai propício para o vosso servo N., que quisestes dar à vossa Igreja para governar como Pastor; concedei-lhe, vos pedimos, a graça de edificar com a palavra e exemplo aos que governa: a fim de que ele, juntamente com o rebanho que lhe foi confiado. chegue à vida eterna.

Pelas necessidades dos fiéis

Ó Deus , nosso refúgio e nossa força, atendei benigno aos piedosos rogos de vossa Igreja, Vós, que sois o próprio autor da piedade; e fazei que consigamos eficazmente o que pedimos com confiança. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém


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As Sete Portas do Inferno - Sétima Porta

Sétima Porta do Inferno
O Espiritismo


O espiritismo consiste em pretensas ou verdadeiras comunicações com os espíritos do outro mundo, ou as almas dos defuntos, para descobrir coisas secretas relativas a esta ou à outra vida.
Digo comunicações pretensas, supostas, porque é sabido que grande número de médiuns, isso é, de pessoas de que se servem os espíritos para receberem as respostas dos espíritos ou das almas, os profissionais Do espiritismo, têm sido convencidos de fraude. Noventa por cento pelo menos dos casos de comunicações espíritas são vergonhosas trapaças.
Digo, em segundo lugar, comunicações verdadeiras, porque sábios verdadeiros e conscienciosos têm verificado a verdade de certas comunicações, de sorte que forçoso é admitir que nem tudo é fraude.
Por conseguinte, às vezes há espíritos que se comunicam. A questão é esta: a que espíritos devem ser atribuídas estas comunicações? Em outras palavras: quem é o espírito que se manifesta? Não são almas dos defuntos. O dogma católico admite, para as almas que passaram os umbrais da eternidade, dois estados definitivos e um intermediário, mas passageiro. Ou elas estão no inferno, ou no céu, ou no purgatório. Ora, em qualquer estado destes em que elas se achem, não está na possibilidade delas aparecerem a quem as evoca. As do inferno estão presas pela corrente da justiça divina, que fixou a sua desgraçada sorte para a eternidade e deste horrendo calabouço, de que os demônios são guardas, elas não podem sair, senão em caso muito extraordinário, por especial providência de Deus. As que estão no céu, no purgatório, estão em perfeita conformidade à vontade de Deus, e, portanto, nunca elas se manifestam senão por fins altíssimos, dignos da infinita sabedoria de Deus, como auxiliar com preces e santos sacrifícios essas almas, ou converter algum pecador. A regra geral que Deus tem estabelecido para as almas que passam desta para a outra vida é que: “o espírito vai e não volta.”
Não são as almas que se manifestam. É o demônio. A prova é que na maioria dos casos estas comunicações tendem ao erro e à falsidade, que é o caráter próprio daquele que tem o título “pai da mentira”. Sem dúvida, há às vezes algumas verdades enunciadas, mas é para mais facilmente induzir ao erro. Assim dirão que há purgatório, mas que não há inferno — que fulano está no inferno, mas que a condenação não é eterna. Outras vezes são respostas ambíguas e contraditórias. Para um católico não pode haver dúvida, é o demônio. Acrescentemos o que em mais de uma circunstância se tem dado; e é que se algum dos circunstantes se acha munido de água benta, um crucifixo, uma medalha, o espírito ou fica mudo ou dá respostas incoerentes.
Vejamos, aliás, quais as consequências resultantes do espiritismo, para mais vermos
a intervenção diabólica, porque pelos efeitos melhor se conhece a causa. Uma das consequências que mais avultam é a loucura. É um fato notório. O diretor do Hospício dos Alienados Pedro II, no Rio, declarou, há anos passados, que sessenta e cinco por cento dos alienados eram vítimas do espiritismo.
Que dizer do suicídio? Quem ignora que os tenha havido e só motivados por esta causa? Quantos desgraçados entre estes cegos a quem Satanás leva pelo cabresto até esta última cegueira! Quanto às imoralidades praticadas muitas vezes em certas reuniões espíritas, delas nem convêm falar. Há outras consequências, doutra ordem mais transcendente e é que o espiritismo impele seus adeptos à heresia e ao erro. É principalmente entre os espíritas que se encontram os que negam a divindade de Jesus Cristo, da confissão, da Igreja; os que ridicularizam as práticas religiosas, aprovam o ensino ateu.
Basta! Fica claro e evidente que as pessoas que se entregam a estas práticas cometem   pecado   mortal   não   só   porque desobedecern à Igreja, que as proíbe, mas também porque procuram põe-se em comunicação com o espírito das trevas, o inimigo de
Deus, o que é proibido pela Sagrada Escritura : “Entre ti não se achará... quem pergunte a um espírito divinatório nem aos mortos.”  (Deut  18, II).
Os espíritas são hereges porque negam verdades reveladas e aderem a erros condenados, renunciando, desta arte, ao título de católicos. Estão fora da Igreja; se não renunciarem a estas práticas não se salvam.

