quarta-feira, 1 de julho de 2020

Mês do Preciosíssimo Sangue de Cristo


   Iniciamos hoje o mês de julho com a festa do Preciosíssimo Sangue, a Igreja dedica este mês para meditarmos sobre o sangue Preciosíssimo de Jesus. Por isso uma devoção que nos ajudará muito nesse mês é a ladainha em honra ao Preciosíssimo Sangue.

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos.
Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos.
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.
Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos.
Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos.
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos.
Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos.
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.

V. Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.

Oremos:

Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja.
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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Padre Pio e os Anjos da Guarda


Durante sua vida Padre Pio sempre ensinou a seus filhos espirituais a importância do Anjo da guarda, e sempre aconselhava invocá-lo constantemente. Ele era tão íntimo dos anjos que chegou a dizer: “ É inútil que me escrevas, porque eu não posso lhe responder. Envie-me seu Anjo da guarda sempre, e eu farei tudo." Em outra ocasião disse ele a um de seus filhos espirituais: “ Envie-me seu Anjo da guarda, porque ele não paga ingresso no trem e nem consome seus sapatos."

Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anitta, ele oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.

Querida filha de Jesus:

Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. Que Maria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.

Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.

Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.

É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.

Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…!

Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.

No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se una a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes:

“Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim.”

Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.

E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.

Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas.

Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.

Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.

Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.

Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.

Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.

Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.

Padre Pio
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domingo, 29 de setembro de 2019

Padre Pio e São Miguel



A devoção de Padre Pio ao Arcanjo São Miguel foi notável durante toda a sua vida. Padre Pio foi ao Monte Santo Anjo em 1º de julho de 1917 para visitar o Arcanjo São Miguel, na ocasião de uma viagem com os moços do seminário seráfico. A devoção ao príncipe dos anjos era constantemente cultivada pelo frade. Ele falou de São Miguel às almas com certa frequência, exortando-as a recorrer a ele sempre durante as tentações.

Os peregrinos, que iam a San Giovanni Rotondo e ficaram lá por vários dias, eram incentivados a ir ao Monte Santo Anjo para venerar São Miguel. Para muitos, ele até impôs, após a confissão, como penitência sacramental, uma visita ao príncipe das hostes celestes, para por sob sua proteção a própria alma e pedindo ajuda para vencer sempre o diabo e a ilusão do pecado. Além disso, Padre Pio sempre exortou todos aqueles que ele enviou ao Monte Santo Anjo para que rezassem a São Miguel uma oração cuidadosa por ele.


O estigmatizado de Gargano também era muito dedicado ao anjo da guarda. E, ao mesmo tempo, ele inculcou uma atitude reverente em relação a esse guardião que o Senhor nos deu como companheiro por toda a vida. Bem ciente do que o anjo da guarda faz pelas almas, especialmente nos momentos em que as tentações são violentas e preocupantes, Padre Pio recomendou aos filhos espirituais uma grande devoção e oração ao santo anjo, companheiro invisível de nossa peregrinação terrena. Padre Pio exortou as almas que se aproximavam dele a terem grande devoção a esse anjo benéfico, sem nunca esquecê-lo, tendo-o sempre diante de seus olhos, rezando com assiduidade, também porque ele está sempre pronto para ouvir, e mais ainda sempre pronto para consolar. Este mensageiro celestial, este companheiro inseparável, este anjo que nos beneficia em toda prova, diz Padre Pio, "ele está sempre conosco, ele nunca nos abandona: se faz nosso escudo contra os ataques que os inimigos de nossa salvação eterna lançam continuamente.

Fonte: padrepio.it Tradução: Padre Pio Blog.


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sexta-feira, 12 de abril de 2019

ROSÁRIO DAS DORES DE MARIA



V/ Ó Deus vinde em meu auxílio.
R/ Apressai-vos, Senhor, em socorrer-me.

V/ Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
R/ Assim como era no princípio, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Amém.

Minha Mãe, fazei com que meu coração acompanhe a tua dor na morte de Jesus.

Primeira dor: Profecia de Simeão




De vós me compadeço, ó mãe aflita, pela primeira espada de dor que vos atravessou quando no templo, por meio de Simeão, foram-vos descritas todas a torturas que haveriam de aplicar os homens ao vosso amado Jesus, e que vós bem conhecíeis das divinas Escrituras, até fazê-lo morrer diante de todos os olhos pendurado num lenho infame, ensaguentado e por todos abandonado, sem poderdes defender ou ajudá-lo. Por aquela penosa memória, pois, que por tantos anos vos afligiu o coração, rogo-vos, minha rainha, a impetrar-me a graça de que eu sempre em vida e em morte guarde impressa no coração a Paixão de Jesus e as vossas dores.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.
(como acima a estrofe sempre repete).

Segunda dor: Fulga para o Egito 




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela segunda espada que vos atravessou, ao ver o vosso Filho inocente que acabava de nascer perseguido a fim de o matarem por aqueles mesmos homens pelos quais ele viera ao mundo, de modo que foste obrigada de noite e às escuras a escondê-lo ao Egito. Pelas tantas labutas, pois, que vós, delicada donzela, em companhia do vosso Filho exilado sofrestes na longa e cansativa viagem por regiões desertas e árduas na estadia no Egito, onde, desconhecidos e estrangeiros, vivestes por todos aqueles anos pobres e desprezados, rogo-vos, amada Senhora minha, a me impetrardes a graça de sofrer com paciência em vossa companhia até a morte as labutas desta miserável vida, a fim de que possa na outra escapar das labutas eternas do inferno, por mim merecidas.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Terceira dor: Perda do Menino Jesus no Templo




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela terceira espada que vos feriu da perda do vosso caro filho Jesus, que havendo permanecido por três dias longe de vós em Jerusalém, imagino que vós, quando destes pela falta do vosso amor e não entendestes o motivo de sua ausência, não repousastes naquelas noites, e outra coisa não fizestes que suspirar por aquele que era todo o vosso bem. Pelos suspiros, pois, daqueles três demasiado longos e amargos dias, rogo-vos que me impetreis a graça de não perder jamais o meu Deus, a fim de que abraçado a Deus viva para sempre, e deste modo parta do mundo na hora da minha morte.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Quarta dor: o encontro com Jesus carregando a cruz




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela quarta espada que vos atravessou, ao verdes o vosso Jesus, condenado à morte, preso por corda e correntes, coberto de sangue e chagas, coroado por um feixe de espinhos, caindo por terra sob a pesada cruz que carregava sobre as costas chagadas, ir como um cordeiro inocente para morrer por amor de nós. Bateram-se então os vossos olhos, e tornaram-se os vossos olhares inúmeras setas cruéis com que vos feristes um ao outro os corações amantes. Por esta grande dor, pois, rogo-vos a me impetrardes a graça de, todo resignado à vontade do meu Deus, carregar alegremente a minha cruz em companhia de Jesus até o último fôlego da minha vida.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Quinta dor: contempla Jesus crucificado 




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela quinta espada que vos atravessou quando sobre o monte do Calvário tínheis diante de vossos olhos, morrendo pouco a pouco entre tantos espasmos e dores naquele duro leito da cruz, o vosso amado filho Jesus, sem lhe poder dar nem mesmo o menor dos confortos que se concedem na hora da morte até aos piores criminosos. E vos rogo pela agonia que vós, amorosa mãe, padecestes junto com o vosso Filho agonizante, e pela ternura que sentistes quando ele, desde a cruz, pela última vez vos falou, e de vós se despedindo vos deixou, com João, a todos nós por filhos, e vós, constante, em seguida o vistes baixar a cabeça e expirar; rogo-vos a me impetrardes a graça do vosso amor crucificado de viver e morrer crucificado a todas as coisas deste mundo, para viver somente para Deus em toda a minha vida, e assim chegar um dia a desfrutá-Lo face a face no paraíso.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Sexta dor: Descida de Nosso Senhor




De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela sexta espada que vos atravessou ao verdes traspassado o doce Coração do vosso Filho, já morto, e morto por aqueles ingratos que nem mesmo depois da morte estavam fartos de torturá-lo. Por esta dor cruel, pois, que foi toda vossa, rogo-vos a me obterdes a graça de habitar no Coração de Jesus traspassado e aberto por mim; naquele Coração, digo, que é a doce cela de amor onde repousam todas as almas amantes de Deus, e onde eu vivendo não pense e nem ame outra coisa senão Deus. Virgem sacrossanta, vós o podeis fazer, de vós o espero.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

Sétima dor: sepultamento de Nosso Senhor



De vós me compadeço, minha mãe aflita, pela sétima espada que vos atravessou ao verdes em vossos braços o vosso Filho morto, já não jovial e cândido como o recebestes na estrebaria de Belém, mas ensanguentado, contundido, e lacerado por feridas que lhe haviam descoberto até os ossos: "Filho, dizendo então, "Filho, ao que te reduziu o amor?". E ao ser levado para o sepultarem quisestes acompanhá-lo também vós e ajeitá-lo no sepulcro com as vossas próprias mãos, até que, dando-lhe o último adeus, ali sepultado com o Filho deixastes o vosso coração amante. Por tantos martírios, pois, da vossa bela alma, impetrai-me vós, ó mãe do belo amor, o perdão das ofensas que cometi contra o meu amado Deus, das quais me arrependo de todo o coração: defendei-me vós nas tentações; assisti-me vós na hora da morte; a fim de que, salvo pelos méritos de Jesus e vossos, venha um dia por meio de vossa ajuda, depois deste infeliz exílio, a cantar no paraíso os louvores de Jesus e os vossos por toda a eternidade. Amém.

Pai nosso, Ave Maria, Glória, etc.
Minha Mãe, etc.

V/ Rogai por nós, Virgem dolorosíssima.

R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:

Deus, em cuja paixão, segundo a profecia de Simeão, uma espada de angústia atravessou a dulcíssima alma da gloriosa Virgem e Mãe Maria, concede, propício, que nós, recordando-nos e venerando as suas dores, alcancemos o efeito salutar da vossa Paixão. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

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domingo, 1 de outubro de 2017

Outubro: o mês do Rosário


Em 7 de outubro de 1571, há 430 anos atrás, a Armada Católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto, onde D. João d’Áustria mandou hastear o estandarte enviado pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos” e deu a ordem de batalha contra os muçulmanos, seguidores de Maomé, os quais, liderados pelo Pachá Ali, pareciam, a princípio, estar levando a melhor, por serem em maior número e pela estrategia adotada. Após 10 horas de batalha, houve o prodigioso evento: de repente e de maniera inexplicável, tendo em vista a situação de quase vitória dos inimigos de Cristo, da Igreja e do Ocidente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada... Mais tarde, alguns muçulmanos, prisioneiros de guerra, confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir. Ao verem os muçulmanos em fuga, os Cristão renovaram as forças e reverteram o resultado da batalha: 13 navios inimigos foram capturados e mais de 90 afundados ou incendiados, quase 9.000 muçulmanos foram capturados e 25.000 morreram. As perdas Católicas foram bem menores: 8.000 bravos soldados e apenas 17 navios. 