A Oração

Há um inferno, suplícios eternos. É horroroso, mas é certo. A porta do inferno é o pecado mortal. Há também um céu, morada de Deus, mansão dos anjos e santos, uma glória,  uma   felicidade   eternas.   A chave de ouro do céu é a oração. Quereis evitar o inferno, merecer o céu, é absolutamente necessário REZAR...

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Que Religião é Esta?


Numa breve alocução perante uma “audiência inter-religiosa”, a 3 de Novembro, no Vaticano, Francisco falou sobre “o tema da misericórdia”, mas não fez referência alguma a Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei da Misericórdia, o único Salvador misericordioso da humanidade, nem fez referência alguma aos Sacramentos da Igreja que Cristo instituiu, precisamente para dar a Sua misericórdia aos homens de boa vontade.

Aludindo vagamente à “mensagem cristã”, enquanto não dizia absolutamente nada sobre a graça do arrependimento que deve anteceder a graça da justificação nem sobre a regeneração da alma do homem caído, Francisco delineou, em vez disso, um conceito de misericórdia que parece ser desenhado para se acomodar a toda e qualquer coisa a que se chame religião.

A Misericórdia – disse Francisco – não é o perdão do pecado que Deus concede através do Batismo ou da absolvição, no confessionário, de um pecador arrependido, da maneira que Cristo ordenara quando deu Autoridade à Sua Santa Igreja (cf. João 20:23). Pelo contrário – opinou ele – “o mistério da misericórdia não é para ser celebrado só por palavras, mas sobretudo por atos, por um modo de vida verdadeiramente misericordioso marcado pelo amor desinteressado, pelo serviço fraterno e pela partilha sincera.”

O que é que tudo isto tem a ver com a Misericórdia Divina para com o pecador que se arrepende e regressa a Deus – que foi alegadamente o tema do Ano da Misericórdia, agora a terminar? Em vez disso, a alocução parece confundir a Misericórdia Divina com atos humanos de bondade, privados de qualquer tipo de graça sobrenatural.

E na verdade é isso mesmo – porque Francisco continua, dizendo que “A Igreja cada vez mais quer adotar este modo de vida, como parte também do seu ‘dever de fomentar a unidade e a caridade’ entre todos os homens e mulheres…” A Igreja é apresentada como uma organização que só há pouco começou a descobrir inteiramente o que significa a misericórdia! Significa, segundo Francisco, um “modo de vida” – e de novo sem referência à Misericórdia Divina para com os pecadores arrependidos.

A Misericórdia como um “modo de vida” – em vez de ser uma ação de Deus para com um pecador – é algo que qualquer pessoa, seja qual for a sua crença, pode possuir. Assim – diz Francisco – “[a]s religiões também são chamadas a este modo de vida, seja de que maneira for, particularmente no nosso tempo, como mensageiras da paz e construtoras da comunhão, e para proclamar, em oposição a todos aqueles que semeiam conflito, divisão e intolerância, que o nosso tempo é de fraternidade.”

-Reparem bem: “As religiões” são referidas indiferentemente, como se estivessem todas em pé de igualdade quanto à qualidade da misericórdia, que é reduzida, na sua essência, ao trabalho social e à fraternidade.

Continuando o seu refrão indiferentista e panreligioso, Francisco declara que a “misericórdia” como ele a define – citando-se a si mesmo – é aquela qualidade que “está mais aberta ao diálogo, pela qual se podem conhecer e compreender melhor uns aos outros; que elimina todas as formas de mentalidade fechada e falta de respeito; e que expulsa todas as formas de violência e discriminação (Misericordiae Vultus, 23). Isto é agradável a Deus e constitui uma tarefa urgente, respondendo não só às necessidades atuais mas sobretudo ao chamamento do amor que é a alma de toda a religião autêntica.”

Não há aqui uma única palavra sobre a graça sobrenatural da Caridade, obtida e mantida através dos Sacramentos instituídos por Cristo, nem sobre a ação Divina inerente à misericórdia de Deus assim obtida. Pelo contrário, vemos outra vez só um apelo às boas obras, apresentadas como a “alma de toda a religião autêntica.”

Além disso, Francisco declara – citando-se outra vez a si mesmo – que a “misericórdia” significa também a prática da conservação ambiental:

“A Misericórdia alarga-se também ao Mundo ao nosso redor, nosso lar comum, que somos chamados a proteger e a preservar do consumo desenfreado e voraz. É necessário o nosso compromisso para alcançarmos uma educação na sobriedade e no respeito, para um modo de vida mais simples e ordenado, onde os recursos da Criação sejam aproveitados com sabedoria e moderação, com solicitude para com a humanidade como um todo e para com as gerações vindouras, e não apenas para com os interesses do nosso grupo particular e os benefícios do momento presente. Hoje em especial, ‘a gravidade da crise ecológica exige que todos nós consideremos o bem comum, embarcando pelo caminho do diálogo que requer paciência, autodisciplina e a generosidade’” (Laudato Si’, 201).

Pelos vistos, a “religião autêntica” alarga-se agora para incluir não só a única Religião que Deus instituiu, como também todas as religiões e qualquer uma delas cujos membros fazem o bem, incluindo o cuidar do ambiente. A “Misericórdia” assim definida seria então um elemento – segundo Francisco – de praticamente todas as religiões que advogam as boas obras:

“O tema da misericórdia é conhecido em muitas tradições religiosas e culturais, onde a compaixão e a não-violência são elementos essenciais que apontam para um modo de vida; como diz um provérbio antigo: ‘a morte é dura e rígida, a vida é macia e flexível’ (Tao-Te-Ching, 76). Inclinar-se, com amor compassivo, diante dos fracos e necessitados faz parte do espirito autêntico da religião, que recusa a tentação de recorrer ao uso da força, que recusa jogar com as vidas humanas e considera os outros como irmãos e irmãs, e nunca meras estatísticas. Aproximar-se de todos aqueles que estão a viver situações que clamam pela nossa ajuda, tais como a doença, a incapacidade, a pobreza, a injustiça e o rescaldo de conflitos e migrações: isto é um apelo que brota do coração de todas as genuínas tradições religiosas. É o eco da voz de Deus que se ouve na consciência de todas as pessoas, chamando-as – a ele ou a ela – a rejeitar o egoísmo e a estarem abertas…”

Quando Francisco finalmente chega a mencionar a Misericórdia Divina, parece pôr o perdão de Deus para os nossos pecados à disposição de qualquer pessoa que pratique a misericórdia a um nível humano, independentemente de implicar ou não um ato de Caridade sobrenatural motivado pela Divina Graça:

 “Como isto é importante, quando consideramos o receio, hoje muito difundido, de que é impossível sermos perdoados, reabilitados e redimidos das nossas debilidades! Para nós, Católicos, entre os ritos mais significativos do Ano Santo, há o de passarmos com humildade e confiança através da porta – a Porta Santa – para nos encontrarmos inteiramente reconciliados pela misericórdia de Deus, que nos perdoa as nossas transgressões. Mas isso exige que nós também perdoemos àqueles que transgridem contra nós (cf. Mt. 6:12), que perdoemos aos irmãos e irmãs que nos têm ofendido. Recebemos o perdão de Deus para o partilharmos com os outros. O perdão é, sem dúvida, o maior dom que podemos dar aos outros, porque é o mais custoso. No entanto, ao mesmo tempo, é ele que nos faz mais semelhantes a Deus.”