Enquanto isto, a Cristandade em peso rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. O Papa São Pio V, em Roma, pedia aos Católicos que redobrassem as preces e foi atendido. Formaram-se Confrarias do Rosário que promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da Armada Católica. O Pontífice, grande devoto do Rosário, teve, no momento em que a batalha chegava a seu desfecho milagroso, uma visão sobrenatural, em que viu a vitória da Armada Católica e, imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para quem estava com ele e exclamou: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”. A confirmação da visão veio, efetivamente, apenas na noite do dia 21 de outubro, quando o aviso escrito chegou a Roma. Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação 'Auxílio dos Cristãos' na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário. 

Batalha de Lepanto

Com o objetivo de deixar gravado para sempre que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o Senado Veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).


Recomendação de muitos Papas:

Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).

Leão XIII: “Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper Expectatione, de 8 de setembro de 1894).

São Pio X: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.

Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla  a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências apostólicas”.

Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis [em italiano - ainda não foi traduzida oficialmente para o português],  de 29 de setembro de 1937).

Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).


São Domingos e o Rosário:

São Domingos, inspirado pelo Espírito Santo, pregou todo o resto de sua vida o Santo Rosário, com o exemplo e a palavra, nas cidades e nos campos, ante os grandes e os pequenos, ante sábios e ignorantes, ante católicos e hereges. O santo Rosário que ele rezava todos os dias, era sua preparação para pregar e sua ação de graças depois de ter pregado. Quando o Santo, no dia de São João Evangelista, na Catedral de Notre Dame de Paris, estava rezando o Santo Rosário numa capela, atrás do altar-mór, para preparar-se para a pregação, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e lhe disse:
- "Domingos, ainda que o que tens preparado para a pregação seja bom, eis aqui, não obstante, um sermão muito melhor que Eu te trago".
São Domingos recebe de Suas mãos o livro onde estava o sermão, o lê, o saboreia, o compreende, dá graças por ele à Santíssima Virgem.

Chega a hora do sermão, se afervora e depois de não ter dito em louvor de São João Evangelista outra coisa senão que havia merecido ser guardião da Rainha do Céu, disse a toda assistência de grandes e doutores que tinham ido ouvi-lo, e que estavam habituados a discursos floridos, que não lhes falaria com palavras da sabedoria humana, mas com a simplicidade e a força do Espírito Santo. E, efetivamente, lhes pregou o santo Rosário, explicando-lhes palavra por palavra, como a crianças, a saudação angélica, servindo-se de comparações muito simples que havia lido no papel que lhe dera a Santíssima Virgem.

O Bem-aventurado Alain afirma que seu Pai, São Domingos, lhe disse um dia em uma revelação:
- "Filho meu, tu pregas, mas para que não procures os louvores dos homens em vez da salvação das almas, escuta o que me aconteceu em Paris. Devia pregar na magnífica igreja dedicada à bem-Aventurada Maria e queria fazê-lo de um modo engenhoso, não por orgulho, mas pela influência e dignidade do auditório. Conforme meu costume, recitava o Rosário durante a hora que precedia meu sermão e tive um rapto. Vi a minha amada Senhora a Mãe de Deus, que, trazendo um livro me dizia: 'Domingos por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago-te aqui outro melhor'. Muito contente, peguei o livro, o li inteiro e, como Maria havia dito, compreendi bem que aquilo era o que convinha pregar. Agradeci a Ela de todo meu coração. Chegada a hora do sermão, tinha diante de mim a Universidade de Paris em massa e um grande número de Senhores. Eles viam e compreendiam os grandes sinais que pelo meu intermédio lhes fazia o Senhor. Subo ao púlpito. Era a festa de São João; porém de tal apóstolo me contentei apenas em dizer que mereceu ser escolhido para guardião da Rainha do Céu; assim falando depois ao meu auditório: 'Senhores e mestres ilustres, estais acostumados a escutar sermões elegantes e sábios, porém eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude'."

(O segredo admirável do Santíssimo Rosário, São Luís Maria G. de Montfort, Versão autônoma, p. 4-5)

Por prescrição do papa Leão XIII, do dia 1° de outubro até dia 2 de novembro, após a oração do Santo Terço deve ser rezada a Ladainha de Nossa Senhora.

Ladainha de Nossa Senhora

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe Imaculada,
Mãe intemerata,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem clemente,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso digno de honra,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de David,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos Anjos,
Rainha dos Patriarcas,
Rainha dos Profetas,
Rainha dos Apóstolos,
Rainha dos Mártires,
Rainha dos Confessores,
Rainha das Virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao Céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha da Paz,

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V/ Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R/ Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos. Senhor Deus, nós Vos suplicamos que concedais aos Vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da tristeza do século e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Aprenda a rezar o Terço clique aqui

Adptado de: Pale Ideas
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sábado, 16 de setembro de 2017

Martírio de Maria Santíssima ao pé da Cruz


Stabat autem iuxta crucem Iesu mater eius – “Estava ao pé da cruz de Jesus, sua Mãe” (Jo 19, 25)
Sumário. Do martírio de Maria sobre o Calvário, não é necessário dizer outra coisa senão o que diz São João: contempla-a vizinha à cruz à vista de Jesus moribundo, e depois, vê se há dor semelhante a sua dor. O que mais atormentou a nossa Mãe dolorosa, foi o ver que ela mesma com sua presença aumentava as aflições do Filho e que para grande parte dos homens o sangue divino seria causa de maior condenação. Se Jesus e Maria, apesar de inocentes, sofreram tanto por nosso amor, a nós, que merecemos mil infernos, não desagrade sofrer alguma coisa por amor deles e em satisfação por nossos pecados.

I. Admiremos uma nova espécie de martírio; uma Mãe condenada a ver morrer diante de seus olhos, no meio de bárbaros tormentos, um Filho inocente e amado com todo o afeto. Estava ao pé da cruz (de Jesus) sua Mãe. Como se São João dissesse: Não é necessário dizer outra coisa do martírio de Maria: contempla-a vizinha à cruz, à vista do Filho moribundo, e depois vê se há dor semelhante à sua dor.

Mas para que servia, ó Senhora, lhe diz São Boaventura, ires ao Calvário? Devia reter-vos o pejo, pois que o opróbrio de Jesus foi também o vosso, sendo vós sua mãe. Ao menos devia reter-vos o horror de tal delito, como ver um Deus crucificado pelas suas mesmas criaturas. Mas responde o mesmo Santo: Non considerabat cor tuum horrorem, sed dolorem. Ah! O vosso Coração não pensava no seu próprio sofrimento, mas na dor e na morte do amado Filho, e por isso, quisestes vós mesma assistir-Lhe, ao menos para Lhe mostrar a vossa compaixão.

Oh Deus! Que espetáculo doloroso era ver o Filho agonizante sobre a cruz e, ao pé da cruz, ver agonizar a Mãe, que sofria no coração todas as penas que o Filho padecia no corpo! – Eis aqui como a mesma Bem-aventurada Virgem revelou a Santa Brígida o estado lastimoso do seu Filho moribundo, conforme ela o presenciou:

“Estava meu amado Jesus na cruz, todo aflito e agonizante; os olhos estavam encovados e meio fechados e amortecidos; os lábios pendentes e a boca aberta; as faces descarnadas, pegadas aos dentes e alongadas; afilado o nariz, triste o rosto; a cabeça pendia-lhe sobre o peito; os cabelos estavam negros de sangue, o ventre unido aos rins; os braços e as pernas inteiriçadas e todo o resto do corpo coalhado de chagas e de sangue.”
Ó pobre de meu Jesus! Ó martírio cruel para o coração de uma mãe!

II. Quem se achasse então sobre o Calvário, diz São João Crisóstomo, teria visto dois altares, nos quais se consumavam dois grandes sacrifícios: um no corpo de Jesus, outro no coração de Maria. Mas melhor me parece, com São Boaventura, considerar ali um só altar, isto é, só a cruz do Filho, no qual, juntamente com a vítima do Cordeiro divino, é sacrificada também a Mãe. Por isso o Santo pergunta-lhe assim: O Domina, ubi stas? – “Ó Maria, onde estais?” Junto à cruz? Ah! Mais exatamente direi que estais na mesma cruz, a sacrificar-vos, crucificada juntamente com Jesus.

O que mais afligia a nossa Mãe dolorosa, era o ver que ela mesma, com a sua presença, aumentava as aflições do Filho, porquanto, como diz o mesmo santo Doutor, a mesma pena que enchia o Coração de Maria, transbordava para amargurar o Coração de Jesus; e Jesus padecia mais pela compaixão da Mãe, do que pelas suas próprias dores. Acresce que, lembrando-se Maria da profecia de Simeão, já desde então previu que os padecimentos de Jesus Cristo seriam, pela culpa dos homens, inúteis para grande parte deles, e ainda mais, causa de maior condenação: Ecce positus est hic in ruinam et resurrectionem multorum (1) – “Eis que este é posto para ruína e ressurreição de muitos”.

Roguemos à nossa divina Mãe, pelos merecimentos desta sua dor, que nos obtenha verdadeira dor dos nossos pecados e verdadeira emenda de vida, zelo fervoroso pela salvação das almas e uma terna compaixão dos sofrimentos de Jesus Cristo e pelas suas próprias dores. Se Jesus e Maria, apesar de tão inocentes, quiseram sofrer alguma coisa por amor deles. Por isso digamos com São Boaventura:

“Ó Maria, se no passado vos ofendi, vingai-vos agora ferindo-me o coração; se vos servi fielmente, também outra recompensa não vos peço, senão que me firais. Demais indecoroso seria para mim ficar ileso, ao passo que Vos vejo repletos de dores, a vós e a meu Senhor Jesus Cristo.”
Poenas mecum divide – “Reparti comigo as penas”.

Referências:
(1) Lc 2, 34

(LIGÓRIO, Santo Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 74-76)
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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Festa do Santíssimo Nome de Maria - III Classe

Semper Virginis Baetae Mariae Nomine
Nós veneramos o nome de Maria porque ele pertence àquela que é a Mãe de Deus, a mais santa das criaturas, a Rainha do céu e da terra, a Mãe da Misericórdia.