Mas, como a Igreja ensinou sempre, no homem caído, a imago Dei – a semelhança de Deus – só pode restaurar-se mediante a graça da justificação, que se segue à graça do arrependimento do pecado cometido. E os meios ordinários da justificação são o Batismo e, depois do Batismo, a absolvição do pecado mortal por meio da Confissão – sobre a qual Francisco não teve nada a dizer a uma audiência desesperadamente necessitada do auxílio que só a Igreja que Cristo instituiu lhes poderia dar.

É assim que a Fé Católica – a Única e Verdadeira Religião divinamente revelada – se vai esbatendo até uma insignificância, no grande esquema da “religião autêntica” que se reduz às boas obras e ao perdão para com os outros sem qualquer obrigação de aderir à Verdade revelada, nem de aproveitar dos Sacramentos divinamente instituídos, nem sequer, na verdade, de professar qualquer crença religiosa. Os Católicos podem reconciliar-se ao seu modo Católico (-Decerto não é só por passarem por uma Porta Santa com humildade e confiança!), mas qualquer pessoa que perdoa, simplesmente a nível humano, atinge já a semelhança divina.

Enfatizando ainda mais o seu objetivo, para que ninguém o perdesse, Francisco conclui declarando: “-Que sejam as religiões seios de vida, comunicando o amor misericordioso de Deus a uma humanidade ferida e necessitada; -Que elas sejam portas de esperança que ajudem a atravessar os muros levantados pelo orgulho e o receio.” Todas as religiões “comunicam o amor misericordioso de Deus”, não importando os erros ou superstições que elas envolvam. Tudo o que importa, segundo Francisco, é que os seus membros ensinem o perdão e a fraternidade para com os outros e cuidem do ambiente.

Referindo-se ao desastre recente da visita do Papa à Suécia para “comemorar” a Rebelião Protestante lançada por Lutero, o respeitado e erudito Católico Tradicional Roberto de Mattei observou: “o que subiu à superfície no dia 31 de Outubro em Lund, durante o encontro ecumênico entre o Papa Francisco e a Federação Mundial Luterana parece ser uma nova religião.”

-Uma religião nova, na realidade. E não é certamente a Religião da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, instituída por Deus Encarnado. Veja-se o que o Papa Pio XI advertiu sobre aqueles que abraçassem o “movimento ecumênico” então nascente, com as suas reuniões pancristãs:

 “Não há dúvida de que estas iniciativas não podem, de modo algum, ser aprovadas pelos Católicos, pois elas fundamentam-se na falsa opinião dos que julgam que quaisquer religiões são mais ou menos boas e louváveis, pois, embora não de uma única maneira, elas alargam e significam de igual modo aquele sentido inato e natural em nós, pelo qual somos levados para Deus e reconhecemos obsequiosamente o seu império.  Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta opinião: pervertendo o conceito da verdadeira Religião, eles repudiam-na e inclinam-se gradualmente para o chamado Naturalismo e para o Ateísmo. Daí vem claramente que, quem concorda com os que seguem essas teorias e as põem em prática afasta-se inteiramente da Religião divinamente revelada.”

Como o elemento humano da Igreja tem vindo a aceitar e a participar em espetáculos que não só são pancristãos, como também panreligiosos, tais como esta alocução de Francisco, podemos considerar a advertência de Pio XI uma profecia cumprida, bem como a profecia que indubitavelmente está contida no texto completo do Terceiro Segredo de Fátima.

Por: Christopher A. Ferrara

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