   O objeto da festa é a Santa Virgem que traz o nome de Mirjam (Maria); a festa comemora todos os privilégios dados a Maria por Deus e todas as graças que temos recebido através de sua intercessão e mediação. Ela foi instituída em 1513 em Cuenca, na Espanha, e estabelecida para o dia 15 de setembro com Ofício próprio, o dia da oitava da Natividade de Maria. Depois da reforma do Breviário por São Pio V, por um Decreto de Sixto V (16 de janeiro de 1587), ela foi transferida para 17 de setembro. Em 1622 foi estendida para a Arquidiocese de Toledo por Gregório XV. Depois de 1625 a Congregação dos Ritos hesitou por um tempo antes de autorizar que se estendesse mais (cf. os sete decretos "Analecta Juris Pontificii", LVIII, decr. 716 sqq.). Mas era celebrada pelos trinitarianos espanhóis em 1640 (Ordo Hispan., 1640). Em 15 de novembro de 1658, a festa foi concedida ao Oratório do Cardeal Berulle sob o título: Solemnitas Gloriosae Virginis, dupl. cum. oct., em 17 de setembro. Trazendo o título original, "SS. Nominis B.M.V.", ela foi concedida a toda a Espanha e ao Reino de Nápoles em 26 de janeiro de 1671. 
   Após o cerco de Viena e a gloriosa vitória de [João III] Sobieski [, rei da Polônia] sobre os Turcos (12 de setembro de 1683), a festa foi estendida para a Igreja universal por Inocêncio XI, e marcada para o Domingo depois da Natividade de Maria por um decreto de 25 de novembro de 1683 (duplex majus); foi concedida à Áustria como duplex II classis em 01 de agosto de 1654. Segundo um Decreto de 08 de julho de 1908, sempre que esta festa não puder ser celebrada no próprio domingo, por conta da ocorrência de alguma festa de maior grau, deve-se mantê-la em 12 de setembro, o dia em que a vitória de Sobieski é comemorada no Martirológio Romano. O Calendário das Irmãs da Adoração Perpétura, O.S.B., na França, do ano de 1827, possui a festa com um Ofício especial em 25 de setembro. 
   A festa do Santíssimo Nome de Maria é a festa patronal dos Cônegos Regulares das Escolas Pios (padres escolápios) e da Sociedade de Maria (Maristas), em ambos os casos com um ofício próprio. In 1666 os Carmelitas Descalços receberam a faculdade de recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (duplex). Em Roma uma das igrejas gêmeas no Fórum de Trajano é dedicada ao Nome de Maria. No Calendário Ambrosiano de Milão a festa está marcada para o dia 11 de setembro.

Fonte: Holweck, Frederick. "Feast of the Holy Name of Mary." The Catholic Encyclopedia. Vol. 10. New York: Robert Appleton Company, 1911. Disponível em:

http://www.newadvent.org/cathen/10673b.htm.

Apêndice


No período de reformas pós-conciliares a festa não foi colocada no Calendário Romano Geral em 1969, na publicação do novo Missal Romano. Assim, para os que celebram a Sagrada Liturgia utilizando a Forma Ordinária, a festa "desapareceu" por 33 anos até que a Santa Sé decidiu devolvê-la ao calendário na terceira edição típica do Missal Romano, em 2002. Todavia, nos países em que as traduções dos livros da terceira edição típica ainda não foram publicados, como no caso do Brasil, a memória facultativa não consta no Missal e permanece esquecida ou desconhecida para muitos.

É interessante como a Santíssima Virgem é honrada de forma especial no aniversário de duas batalhas entre cristãos e maometanos, nas quais saímos vencedores: 
07/10 - Nossa Senhora do Rosário - Batalha de Lepanto, 1571
12/09 - Santíssimo Nome de Maria - Batalha de Viena, 1683

   Que a Bem-aventurada Sempre Virgem Maria, chamada por Pio XII de "vencedora de todas as grandes batalhas de Deus", abençoe a cristandade e toda a humanidade nestes tempos em que a paz é duramente ameaçada.




   A festa de hoje é ocasião de recordarmos que ao nome de Maria, como ao nome de Jesus, durante as celebrações litúrgicas, faz-se inclinação de cabeça (IGMR, III ed. típ., 275). 
Pela inclinação se manifesta a reverência e a honra que se atribuem às próprias pessoas ou aos seus símbolos. Há duas espécies de inclinação, ou seja, de cabeça e de corpo:a) Faz-se inclinação de cabeça quando se nomeiam juntas as três Pessoas Divinas, ao nome de Jesus, da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a Missa.
 É uma prática exterior que deve ser motivada pelo interior reconhecimento da grandeza da Serva do Senhor.


Bendito seja o nome de Maria, virgem e mãe!
Fonte: http://ars-the.blogspot.com.br/2013/09/a-festa-do-santissimo-nome-de-maria-12.html
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domingo, 3 de setembro de 2017

3 de setembro - São Pio X, Papa e confessor

Neste dia da Festa Litúrgica de São Pio X, não poderíamos deixar de falar 
deste grande Papa que lutou contra o modernismo infiltrado na Igreja,
que não poupou esforços para destruir esta heresia perniciosa.
Roguemos a São Pio X que interceda pela Santa Igreja!




Pio X, que a Igreja Católica, pela voz de Sua Santidade o Papa Pio XII, proclamou Santo, é o 78º Papa que a  Igreja incluiu no catálogo dos Santos.  


   Transcorridos os 11 dias de orações, prescritos para sufrágio da alma do Papa Leão XIII, recém-falecido, os cardeais da Santa Igreja (em número de 62, na época) iniciaram o Conclave — reunião do Colégio cardinalício com o objetivo de eleger o novo Papa.

Os primeiros escrutínios indicavam a escolha do Cardeal Rampolla — que fora colaborador direto de Leão XIII. Mas no dia 1º de agosto foi comunicado aos cardeais, no Conclave, o veto do Imperador da Áustria, Francisco José. Veto que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Imperador austríaco.

Devido a isso, o Cardeal Giuseppe Sarto, de Veneza, passou a ser o preferido. Entretanto, num exercício de autêntica humildade, pedia aos cardeais que nele não votassem. Mas ele era o escolhido também pela Divina Providência. No sétimo turno da votação, o Cardeal Sarto, por insistência de vários de seus pares no Sacro Colégio, acabou aceitando(1) e foi eleito o 259º sucessor de São Pedro, por 50 votos a seu favor, no dia 4 de agosto de 1903.

 O Cardeal Sarto, de cabeça baixa, ouviu o resultado do sufrágio. Segundo o costume, aproximou-se dele o Cardeal Decano e perguntou-lhe se aceitaria ou não a eleição à Sede Pontifícia.

Com os olhos banhados em lágrimas, e a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, respondeu: “Se não for possível afastar de mim esse cálice, que se faça a vontade de Deus. Aceito o Pontificado como uma cruz”.(2)

Após cinco dias, teve lugar a grandiosa cerimônia de coroação do sucessor de São Pedro, para a glória da Santa Igreja. 


   Giuseppe Melchior Sarto nasceu em Riese (Treviso) - hoje chamada Riese Pio X - no norte da Itália, em dois de Junho de 1835, de João Batista Sarto (um funcionário da prefeitura) e de Margarida Sanson (costureira), o segundo de dez filhos. Tinha 23 anos quando foi ordenado sacerdote (18 de setembro de 1858). Por 9 anos, foi capelão em Tombolo. Foi também vigário de Salzano, passando ali 9 anos. Por outros 9 anos, foi cônego e diretor espiritual em Treviso. Outros 9 anos, ele os viveu como Bispo de Mântua (16 de novembro de 1884) e outros 9 (15 junho de 1893) como Patriarca de Veneza.

Foi eleito Papa em 1903, ocupando o lugar de Leão XIII. Mesmo sendo Papa, Pio X quis permanecer pobre e manter a simplicidade de vida, a bondade, que herdara de seus pais.

Pio X tinha como lema de pontificado "INSTAURARE OMNIA IN CHRISTO" (restaurar todas as coisas em Cristo).

O conclave que terminou com a sua eleição foi o último no qual um Cardeal usou do direito de “Veto” em nome de uma potência estrangeira, pois, uma vez eleito, Pio X decretou a “excomunhão maior” contra todos que, no futuro “ousassem formular um veto no Conclave ou contribuíssem para fazê-lo. 

Reconhecendo que a renovação dos homens dependia da vida santa do Clero, dedicou especial empenho aos Sacerdotes e Seminários, exortando os Ministros do Altar a se distinguirem pela piedade, ciência e obediência.

Preocupado ao máximo com a salvação eterna das almas, providenciou que fosse devidamente ensinado às crianças e adultos o Catecismo, elaborando ele mesmo um novo texto (vide in fine); estabeleceu sábias normas para a pregação; introduziu o uso da Comunhão frequente e até quotidiana; e estabeleceu que as crianças se aproximassem da Primeira Comunhão desde os mais tenros anos.

Mestre infalível da verdade, na memorável Encíclica “Pascendi” denunciou e reprimiu com o necessário rigor as doutrinas que formavam uma triste síntese de todos os erros: o modernismo. 

Trabalhou na codificação do Direito Canônico, reunindo em um só texto as disposições jurídicas da Igreja proclamadas através dos séculos. Procedeu à revisão da “Vulgata”, isto é do texto oficial da Bíblia, confiando o trabalho aos Beneditinos. Reformou a Cúria Romana, modernizando a organização que Sixto V tinha dado aos Dicastérios e aos Tribunais Eclesiásticos. Criou o Instituto Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música sacra para formas de expressão mais puras. 

Para defesa da Religião restaurou a Ação Católica e deu novo desenvolvimento à ação social dos católicos e às associações operárias, e reforçou as Ordens Religiosas com oportunas normas jurídicas.

Em 1º de setembro de 1910, Sua Santidade, através do motu proprio Sacrorum Antistitum, promulgou o famoso Juramento Anti-modernista, a ser proferido obrigatoriamente por todos os padres, bispos, catequistas e seminaristas;  juramento este abolido por Paulo VI, em 1967: 

Eu, N., firmemente aceito e creio em todas e em cada uma das verdades definidas, afirmadas e declaradas pelo magistério infalível da Igreja, sobretudo aqueles princípios doutrinais que contradizem diretamente os erros do tempo presente.

Primeiro: creio que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza e pode também ser demonstrado, com as luzes da razão natural, nas obras por Ele realizadas (Cf. Rm I 20), isto é, nas criaturas visíveis, como [se conhece] a causa pelos seus efeitos.

Segundo: admito e reconheço as provas exteriores da revelação, isto é, as intervenções divinas, e sobretudo os milagres e as profecias, como sinais certíssimos da origem sobrenatural da razão cristã, e as considero perfeitamente adequadas a todos os homens de todos os tempos, inclusive aquele no qual vivemos.

Terceiro: com a mesma firme fé creio que a Igreja, guardiã e mestra da palavra revelada, foi instituída imediatamente e diretamente pelo próprio Cristo verdadeiro e histórico, enquanto vivia entre nós, e que foi edificada sobre Pedro, chefe da hierarquia eclesiástica, e sobre os seus sucessores através dos séculos.

Quarto: acolho sinceramente a doutrina da fé transmitida a nós pelos apóstolos através dos padres ortodoxos, sempre com o mesmo sentido e igual conteúdo, e rejeito totalmente a fantasiosa heresia da evolução dos dogmas de um significado a outro, diferente daquele que a Igreja professava primeiro; condeno semelhantemente todo erro que pretenda substituir o depósito divino confiado por Cristo à Igreja, para que o guardasse fielmente, por uma hipótese filosófica ou uma criação da consciência que se tivesse ido formando lentamente mediante esforços humanos e contínuo aperfeiçoamento, com um progresso indefinido.

Quinto: estou absolutamente convencido e sinceramente declaro que a fé não é um cego sentimento religioso que emerge da obscuridade do subconsciente por impulso do coração e inclinação da vontade moralmente educada, mas um verdadeiro assentimento do intelecto a uma verdade recebida de fora pela pregação, pelo qual, confiantes na sua autoridade supremamente veraz, nós cremos tudo aquilo que, pessoalmente, Deus, criador e senhor nosso, disse, atestou e revelou.

Submeto-me também com o devido respeito, e de todo o coração adiro a todas as condenações, declarações e prescrições da encíclina Pascendi e do decreto Lamentabili, particularmente acerca da dita história dos dogmas.

Reprovo outrossim o erro de quem sustenta que a fé proposta pela Igreja pode ser contrária à história, e que os dogmas católicos, no sentido que hoje lhes é atribuído, são inconciliáveis com as reais origens da razão cristã.

Desaprovo também e rejeito a opinião de quem pensa que o homem cristão mais instruído se reveste da dupla personalidade do crente e do histórico, como se ao histórico fosse lícito defender teses que contradizem a fé o crente ou fixar premissas das quais se conclui que os dogmas são falsos ou dúbios, desde que não sejam positivamente negados.

Condeno igualmente aquele sistema de julgar e de interpretar a sagrada Escritura que, desdenhando a tradição da Igreja, a analogia da fé e as normas da Sé apostólica, recorre ao método dos racionalistas e com desenvoltura não menos que audácia, aplica a crítica textual como regra única e suprema.

Refuto ainda a sentença de quem sustenta que o ensinamento de disciplinas histórico-teológicas ou quem delas trata por escrito deve inicialmente prescindir de qualquer idéia pré-concebida, seja quanto à origem sobrenatural da tradição católica, seja quanto à ajuda prometida por Deus para a perene salvaguarda de cada uma das verdades reveladas, e então interpretar os textos patrísticos somente sobre as bases científicas, expulsando toda autoridade religiosa, e com a mesma autonomia crítica admitida para o exame de qualquer outro documento profano.

Declaro-me enfim totalmente alheio a todos os erros dos modernistas, segundo os quais na sagrada tradição não há nada de divino ou, pior ainda, admitem-no, mas em sentido panteísta, reduzindo-o a um evento pura e simplesmente análogo àqueles ocorridos na história, pelos quais os homens com o próprio empenho, habilidade e engenho prolongam nas eras posteriores a escola inaugurada por Cristo e pelos apóstolos.

Mantenho, portanto, e até o último suspiro manterei a fé dos pais no carisma certo da verdade, que esteve, está e sempre estará na sucessão do episcopado aos apóstolos¹, não para que se assuma aquilo que pareça melhor e mais consoante à cultura própria e particular de cada época, mas para que a veradde absoluta e imutável, pregada no princípio pelos apóstolos, não seja jamais crida de modo diferente nem entendida de outro modo².

Empenho-me em observar tudo isso fielmente, integralmente e sinceramente, e em guardá-lo inviolavelmente, sem jamais disso me separar nem no ensinamento nem em gênero algum de discursos ou de escritos. Assim prometo, assim juro, assim me ajudem Deus e esses santos Evangelhos de Deus. (Vide em latim.)



Muito embora penetrado da consciência da autoridade pontifícia, Pio X levou uma vida de simplicidade extrema. Quis que os membros de sua família e especialmente suas irmãs fizessem o mesmo, e nunca lhes permitiu viverem junto dele, no Vaticano. Brando e afável, soube conquistar o afeto das multidões de fiéis. 

A sua morte foi atribuída à dor pela notícia da Primeira Guerra Mundial, cujo impacto o deixou profundamente perturbado. Começou a sentir-se mal a 15 de agosto, desse mesmo ano, vindo a falecer santamente logo depois, dia 20 de agosto.

O renome de santidade de Giuseppe Sarto começou a correr logo após seu falecimento. Não se tardou em falar de milagres devidos à sua intervenção. Em 1923, os Cardeais residentes em Roma se reuniram em comissão a fim de promoverem sua Beatificação.

O processo registrou rápidos progressos, e a Beatificação se deu a 3 de julho de 1951. Três anos depois, terminava a causa da Canonização e, finalmente, Sua Santidade Pio XII proclamou Santo da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana. “O Papa do Santíssimo Sacramento”, o Papa da bondade e da doçura.

Dizia dele, o Cardeal Merry del Val:
“Seria um grande erro crer que esta característica [a bondade] tão atraente de Pio X o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades; nada mais longe da verdade. Ao lado dessa bondade, e de modo feliz combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma força de vontade que podiam testemunhar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse, e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto senhorio de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais, e até estava disposto a considerar e aceitar a opinião de outros se isso não implicasse em risco para algum princípio; mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade católica requeriam afirmação e defesa, ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tratasse de dobrar sua constância; toda tentativa de intimidá-lo com ameaças, ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais, estava condenada ao fracasso”. (Cardeal Rafael Merry del Val, Memorias del Papa Pio X, Sociedad de Educación Atenas, S.A., Madrid, 1946, pp. 103-105.)

Em seu sepulcro está escrito: - Pio X, pobre e rico, suave e humilde, de coração forte, lutador em prol dos direitos da Igreja, esforçado na tarefa de restaurar em Cristo todas as coisas. 

Bendito sejais Deus, Senhor do céu e da terra, que nos destes a graça do papado e um tão grande intercessor como São Pio X. Concedei-nos, Senhor, pela intercessão de tão insigne santo, a graça da paz para toda a Igreja de Cristo e para todos os seus membros e fiéis. Amém.

* * *

ORAÇÃO A SÃO PIO X
de Papa Pio XII


"Sim, ó Santo Pio X, glória do sacerdócio, esplendor e decoro do povo cristão! Tu, em quem a humildade pareceu irmanar-se com a grandeza, a austeridade com a mansidão, a simples piedade com a profunda doutrina; Tu, Pontífice da Eucaristia e do Catecismo, da Fé íntegra e da firmeza impávida, volve teu olhar sobre a Santa Igreja que tanto amaste e à qual dedicaste o melhor dos tesouros que com mão pródiga havia depositado a divina Bondade em teu ânimo; consegui-lhe a incolumidade e a constância no meio das dificuldades e perseguições de nossos tempos; alivia a esta pobre Humanidade cujas dores te afligiram tão profundamente que apagaram as palpitações de teu grande coração; faça que neste agitado mundo triunfe aquela paz que supõe a harmonia entre as Nações, o acordo fraterno e a sincera colaboração entre as classes sociais, o amor à caridade entre os homens, a fim de que, desse modo, aqueles desejos que consumiram tua vida apostólica cristalizem, graças à tua intercessão, em uma realidade feliz, para a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos dos séculos. Assim seja". 

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O corpo de Padre Pio está incorrupto?

Atualmente diversas questões a respeito do corpo do Padre Pio tem sido debatidas,
mas qual é a verdade? Iremos saber hoje por meio de fontes confiáveis 
o verdadeiro estado do corpo do Padre Pio.

(Foto da máscara de silicone que cobre os restos mortais de Padre Pio)


JAMAIS nenhuma autoridade da Igreja declarou que o corpo de Padre Pio está milagrosamente incorrupto. No entanto, diversos sites católicos divulgam essa “informação” e levam milhões de pessoas a crerem piamente nisso.

Portanto, em respeito a todos que acompanham nosso trabalho, apresentamos agora o parecer dos PERITOS DO VATICANO sobre o corpo do nosso venerado Padre Pio.

Nossa fonte é uma entrevista realizada por Stefano Campanella, jornalista, escritor e diretor da Tele radio Padre Pio e da Padre Pio TV. Os entrevistados são os membros de comissão de peritos designados pelo Tribunal Eclesiástico para esse assunto.

EM QUE CONDIÇÕES O CORPO FOI ENCONTRADO APÓS A EXUMAÇÃO?


Quem responde a essa dúvida é Nazzareno Gabrielli, perito do Vicariato de Roma pela conservação dos santos e bioquímico a serviço da Santa Sé. Vejam o nível da autoridade: além do corpo de Padre Pio, Gabrielli cuidou dos restos mortais de Santa Clara de Assis, Pio IX e Pio X, João XXIII.

Gabrielli explicou que, ao abrir o caixão de Padre Pio, foi verificado que:
  • a pele do rosto ainda existia;
  • havia barba e bigode;
  • não havia mais olhos nem nariz;
  • a cabeça, o tronco e a bacia estavam em boas condições;
  • os membros inferiores estavam muito deteriorados.


O que mais surpreendeu todos os membros da comissão durante o exame do corpo foi a ausência absoluta de maus odores.



Segundo o bispo diocesano Mons. Domenico D’Ambrosio, que acompanhou a exumação, a parte superior do crânio estava parcialmente esquelética, o queixo estava perfeito e o resto do corpo estava bem preservado (Fonte: Il Tempo). Na foto abaixo, é possível ver que as mãos do corpo de Padre Pio estão bastante deterioradas.




O CORPO RECEBEU ALGUM TRATAMENTO APÓS A EXUMAÇÃO?

Sim, o corpo do Padre Pio recebeu tratamento químico para permanecer preservado após a exumação. Gabrielli revelou que foi aplicada “uma solução de elevada concentração de formalina em álcool”. O procedimento foi completado com creosoto, ácido benzóico e essência de turpentina.

O corpo foi envolvido com faixas embebidas em uma solução química embalsamadora, com exceção da cabeça. Depois foi colocado sobre um colchão cheio de gel sílica, para absorver a umidade.

Por fim, foi colocado dentro de uma urna com tecnologia especial: o ar dentro dela foi substituído por nitrogênio, o que evita qualquer processo oxidativo e inibe o desenvolvimento de microflora bacteriana e fungos aeróbicos.

FOI VERIFICADO ALGO DE SOBRENATURAL SOBRE AS CONDIÇÕES DO CORPO?


Quem responde a essa pergunta central é por Orazio Pennelli, médico legista. De 1977 a 2005 ele foi diretor sanitário da Casa Sollievo della Sofferenza (Casa de Alívio do Sofrimento), hospital fundado por Padre Pio:

Em outras palavras: intimamente, ele alimenta a esperança de que há algum fator sobrenatural em relação aos restos mortais de Padre Pio. Mas como cientista ele não possui nenhum indício para afirmar isso.

É isso, irmãos! Padre Pio foi um homem de santidade estupenda, com a vida cercada de intensos sofrimentos e humilhações. Também manifestou diversos dons extraordinários e fez muitos milagres. Por isso alimentar ilusões sobre seus restos mortais é algo absolutamente desnecessário, e não ajuda ninguém a ser um cristão melhor.

Não sejamos como certos tipos de protestantes, ávidos por crer no primeiro evento sobrenatural que lhes anunciam. A fé católica é acima de tudo o chamado a sermos santos no decurso da vida. Há numerosos e belíssimos eventos sobrenaturais que cercam o catolicismo - o Santo Sudário, por exemplo, é uma relíquia impossível de ser explicada pela Ciência. Mas sejamos sempre equilibrados e prudentes em relação a milagres que a Igreja não confirma. 




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